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LEFT TO DIE – Honrando o legado dos primórdios do death metal

LEFT TO DIE em Brasília/DF

LEFT TO DIE (USA)
Local: Toinha Brasil Show – Brasília/DF
Data: 04/01/2025
Fotos por Fábio Brayner

Brasília teve um 2024 bastante impressionante em termos de shows internacionais, com eventos ocorrendo quase todos os meses do ano e bandas dos mais diversos estilos passando pela capital federal. Com a entrada de 2025 parece que o ano não irá ter menos shows. A agenda internacional já foi aberta no quarto dia do novo ano e não poderia ter começado de forma melhor.

O LEFT TO DIE é um projeto construído para homenagear a fase mais fudida do saudoso DEATH e conta com músicos do quilate de Rick Ross (Death, Massacre), Matt Harvey (Exhumed, Gruesome), Gus Rios (Malevolent Creation, Gruesome, Create to Kill) e Terry Butler (Death, Massacre, Obituary). Alguns críticos reclamam de ser uma banda cover de “luxo”, mas enfim, temos aqui dois membros do velho Death tocando dois dos álbuns mais matadores da história do death metal, então não vou me demorar nessa polêmica.

Matt Harvey

O show começou com poucos minutos de atraso em relação ao horário anunciado e isso faz toda a diferença para os “idosos” de plantão como eu. Foram 14 músicas em cerca de uma hora e meia de show ou pouco menos do que isso. Tudo tocado com absoluta precisão, peso e expertise de quem toca death metal há décadas. Ouvir “Leprosy” e “Scream Bloody Gore” tocados por esses caras é uma experiência diferenciada.

O show começou logo com “Leprosy”, colocando o público para agitar desde o primeiro minuto. “Born Dead” veio na sequência e com “Infernal Death” a coisa ficou séria. 

A banda emendou na sequência “Sacrificial”, “Forgotten Past” e o inferno veio abaixo com o hino “Open Casket”.  O guitarrista e vocalista Matt Harvey tem uma boa interação com o público e nesse show foi inacreditável o quanto o vocal dele estava focado no próprio Chuck. Puta performance.

“Primitive Ways”, “Choke on It”, “Torn to Pieces” e “Regurgitated Guts” foram caindo como bombas em cima do público, que assistia e ouvia tudo com sangue nos olhos. “Left To Die” colocou todos a berrar no refrão, um esquenta para o clássico absoluto que é “Zombie Ritual”. É impossível ouvir essa faixa sem gritar o seu refrão a plenos pulmões. Incrível como caras que eram praticamente crianças quando compuseram essa música conseguiram criar algo assim e sem referências diretas. Todos ajudando a criar e moldar um estilo que hoje em dia é uma máquina impiedosa.

“Scream Bloody Gore” e “Pull the Plug” fecharam o show. Com certeza ficaríamos ainda mais felizes se a banda tivesse adicionado faixas do terceiro álbum, o maravilhoso “Spiritual Healing”, mas todos foram embora para casa satisfeitos. Uma hora e meia de uma aula do que é o death metal em sua essência. O show contou com um bom público. O local não chegou a lotar, mas tinha bastante gente. A qualidade do som estava excelente e ajudou a banda a entregar um show potente e cheio de saudosismo.

O que mais me chamou a atenção mais uma vez foi a decisão acertada de não criar “áreas vip” dentro do Toinha. Sinceramente, o espaço é pequeno demais para querer separar financeiramente o público. Eu sou completamente contra. Nesse evento quem quis ficar na frente ficou, quem não quis achou seu lugar sem nenhum stress. A noite correu sem problemas aparentes e foi o pontapé certeiro para começar o 2025 com death metal corroendo tudo ao redor.

Espero que Brasília receba mais eventos de música extrema em 2025…

Setlist do show:

Leprosy
Born Dead
Infernal Death
Sacrificial
Forgotten Past
Open Casket
Primitive Ways
Choke on It
Torn to Pieces
Regurgitated Guts
Left to Die
Zombie Ritual
Scream Bloody Gore
Pull the Plug

Brasília had a very impressive 2024 in terms of international concerts, with events taking place almost every month of the year and bands from the most diverse styles passing through the federal capital. With the start of 2025, it seems that the year will not be short of concerts. The international agenda opened on the fourth day of the new year and it couldn’t have started better.

LEFT TO DIE is a project designed to pay homage to DEATH’s most fucked-up phase and features musicians such as Rick Ross (Death, Massacre), Matt Harvey (Exhumed, Gruesome), Gus Rios (Malevolent Creation, Gruesome, Create to Kill) and Terry Butler (Death, Massacre, Obituary). Some critics complain about this being a “luxury” cover band, but anyway, here we have two members of the old Death playing two of the most killer albums in death metal history, so I won’t dwell on that controversy.

The show started a few minutes behind schedule and that makes all the difference for the “oldies” on duty like me. There were 14 songs in about an hour and a half of concert, or a little less than that. All played with the absolute precision, weight and expertise of someone who has been playing death metal for decades. Hearing “Leprosy” and “Scream Bloody Gore” played by these guys is a unique experience.

The show kicked off with “Leprosy”, getting the crowd rocking from the first minute. “Born Dead” followed and with ‘Infernal Death’ things got serious. 

The band followed up with “Sacrificial”, “Forgotten Past” and all hell broke loose with the anthem “Open Casket”.  Guitarist/vocalist Matt Harvey has a good interaction with the audience and in this show it was unbelievable how much his vocals were focused on Chuck himself. Great performance.

“Primitive Ways”, ‘Choke on It’, ‘Torn to Pieces’ and ‘Regurgitated Guts’ were dropped like bombs on the audience, who watched and listened with blood in their eyes. “Left To Die” had everyone screaming along to the chorus, a warm-up for the absolute classic that is ‘Zombie Ritual’. It’s impossible to listen to this track without screaming the chorus at the top of your lungs. It’s amazing how guys who were practically children when they wrote this song managed to create something like this without any direct references. All helping to create and shape a style that today is a merciless machine.

“Scream Bloody Gore” and ‘Pull the Plug’ closed the show. We would certainly have been even happier if the band had added tracks from their third album, the wonderful “Spiritual Healing”, but everyone went home satisfied. An hour and a half of a lesson in the essence of death metal. The show was well attended. The venue wasn’t packed, but there were plenty of people. The sound quality was excellent and helped the band deliver a powerful show full of nostalgia.

What struck me once again was the wise decision not to create “VIP areas” inside Toinha. Frankly, the space is too small to want to separate the audience financially. I’m completely against it. In this event, those who wanted to be at the front stayed, those who didn’t found their place without any stress. The night went off without a hitch and it was the perfect kick-off to 2025 with death metal eating away at everything around it. I hope Brasília hosts more extreme music events in 2025…

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