CD/EP/LP

RAZOR – Escape the Fire (2021)

RAZOR (Canadá)
“Escape the Fire” – CD Reissue 2021
High Roller Records – Importado
10/10

O RAZOR é uma banda que não necessita de apresentações. Pessoalmente ele estão no top 5 das melhores bandas canadenses de todos os tempos. Eles são aquele tipo de banda que quando você ouvia, imediatamente havia uma identificação, principalmente por causa do vocal de Stace “Sheepdog” McLaren. Mas outra coisa que fazia do RAZOR uma banda única e de uma qualidade diferenciada eram as guitarras de Dave Carlo, que possuía uma fonte inesgotável de grandes riffs.


O relançamento desse “Escape the Fire” corrige uma grande lacuna na discografia da banda, já que originalmente esse material deveria ter saído logo após o debut EP “Armed and Dangerous”, lançado em 1984. Infelizmente a gravadora Attic Records pressionou a banda e o material foi engavetado, saindo no lugar o não menos matador “Executioner´s Song”. O álbum foi originalmente gravado em Dezembro de 1984 e impressiona pela qualidade da produção, muito pesada e clara e trazia uma banda que equilibrava partes mais rápidas e com os típicos riffs do RAZOR e outras mais metal, com influências evidentes dos grandes nomes, como o Motorhead, bastante perceptível em faixas como “Distant Thunder”.

A primeira faixa “City of Damnation” já era pura dinamite. rápida e com riffs matadores. Puro speed metal canadense em sua melhor forma. O som típico da banda, com mais punch se faz presente em faixas como “Gatecrasher”, na matadora “Heavy Metal Attack” (faixa que mostra bem o impacto da música mais agressiva na época e curiosamente ouvindo isso agora é possível perceber como o Metalucifer e o Sabbat japonês beberam dessa fonte). Outra faixa ligada em 220 volts é “Deathrace” e aqui você só se imagina em um carro numa highway americana correndo e com esse som no máximo. Impossível ouvir isso sem querer bater cabeça. Pegando carona nessa adrenalina vem “Escape the Fire”, mais truncada, mas com riffs pesadíssimos.

Finalmente temos “March of Death” e aqui é possível ouvir uma música que tem aquela mesma pegada do primeiro do Metallica, com as guitarras correndo à velocidade da luz. Ouvir esse material agora em 2021, quase 40 anos depois da sua gravação original não me traz nenhum sensação de ouvir algo “velho”, pelo contrário, isso é relevante até hoje. E me mostra que esses, hoje veteranos, poderiam comer com farinha inúmeras bandas do cenário atual. Ainda relevantes e metal até os ossos. Espero sinceramente que alguma gravadora brasileira abrace e lance esse álbum no mercado brasileiro. Indispensável. O lançamento desse clássico obscuro aconteceu no último dia 16/07.

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