CD/EP/LP

COGAS – Unconscious Sons of the Reptile God (Adv. 2021)

COGAS (Reino Unido)
“Unconscious Sons of the Reptile God” – CD 2021
Independente – Importado
8/10

DATA DE LANÇAMENTO/RELEASE DATE: 17/09/2021
COGAS é o nome desse grupo de black/death metal britânico e significa “bruxas” em sardo ou sardenho, língua natural românica que se desenvolveu na Sardenha, Itália. Esse é o primeiro álbum oficial da banda e tem lançamento para o dia 17 de Setembro. O black/death da banda é bem construído, bem tocado e bastante interessante. O primeiro ponto positivo é exatamente a dificuldade de criar comparações entre o som do COGAS e de outras bandas, algo difícil de acontecer nos dias de hoje. Não diria que a banda é original, mas sua música corre solta sem conexões tão claras. A produção do álbum é excelente e surpreende pelo fato de ser independente. São apenas cinco faixas, então posso supor que “Unconscious Sons of the Reptile God” é um EP.

O material abre com “Mistress”, uma música que cria sua atmosfera de forma envolvente e já mostra uma banda com inúmeras qualidades em termos de criação. Há um bom equilíbrio entre partes mais rápidas e outras mais pesada e em alguns momentos o death/black metal sueco mais melódico pode ser uma boa referência. Som pesado e com várias variações. “Sulfur” é a faixa seguinte e me chamou mais a atenção. Riff excelente e atmosfera mais densa. O vocal é realmente muito bom, encorpado e com uma boa dicção, ou seja, não soa como uma parede de som ininteligível. Há um pouco mais de melodia nessa música e aqui a banda cresce imensamente, pois o clima criado é poderoso.

Com uma sonoridade mais calcada no presente, “A Dying Sun” começa pesada, transita por uma parte mais climática que tem a bateria marcando e adentra numa zona mais agressiva, sempre mantendo tudo sob controle. Os vocais aqui mudam um pouco, se tornam menos guturais e o riff quase soa como viking metal, mas dentro de uma interpretação menos épica, mas ainda assim emotiva. De forma mais singela inicia-se a penúltima música do material “Coffing Mandatory”. Trata-se de uma pequena intro que deixa o caminho aberto para a faixa final, “Ettagrama”, que começa calma e explode numa composição que posso afirmar que foi a minha preferida. Novamente aqui o COGAS acaba soando mais black/death do que puramente death metal. Excelentes melodias.

O COGAS é uma baixa de fácil audição, sem malabarismos musicais. Um trabalho sólido com toda a certeza e um bom debut.

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