CD/EP/LP

DEATHHAMMER – Electric Warfare (Adv. 2022)

DEATHHAMMER (Noruega)
“Electric Warfare” – CD 2022
Hells Headbangers – Importado
9/10

DATA DE LANÇAMENTO/RELEASE DATE: 25/02/2022

Tendo sido formado em 2006 na Noruega, o DEATHHAMMER chega agora em Fevereiro de 2022 ao seu quinto álbum de estúdio e o speed/thrash black/death do grupo só melhora, como um bom vinho. Se você procura inovação e climas belos, esqueça. Isso aqui se pauta no melhor da imundície oitentista na hora de criar sua música. Kreator, Sodom, Destruction, Violent Force, ou seja, a nata da desgraceira germânica, aliada ao que de mais maléfico o Slayer produziu nos seus primeiros anos, adicionando-se vocais que beiram a insanidade na mesma linha do sensacional Cranium e com selvageria norueguesa. Essa é a receita para um disco que não permite em momento algum que seja tocado em volume baixo.

A energia em cada faixa e riff soa como um raio fritando seus ouvidos. Todas as faixas, repito, todas as faixas são excelentes. Para quem acompanhou o crescimento de todas essas bandas citadas, ouvir um álbum como “Electric Warfare” é voltar no tempo. Não adianta querer apenas emular uma sonoridade como essa. Temos milhares de bandas do mundo inteiro que batem no peito e mostram seus álbuns. Mas é raro encontrar bandas em 2022 que tenham discos e uma sonoridade que não soe forçada. Ok, não há nada de original, até mesmo há músicas que soam muito parecidas com outras que já ouvimos, mas a energia do som do DEATHHAMMER é impossível de ser ignorada.

“Savage Agressor” é responsável por abrir o álbum e oferece logo de cara uma pequena intro que lembra o velho Destruction no “Sentence of Death”. A música em si é mais speed evil metal. Curta, direta e com vocais lunáticos. Começa bem. Na sequência vem “Crushing the Pearly Gates”, um petardo velocíssimo e com riffs assassinos. Os vocais em seu momentos de tons mais altos realmente me lembram o do Cranium.

“Enter the Morbid” é outra faixa direta com uma pegada thrash que mistura bem “Sentence of Death” e “Endless Pain”, mas com vocais mais rasgados. Já “Return to Sodom” é uma música mais cadenciada e com um ataque de guitarras bem Slayer na fase “Show no Mercy”. Mais porrada é a arrasa quarteirão “Rapid Violence”. Certamente é top 3 nesse álbum.

O ritmo não cai com “Thirst for Ritual” e “Thrown to the Abyss”, duas músicas que usam bem a velocidade e partes mais propícias ao bate cabeça desenfreado. Já a última faixa é a minha favorita já que mostra todas as características do DEATHHAMMER e traz algumas das bases de guitarra mais viscerais do álbum. O trabalho de bateria também se destaca com algumas quebradas de impacto. “Eletric Warfare” é um disco necessário na coleção. Isso aqui é realmente poderoso.

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