CD/EP/LP

RYAN ROOTS – Tropical Hell (CD 2021)

RYAN ROOTS (Brasil)
“Tropical Hell” – Digital 2021
Independente – Nacional
5/10

Quando divulguei que estava resenhando para o The Old Coffin Spirit fui abordado pelo paraibano Ryan Roots para que eu escrevesse sobre o cd de seu projeto. Após ele enviar o material cheguei a sinalizar como seria esta resenha, mas ele topou o “risco”, então vamos lá!

Gravado entre março de 2019 e dezembro de 2020 por Ryan Roots (vocal e percussão), Jarir Porto (guitarras), ambos com passagem pelo Helltribe, e Pedro Paulo (guitarras, baixo e bateria), este “Tropical Hell” é um disco bem exótico, a começar pela capa, que, particularmente achei pouco inspirada.

O som da banda é bem eclético, mas torna-se esquisito com o passar das faixas. Apesar de ser bem produzido, em alguns momentos o som não tem o peso necessário que a faixa pede.

 O primeiro choque vem logo na intro “Into the Groove” por ser um ragga descarado. E não para por aí pois após o início em ritmo de baião, “Subverting the Power” descamba para um batuque ao melhor estilo Gangrena Gasosa. Nela notei que a bateria soa como se fosse eletrônica e torna a música sem punch e menos orgânica.

A faixa seguinte, “Terror Attack”, começa muito bem, soando como um thrash ao melhor estilo Exodus porém foi inserida uma percussão que botou tudo a desejar. E está percussão já começa na linha de frente de “Another Lost Civilization” que tem inserções de narração em partes mais Nem Metal.

O álbum, até esse momento, não é muito fácil de digerir, aí vem a faixa-título e a vontade de desistir das demais aumenta consideravelmente. O início dela lembra musicas de guitarrada (estilo muito popular na região Norte, especialmente no Pará) e depois parece uma música do Massacration com Max Cavalera cantando. Pra ser sincero, faz tempo que não consigo pular uma faixa durante uma audição para resenhas, mas está foi uma delas! As coisas dão uma leve melhorada com “Against Negative”, que lembra bastante os riffs do Korn e a levada do Overdose na época do álbum “Scars”.

A parte final dá uma melhorada com “Technoslave”, que remete ao som dos pernambucanos do Hanagorik pois é uma curta musica, com groove e bastante peso, seguida por “Get Out”, que é mais industrial e com vocal maio rap. Pela levada HC da música, há momentos que lembram bastante os brasilienses do D.F.C.

No geral, como já citei, é um álbum difícil de digerir, que teria musicas bem mais legais se estas fossem mais diretas e não forçassem tanto a inclusão de percussão nelas.

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