CD/EP/LP

PERDITION TEMPLE – Merciless Upheaval (Adv. CD 2022) – Review II

PERDITION TEMPLE (Estados Unidos)
“Merciless Upheaval” – CD 2022
Hells Headbangers Records – Importado
10/10

DATA DE LANÇAMENTO/RELEASE DATE: 24/06/2022

Finalmente Mr. Gene Palubicki e o bestial PERDITION TEMPLE estão de volta com o seu mais novo lançamento, o devastador álbum “Merciless Upheaval”. O álbum será lançado no próximo dia 24 de Junho, mas já posso adiantar que não tenho nenhuma dúvida de que esse é o melhor álbum já lançado pela banda da Flórida. Ainda que as referências ao Angel Corpse continuem presentes, esse novo trabalho apresenta um PERDITION TEMPLE com muito mais personalidade, referências diversas e elementos que deixaram a sua música ainda mais visceral. A produção desse álbum é poderosa.

Os vocais de Alex Blume são um soco no estômago.Brutais e sujos na medida certa. Ron Parmer é um baterista do mais alto nível e isso se confirma mais uma vez na sua performance aqui. É um baterista com uma técnica fenomenal e que une complexidade e brutalidade em doses cavalares, mas sem soar redundante. Já o trabalho de guitarras de Gene Palubicki continua assassino. Os riffs cortantes e que colam no seu ouvido não se alteraram, mas há algo a mais na composição dessas faixas que realmente eu realmente achei muito foda e superior ao que ele vinha lançando.

Há mais peso, mais partes trampadas e mais equilíbrio esses momentos contidos e as partes onde a velocidade impera, mas a cola que une tudo isso é, sem dúvida alguma, uma verdadeira sequência impiedosa de riffs. O álbum abre com a brutal “Merciless Upheaval”, que já deixa evidenciar que há algo de diferente no ar, mas que em momento algum significa que a qualidade foi deixada de lado. É uma faixa que mostra claramente as evidências de Mr. Palubicki.

“Execution Swarm” traz riffs intensos em meio a andamento marciais. A brutalidade é quase onipresente, mesmo nos momentos em que a velocidade é colocada em segundo plano. Grandes solos aqui. Nada de beleza neles, são caóticos.

A primeira que se destaca ainda mais é “Redemption Abattoir”, que possui algo que me lembrou até mesmo o trabalho dos brasileiros do Krisiun. Ao vivo será uma composição poderosa e de grande impacto. Na sequência vem outra pedrada com “In Thrall of Malevolence”, que tem algum nível de melodia no riff inicial, mas que ainda assim soa com uma energia muito grande.

Os quatro faixas seguintes são versões do PERDITION TEMPLE para alguns sons que são clássicos na história do metal extremo. Mais peso vem com “Skeletons in the Closet” , um cover matador do Infernäl Mäjesty, que conseguiu ser executada com a cada do próprio PERDITION TEMPLE.

A surpresa fica com uma versão de “From the Stars, Nyarlathotep”, dos mexicanos do Shubb Niggurath, que foi para outro de insanidade e brutalidade. É uma faixa que transpira energia nuclear. Mais conhecida é a faixa “Blood on My Hands”, dos americanos do Morbid Angel, que aqui serve de pólvora para um disparo certeiro de um howitzer. Execução impecável. Finalmente o álbum se encerra com um cover dos holandeses do Pestilence, com a música “Parricide” que soa como a melhor versão dessas quatro, já que a música é uma celebração pura do metal da morte. Ainda que o álbum traga apenas quatro músicas próprias, “Merciless Upheaval” é um trabalho que eleva a qualidade de um trabalho que eu já classificava no mais alto nível.

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