O black/doom metal continua vivo e o RITUALS OF THE DEAD HAND é uma prova vivo disso, para o deleite dos fãs desse estilo. Não há muito sobre o que descrever o estilo da banda, já que isso é evidente, principalmente quando você começa a ouvir cada uma das músicas que compõem esse novo trabalho da banda belga, o seu terceiro álbum de estúdio.
São seis composições em pouco mais de 40 minutos de duração e a primeira faixa “The Restless Doomed” apresenta o ROTDH sem meias palavras. Com riffs mais densos e linhas de guitarra obscuras, essa primeira música tem uma atmosfera carregada de melancolia e frieza. Gostei bastante dos vocais, que podem passar por diversas roupagens.
Que grande início tem a visceral e ríspida “Wij, hoeren van Lucifer”. O black metal ganha elementos mais dissonantes nessa música e os vocais são desesperadores o suficiente para fazer dessa a melhor composição do álbum. Há melodias envolvidas, mas não falamos de beleza aqui. Tudo é feio e frio e por isso tão bom. Grandioso hino de celebração da escuridão. Ainda que a energia seja ainda como na faixa anterior, “Ius Cruentationis” é mais cadenciada e contida, mas com grandes riffs executados como uma lâmina afiada.
Já em “Mayhem and the Goat” tem um certo grau de selvageria que se desenrola no início, criando um cenário apropriado para os momentos mais pesados da música. Gostei bastante dos solos e da parte composta para recebe-lo. Depois desse caos musical vem algo mais pesado e ritualístico.
O inferno vem à tona com “De gnijdige”, outra música que se destaca para mim por sua violência e execução bestial. Brutal e necessária para o contexto do álbum. Finalizando o álbum e indo em uma direção totalmente oposta em relação a música anterior “Stigma Diabolicum” invoca a maldade e a incorpora em suas linhas de guitarra e vocais. Muito peso, bons ritmos e um encerramento muito bom para esse novo trabalho da banda.
A produção é excelente e a arte da capa chama a atenção por sua simplicidade efetiva. Hail to the rituals of the dead hand !
Tracklist:
- The Restless Doomed
- Wij, hoeren van Lucifer
- Ius Cruentationis
- Mayhem and the Goat
- De gnijdige
- Stigma Diabolicum
ENGLISH VERSION:
Black/doom metal lives on and RITUALS OF THE DEAD HAND is living proof of that, much to the delight of fans of this style. There’s not much to describe the band’s style, as it’s obvious, especially when you start listening to each of the songs that make up the Belgian band’s new work, their third studio album.
There are six compositions in just over 40 minutes and the first track “The Restless Doomed” introduces ROTDH unabashedly. With denser riffs and dark guitar lines, this first song has an atmosphere full of melancholy and coldness. I really liked the vocals, which can go through many different guises.
The visceral and harsh “Wij, hoeren van Lucifer” has a great start. The black metal takes on more dissonant elements in this song and the vocals are desperate enough to make this the best composition on the album. There are melodies involved, but we’re not talking about beauty here. Everything is ugly and cold and that’s why it’s so good. A great anthem celebrating darkness. Although the energy is still the same as on the previous track, “Ius Cruentationis” is slower and more restrained, but with great riffs executed like a sharp blade.
“Mayhem and the Goat” has a certain degree of savagery that unfolds at the beginning, creating an appropriate setting for the heavier moments of the song. I really liked the solos and the part composed to welcome it. After this musical chaos comes something heavier and more ritualistic.
Hell breaks loose with “De gnijdige”, another song that stands out for me for its violence and bestial execution. Brutal and necessary for the context of the album. Ending the album and going in a totally opposite direction to the previous song, “Stigma Diabolicum” invokes evil and incorporates it into its guitar lines and vocals. A lot of weight, good rhythms and a very good ending to this new work by the band.
The production is excellent and the cover artwork is striking for its effective simplicity. Hail to the rituals of the dead hand !
Tracklist:
- the Restless Doomed
- Wij, hoeren van Lucifer
- Ius Cruentationis
- Mayhem and the Goat
- De gnijdige
- Stigma Diabolicum