CD/EP/LP

TEMPLE OF DREAD – Hades Unleashed (Adv. 2021)

TEMPLE OF DREAD (Alemanha)
“Hades Unleashed” – CD 2021
Testimony Records – Importado
8,5/10

DATA DE LANÇAMENTO/RELEASE DATE: 23/07/2021

Após dois excelentes álbuns de estúdio “Blood Craving Mantras” e “World Sacrifice”, os alemães do TEMPLE OF DREAD retornam com seu terceiro lançamento oficial, o excelente “Hades Unleashed”, que dá continuidade de maneira muito natural ao death metal que a banda já apresentava em seus trabalhos anteriores. A velocidade cresceu em vários momentos e o peso se tornou ainda maior quando necessário. Tudo isso se alia a linhas de guitarras bastante diversificadas que dão força à cada composição apresentada em “Hades Unleashed”. A parte lírica ficou a cargo de Frank Albers e aborda temas relacionados à mitologia grega.


“Aithon´s Hunger” abre o álbum com um pegada rápida e energética. Os riffs aqui são muito bons e a vocalização ficou perfeita, pois traz uma roupagem mais rouca, menos gutural, fugindo um pouco do normal. Concordo totalmente com o que é dito no press-release desse material. O álbum traz uma pegada do old school death metal, mas é possível também captar a velha essência do thrash metal oitentista. Em alguns momentos o som realmente adquire uma roupagem mais death/thrash, mas nunca se tornando realmente isso. A sequência traz a pesadíssima “Necromanteion”, que além de pesar uma tonelada, tem um refrão matador que deve funcionar muito bem no palco. A banda também cria momentos que são puro feeling e essa faixa tem alguns realmente matadores. “Wrath of the Gods (Furor Divinus)” é puro metal obscuro oitentista. Os riffs, o clima, a maldade… Tudo aqui fede a Sodom e Kreator em seus primórdios, mas com um toque a mais de death metal. Uma das melhores músicas do álbum. A faixa é pura adrenalina e enxofre.

Um pouco de modernidade surge com “Threefold Agony” e mostra mais uma música com cara de show. Pesadona e com partes bem pegajosas. Boa composição. “Empyrean” é mais rápida e direta, tal como a pegada punk/hardcore de “Crypts of the Gorgon”, que vem logo a seguir e mantém tudo em caos. “Nefarious, I” e “Whores of Pompeii” são músicas rápidas e principalmente na segunda, os riffs são uma crescente de qualidade e fudição. Definitivamente, ao lado de “Wrath of the Gods…”, “Whores of Pompeii” entra na lista das minhas preferidas.


Fechando o álbum temos a inicialmente ritualística “Procession to Tartarus”, que invoca uma atmosfera mística e muito peso para criar a ambientação perfeita para uma grande música. Esse início todo é perfeito. A banda aqui transita sem nenhuma cerimônia entre o death metal e uma pegada doom de altíssima qualidade. Essa junção funciona perfeitamente. A matadora capa do álbum (assinada por Paolo Girardi) me lembrou a capa do não menos devastador Hyperdontia. Todas as capas feitas por essa artista são incríveis e essa não é diferente.

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