CD/EP/LP

MNHG – Mundare (CD 2021)

MNHG(Alemanha)
“Mundare” – CD 2021
Immortal Frost Productions – Importado
7,50/10

O projeto MNHG é recente, foi originado em 2020 na Alemanha, a partir das cinzas da banda THYRGRIM, que praticava Pagan Black e esteve ativa entre 2005 e 2009, período durante o qual produziram seis álbuns de estúdio.

Três dos integrantes da antiga banda reuniram-se para fundar o MNHG, nomeados apenas como J. (Guitarra principal e Vocal), N. (Guitarra rítmica e Backing Vocals) e K. (Baixo e Vocal). R.é o baterista que completa o lineup.

A proposta dos músicos? Desenvolver uma espécie singular de Black n’ Roll, não propriamente puro, mas uma infusão tendo os Riffs típicos do Black Metal como carro chefe, agregando elementos do Heavy tradicional (ouça e perceba a qualidade dos solos), do Punk e do Thrash.

Como o ano passado foi marcado, praticamente em todo o mundo, pelo lockdown e as diversas restrições relacionadas à pandemia, os músicos aproveitaram para entrar em estúdio no mês de maio, e registraram o primeiro álbum full length. “Mundare” teve sua estreia em fevereiro deste ano, com o lançamento em CD via ”Immortal Frost Productions”, selo Belga extremamente ativo na descoberta e promoção de bandas de diversas vertentes extremas.

Quem curteBlack n’ Roll sabe que o estilo nasceu da fusão do Black Metal da primeira onda (VENOM e HELLHAMMER, principalmente) com o som primordial do MÖTÖRHEAD e de diversas outras bandas de Crust Punk e de Rock clássico dos anos 70 e 80. No caso específico do “Mundare”, o álbum remeteao som de bandas como KVELERTAK (Nor), CHAPEL (Can), KHOLD (Nor), o SATYRICON (Nor) da fase do álbum “Volcano” em diante e o DARKTHRONE (Nor) da fase dos álbuns “F.O.A.D.” e “DarkThrones and Black Flags” .

 “Blasphemic Warfare” é uma faixa que ilustra bem as características da sonoridade. Os vocais rasgados são bem executados e funcionam para a proposta. Os riffs com a pegada Black dão peso e a atmosfera sombria, os solos mais típicos do Heavy tradicional são o diferencial que torna a audição uma experiência singular e bastante agradável. Bateria e baixo jogam simples, não complicam e produzem uma cozinha correta e bem estruturada para que as guitarras brilhem. Aliás, a simplicidade é elemento chave para o sucesso do projeto. Exceção feita aos já mencionados leads das guitarras, onde a técnica apurada acrescenta uma dimensão mais sofisticada ao Play. Exemplo: O belo solo em “Here Comes the Truth”.

 “Revelation” é um som mais voltado ao Thrash, mais sujo, acelerado e agressivo. Dá uma quebrada interessante e bem-vinda na injeção maciça de Black n’ Roll,na parte final do disco.

 Como um todo, é um trabalho divertido e que desce fácil. As músicas têm passagens cativantes e que ficam coladas na mente após a primeira audição. É o tipo do disco que pede por umas caixas de cerveja bem gelada e a companhia de bons amigos.

Relação das doze faixas, que totalizam 39:21 minutos de duração:

1 – “Introduction”

2 – “Blasphemic Warfare”

3 – “The False Prophet, Rise”

4 – “Babylon, theWhore”

5 – “Praise the Beast”

6 – “Reborn in Suffering”

7 – “Ride for Me”

8 – “I.N.R.I.”

9 – “The DarkestStrain”

10 – “Here Comes theTruth”

11 – “Revelation”

12 – “Transition”

Destaques: A segunda e terceira músicas “Blasphemic Warfare” e “The False Prophet, Rise” são Black n’ Roll por excelência, dois ótimos singles. A sétima “Ride for Me” também se destaca pela qualidade da composição e é uma das mais divertidas do álbum.

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