CD/EP/LP

HELL POISON – Burn with Me” – CD 2020

HELLPOISON (Brasil) “Burn with Me” – CD 2020 Cianeto Discos – Nacional 9/10

O HELL POISON é uma one-man banda que finalmente chega ao seu debut álbum. Na ativa desde 2014 e vindo da escaldante e infernal Teresina, esse projeto simplesmente oferece um experiência maléfica do mais puro speed/black metal tocado com ódio e com influências claras de NWOBHM em meio aos riffs mais ácidos criados por Deathhammer, o mentor por trás do HELL POISON. “Burn in Me” foi lançado no final do ano passado e traz uma Intro e mais oito faixas.

A sonoridade do HELL POISON não traz novidades, é speed, é black e é metal pra caralho. Daria para falar de várias possíveis influências, mas elas são evidentes e a qualidade das músicas desse álbum falam por si só. “Give your Soul to Hell” dá o pontapé inicial para esse ritual de entrega da alma às chamas eternas e tem riffs muito bons, incluindo arranjos mais heavy metal. “Knives” é uma música muito legal, mais tradicional e me soando uma versão mais pesada do trabalho do High Spirits, algo de Bewitched também. Definitivamente uma das minhas favoritas. Outra faixa feita para moer ossos é a maléfica movida a riffs “Cross Upside Down”. Puta composição. Rápida e certeira, diferente da mais rock ´n roll do inferno “Mr. Howdy”, que é uma faixa muito foda. Ao vivo deve soar matadora.

“No Scape from Satan´s Curse” é uma das faixas mais black metal (ainda que o lado thrash se faça presente) do álbum e soa poderosa. O riff principal é gélido. A veia rock ´n roll e chamas retorna com a energética “Backward Words of Blasphemy” e adquire uma roupagem quase punk no decorrer da faixa. A próxima “Mad Rats on the Run” segue esse mesma pegada, mas tem um refrão foda, que cola na mente. Outra faixa perfeita para um show. O álbum fecha com “The Evil Invader (Tormenting the Virgin)” que também entrou na minha lista pessoal das melhores desse lançamento. “Burn with Me” tem uma produção muito boa e é um grande álbum de estreia. Há uma atmosfera totalmente old school e não dá impressão de ser forçado, o que é positivo. Realmente um trabalho de respeito.

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