“Hammer the Bastards” – CD 2022
Clobber Records – Importado
9/10
DATA DE LANÇAMENTO/RELEASE DATE: 14/01/2021
Honestamente, quando vi a capa desse “Hammer the Bastards” já fiquei animado com o poderia ouvir. Ver padres tendo a cabeça esmagada por uma marreta em uma capa de um álbum sempre é prenúncio de um barulho de qualidade e o WOLFBASTARD não decepcionou nem por um segundo. A banda é oriunda de Manchester e tem em sua formação membros de bandas como Foetal Juice e Burial.
Musicalmente, o som desses caras abraça um leque bem imundo de influências, principalmente dentro do punk, hc e black metal, criando muitas vezes um som que os aproximam um pouco do que o Impaled Nazarene fazia em seu momentos mais punk. Mas o lado punk/hc grita alto em todas as faixas desse trabalho e quando você percebe seus tímpanos estão sendo agredidos por faixas que abraçam lições preciosas de nomes como Venom, Motörhead, Darkthrone, Impaled Nazarene, Discharge, Destroyer 666 e outras atrocidades metálicas desse naipe. Existem momentos até mesmo para tirar o pé do acelerador, mas em boa parte do tempo o WOLFBASTARD desce a porrada (ou o martelo, se preferir) sem piedade. Como o próprio press release afirma, é uma “…cáustica colisão de d-beath, crust punk, black metal e blackened hardcore…”.
Esse trio inglês não brinca em serviço e dispara 13 composições de caos. Desde a abertura com a catastrófica “Can´t Scape the Grave” e passando por outras porradas como “Black Friday”, “Buckfast Blasphemies”, “Death Creeping In” (e seu baixo sujão no início), esse álbum não se furta de usar suas referências e entregar caos. “Morbid Fucking Hell” é uma das músicas mais black metal do álbum, mas é crua e direta, ainda que use de melodia em vários momentos. Minha preferida é “Nun Krüsher”, porradona. Outra pancada na orelha é a faixa final “Graveyard Slag”, que encerra perfeitamente um álbum que tem uma energia enorme, além da sua própria atitude violenta. Merecia uma versão nacional.
