Demo Tapes

SKÜLLFÜKK SATÄNIK SLÜTS – Uncut Speed (DT 2021)

SKÜLLFÜKK SATÄNIK SLÜTS (Estônia)
“Uncut Speed” – D
emo Tape 2021
Corrupted Flesh Recor
ds Importado
7,5/10

A Estônia está bem longe de ser um dos países mais mencionados quando se fala em Metal. Este redator se lembra de uma banda excepcional de Black Metal chamada LOITS, uma boa de Black Death de nome MUST MISSA e uma de Folk Metal bem interessante, a METSATÖLL, que funde uns sons da música típica estoniana com elementos diversos de metal mais tradicional.

Pois a SKÜLLFÜKK SATÄNIK SLÜTS (costuma ser abreviada para Sküllfükk SS) é um projeto criado em 2017 na cidade de Tartu, na Estônia. Antes de uma análise da própria e do trabalho recente, alguns detalhes curiosos a respeito do seu país de origem: É um dos três pequenos países Bálticos, ao norte da Europa, com menos de 1,5 Milhão de habitantes. Sua linda capital é Tallinn. A língua estoniana é uma das mais complexas do continente, e tem ligação apenas com o finlandês e o húngaro, uma das pouquíssimas sem origem Indo-Europeia. É um dos povos mais cultos e menos religiosos do globo (apenas 14% da população). É também o país de origem da empresa Skype.

Fazem parte do Power Trio o baterista “Beerhämmer”, o guitarrista “Vödkamizer” e o baixista e vocalista “Motörbreath”.

Desde a organização da banda, foram disponibilizadas apenas Demos e Singles, ainda não há registros Full em estúdio. A Demo atual recebeu o título “Uncut Speed”, fazendo jus à velocidade constante com a qual as músicas se desenvolvem ao longo da gravação. A Demo foi lançada no final de abril de 2021 pelos alemães do “Corrupted Flesh Records”, um selo prestes a completar o seu primeiro ano de existência e especializado em Metal Extremo em geral. O material foi disponibilizado via Fitas Cassetes e Digitalmente, apenas.

Uncut Speed” destila, ao longo dos seus 23 minutos, uma espécie divertida e imunda de Thrash / Speed Metal bastante cru, extremamente bem-humorado (de uma forma especialmente doentia), e que possui na fórmula elementos de Black Metal e de Crust Punk Finlandês. A definição dos próprios músicos para o seu som é B.D.S.M. (Black Death Speed Metal), fazendo trocadilho com o acrônimo que se refere às práticas sado masoquistas. Ao contrário do que se possa pensar, o som foi muito bem gravado e produzido, com ótimo resultado. Todos os instrumentos são audíveis e o som de baixo ganhou destaque no mix, em todas as faixas o instrumento aparece bem à frente, na cara do ouvinte. Fica claro que são músicos de qualidade e com boa experiência na cena.

O tema lírico é o mais avacalhado possível: Distúrbios sociais regados a comas alcoólicos, orgias improváveis com detalhes impublicáveis, a história de uma comandante bela e sádica de um campo de concentração, mulheres insaciáveis que eliminam cruelmente suas vítimas após terem abusado sexualmente deles… pura poesia doentia e infame. O estilo do vocal principal e o doBacking não deixam dúvidas sobre a pegada caricata da banda, que zomba em diversos pontos de características estereotipadas do Metal como um todo.

Em termos comparativos, é possível traçar um paralelo, principalmente, com a sonoridade produzida por bandas japonesas de Black / Thrash / Punk, como BARBATOS,ABIGAILe TIGER JUNKIES. Também remete ao BONEHUNTER, da Finlândia e aos norte-americanos do SHITFUCKER e do MIDNIGHT, até certo ponto.

 Dada a “grosseria” constante proporcionada com total naturalidade pelos músicos, não se trata de um som para todas as audiências. Recomenda-se aos fanáticos por Thrash cru e sujo, que curtam a tosqueira com doses letais de Black e Punk.

A Demo contém sete faixas no total, que somam intenso se divertidos 22:50 minutos… prepare-se para alguns dos títulos mais escabrosos da história do Metal Extremo, e uma enxurrada obsessiva de tremas:

1 – “Alkopökalypse Now”

2 – “Nunslüt Göatfükk”

3 – “Ilsa, oh Ilsa”

4 – “Big Bütt Krazy Slüt”

5 – “The Sexecütiöner”

6 – “Smökin Chix Sükkin Dix”

7 – “Sex Witch Fät Püssy”

Destaques: A faixa número dois funciona como ótimo exemplo a quem tiver curiosidade de conhecer o som da banda. A quarta é mais variada em termos rítmicos, e bem executada demais. 

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