O PATHOGEN é uma emanação pútrida que vem direto das Filipinas. Formada em 2001 e com poucas mudanças estruturais (membros), a banda se dedicada a uma forma visceral e primitiva de Death Metal. Sem modismos, sem avanços domados e sem polidez, apenas deformações, agressividade, profanações e odores oriundos de avançados estados de putrefação.
Musicalmente — por entre tumbas violadas, influências e repugnâncias, o PATHOGEN entrega uma obra que se espelha em totens clássicos do Death Metal. Indo de Autopsy, Bolt Thrower e Deicide,até algo muito próximo ao início do Death. O Metal da Morte made in Escandinávia também mostra suas feições aqui e ali no trabalho banda. Sua discografia é composta por várias demos, três compilações, um EP, nove splits e seis álbuns completos, sendo “Moribund Manifesto” seu mais recente registro, lançado no final de abril pela polonesa Old Temple Records em CD, cassete e também nas plataformas digitais.
Contextualização concluída, vamos ao material. “Lament Of The Graveless” abre o disco com doses cavalares de peso, tempos médios bem explorados e avanços alucinantes (quando necessários). A produção, como já dito, é orgânica e até certo nível “raw”, mas todos os instrumentos são facilmente discerníveis. “Deviated Flesh” é puro açoite sonoro, assim como “Scourging Across Cursed Realms”, que entrega riffs excelentes e solos dignos da Velha Escola. Essas mesmas qualidades se estendem para “Wrath Of The Abhorer” e também para a grotesca “The Abominant Relics”. Ambas exibindo excelente nível técnico e muita agressividade.
“Spectre Of Thantos” exibe um trabalho feroz de bateria, guitarras cuspindo riffs matadores e vocais que honram os grandes mestres do gênero. “To The Dismal Depths” é mais elaborada, quase um Death/Doom Metal, porém, com doses extras de dinamismo e malevolência. Os solos são extremamente caprichados. “Enraptured By Evil” é uma faixa para palcos; dessas que você pode até esquecer, mas seu pescoço não — “the torcicolo remains the same”.
Para quem ama um Death Metal que ressoa décadas passadas — rudimentar, feio e impiedoso, mas bem executado, “Moribund Manifesto” é o disco ideal. Seus poucos mais de 40 minutos oferecem brutalidade, velocidade, bom nível técnico, cadência (em momentos certos) e toda aquela essência dos grandes clássicos do Metal Da Morte. Nada original, mas quem se importa? Aqui temos o tradicional e isso por si só já vale muito!
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