CD/EP/LP

REQUIEM – Collapse Into Chaos (CD 2021)

REQUIEM (Suíça)
“Collapse in Chaos” – CD 2021
Massacre Records – Importado
8/10

A primeira vez que ouvi o som dos suíços do REQUIEM foi quando adquiri o seu primeiro álbum “Formed at Birth”, de 2003 e o grupo já se mostrava um nome promissor para a cena death metal europeua e principalmente do pequeno país europeu. A banda foi formada em 1997 na cidade suíça de Schübelbach e desde então já lançou sete álbuns de estúdio, sendo o último o excelente “Collapse into Chaos”, lançado no dia de hoje pela gravadora Massacre Records.

Havia muito tempo que não ouvia nada do REQUIEM então ouvir esse novo material me deu uma ideia bastante precisa do quanto a banda evoluiu durante os anos. “Formed at Birth” trazia um death metal mais carrancudo, mais agressivo e próximo de bandas do death metal americano. Em “Global Resistance Rising” e nesse novo “Collapse into Chaos” é possível perceber que a evolução da banda os trouxe para uma sonoridade que se assemelha mais ao death metal europeu, mas com toques de black metal, principalmente no trabalho das guitarras, que apresentam mais melodia que nos primórdios da banda. Acho que posso dizer se medo que ambas as pegadas me agradam. O REQUIEM hoje em dia é muito mais seguro e o seu death metal oferece mais camadas a serem desvendadas.

A faixa de abertura é exatamente isso, “Fade Into Emptiness” é uma faixa bastante agressiva, mas traz uma boa dose de melodia, proporcionando aqui a criação de riffs mais memoráveis e não apenas viscerais. A faixa título “Collapse Into Chaos” é rápida e técnica e tem algo do Monstrosity em seus últimos álbuns. As partes mais trabalhadas quebram o ritmo e criam boas atmosfera. “Mind Rape” soa quase como um death/thrash por causa dos seus riffs. Música com boa dose de energia e um destaque do álbum.

Uma das melhores faixas é a poderosa “All Hail the New God” e aqui a bateria massacra sem piedade auxiliada por guitarras cortantes e uma vocalização contínua e poderosa. Os momentos mais quebrados trazem o necessário peso para a música não se tornar monótona. Outra música que achei muito boa foi “Progress to Collapse”, que tem uma batida mais punk. Curta e direta, principalmente quando o riff anuncia a pancadaria.

A música que eu mais gostei foi a violentíssima “Ivory Morals”, com marcações que beiram o grind (algo como o velho Napalm Death) e trazem momentos onde o peso e velocidade se alternam. Na mesma linha vem “Out of Sight, Out of Mind” e a excelente “New World Dystopia”, ambas totalmente matadoras. O álbum é bastante equilibrado em termos de velocidade e técnica, assim como com o peso e mostra que a banda chegou a um patamar musical diferenciado. Um álbum de death metal realmente bom.

Não poderia de destacar também a incrível arte de capa feita por Tata Kumislizer, que criou uma ilustração perfeita para o som que o REQUIEM executa. E convenhamos que boas capas são uma parte importantíssima de um bom álbum. E aqui temos os dois.

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