DATA DE LANÇAMENTO/RELEASE DATE: 29/04/2022
Que paulada ! Essa palavra define o novo álbum dos holandeses do DEAD HEAD, que lançam no próximo dia 29 de Abril esse petardo que é o sétimo álbum oficial da carreira da banda e que sucede o excelente “Swine Plague”, que foi lançado em 2017. Não é brincadeira. Eu sempre digo que o thrash metal feito pelas novas gerações é estéril em sua maior parte.
Sobra técnica e falta a raiva genuína que parecia transbordar das bandas surgidas nos anos 80. O DEAD HEAD começou sua trajetória e lançou suas primeiras músicas em 1989 e mesmo agora, em 2022, esses caras continuam carregando uma raiva que ultrapassou décadas e continuou sendo uma linha de conexão entre as faixas que compõem “Slave Driver”. Quando a primeira faixa “Acolyte” se inicia, você já é imediatamente atropelado por um caminhão desgovernado ladeira abaixo. Thrash/death metal absolutamente agressivo, com uma profusão de riffs insana e vocais que são pura carnificina. A produção do álbum é poderosa. Tudo soa muito pesado e definido. Como um antigo baterista, não passa desapercebida o peso dessa bateria e a execução cirúrgica do baterista Hans Spijker.
A segunda faixa já possui alguns momentos mais cadenciados, mas os riffs cortantes continuam a apontar o caminho das pedras. Com essa mesma vibe temos “Frequency Illusion”, mas aqui eu destacaria o riff insano que me lembrou um pouco os trampos do velho Invocator. Sem descanso e sem firulas. Os solos caóticos são um lembrete de onde esses caras vieram. O tapa na orelha se repete a todo o momento. “Southfork” e “Drawn Into the Wire” mantém o caos e energia fora de controle, com a segunda soando mais poderosa e com riffs perfeitos.
Uma das minhas preferidas é “Polar Vortex” por causa da complexidade em vários momentos e da energia desprendida nessa música. Soa tão pesada que ao encostar minha pequena JBL go3 no tórax, dá para sentir o grave e o impacto. Bruto demais, assim com a seguinte “Grooves of Envy“, que tem partes rápidas e mais pesadas que se complementam com efeito imediato. “Parabellum” honra o título e é disparada sem receio de onde irar atingir.
Mais peso vem “Fear Scraper” e finalmente o álbum se encerra com a rápida “Horror of Hades”. O DEAD HEAD lançou aqui um álbum excelente e que mostra como se faz um som calcado no thrash metal, mas com agressão sem contenção. Obrigatório.
- Acolyte
- Grim Side Valley
- Frequency Illusion
- Southfork
- Drawn into the Wire
- Polar Vortex
- Grooves of Envy
- Parabellum
- Fear Scraper
- Horrors of Hades