Entrevistas

LUCIFERIANO – “A ideia então é sabermos viver e usufruir a atualidade, naquilo que ela nos proporciona.”

Fomos conversar com o amigo Antônio Gonçalves (Judas Iscariotes) guitarrista e um dos fundadores da banda catarinense Luciferiano.

Olá meu amigo Antônio Gonçalves (Judas Iscariotes) seja bem-vindo ao The Old Coffin Spirit Zine / Portal. Antônio, a Luciferiano surgiu em 1999 na cidade de Joinville, Santa Catarina, formada por você, né ? Como surgiu a ideia de montar a Luciferiano e como você chegou aos músicos Jack Camargo (Kcaj), Berkley Jennrich (Shepharuaim) e Giovani Zortis Poncio ?

Antonio Gonçalves: Salve, meu amigo Waltinho e leitores do The Old Coffin Spirit Zine. Então, no final de 1999 tive a ideia de montar a Luciferiano. Na época, eu era vizinho do Jack Camargo e tocávamos nas bandas Impuro (eu) e Yogoth (Jack), bandas que terminaram simultaneamente. Após o fim destas, pensei de imediato em convidar o Jack para participar pois, além de vizinhos, éramos (somos até hoje) muito amigos. Começamos a ensaiar somente guitarra e baixo, e, nestes ensaios, conversávamos sobre quem poderíamos convidar para assumir bateria e vocal. Logo nos veio a ideia de convidarmos o Berkley pois sua banda (Imperium Tenebrae), também havia paralisado as atividades recentemente. O Berkley aceitou o convite e deu de sugestão o nome do Geovani (Zortis) para convidarmos aos vocais, já que os dois eram parceiros na Imperium Tenebrae. Assim demos início a primeira formação completa da Luciferiano.

Com essa formação vocês entram em estúdio em 2001 e lançam a demo tape homônima. Como foi a repercussão desse artefato no submundo metálico e pela mídia especializada ?

Antonio Gonçalves: Assim que gravamos a DT começamos o processo de divulgação no qual a única forma de enviar aquele material era através dos correios. Enviamos para pessoas de quase todos os estados brasileiros sendo na base de troca, vendas e também cortesias para selos, zines e distribuidoras, afim de se interessassem pelo nosso trabalho e que de alguma forma pudessem nos ajudar. A recepção foi muito boa de Norte à Sul sendo que, em menos de um ano após seu lançamento, a gravadora Chaos 666 Records, de Londrina – PR, propôs o relançamento da DT em formato K7 através do selo. Além destes lançamentos, também houveram várias participações da banda em coletâneas, matérias e entrevistas para zines que ajudaram muito a propagar a Luciferiano.

Nesta época vocês também fizeram vários shows pelo Sul do país. Mas acredito que ter participado do festival “Fuck The Bastard Child” na cidade de Curitiba (Pr), em dezembro/2001, ajudou a divulgar bastante o nome da banda pelo submundo brasileiro, naquela época em que poucas pessoas tinham acesso a internet. Como foi para vocês participarem do cast deste festival e dividir o palco com grandes bandas brasileiras como: Great Vast Forest, Ocultan, Pactum, Mysteriis e Muder Rape ?

Antonio Gonçalves: Já tínhamos tocado em várias cidades do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul quando nos chamaram para tocar no festival Fuck The Bastard Child. Na época este festival foi considerado como o maior da América do Sul no gênero. Pra nós foi motivo de muito orgulho mostrar nosso trabalho para um grande público e dividir o palco com monstros consagrados do black metal brasileiro neste evento que teve excelente repercussão com cobertura da mídia especializada nacional. Foi um momento único que ficará guardado na minha memória até meu último dia de vida.

Em 2006 a banda lança o tão sonhado full length “A Face Do Cão” pelo selo Sonic Blaster. Se não me falha a memória é um selo paulista. Como vocês chegaram até eles e, ficaram contentes com o trabalho feito pela gravadora em relação a divulgação desse negro artefato no submundo ?

Antonio Gonçalves: Logo que as DT’s da Luciferiano se espalharam por vários cantos do Brasil junto de resenhas positivas que apareciam nos zines, o Rochesther Rodrigues, proprietário da gravadora Sonic Blaster, entrou em contato conosco pedindo material para avaliação e, caso positiva por parte do selo, entraríamos numa coletânea que seria lançada pela Sonic Blaster junto com bandas que estavam em ascensão naquele momento no Brasil. Aconteceu que, após receberem e ouvirem inteira a DT da Luciferiano, a Sonic Blaster resolveu lançar apenas Luciferiano, no qual resultou o nosso primeiro álbum “A Face do Cão.”

Você lembra como foi o processo de criação e gravação deste artefato ? Mudaria algo neste primeiro trabalho oficial da banda ?

Antonio Gonçalves: Todas as músicas e letras deste álbum foram compostas por mim, já a parte gráfica foi elaborada pela Sonic Blaster. Quanto a gravação, fizemos na cidade de Itajaí-SC com produção de André Tulipano e Culver Yu, ambos integrantes da banda Steel Warrior, grande nome do power metal brasileiro. Até, por sinal, como o mundo dá voltas, eu e o Culver tocamos juntos hoje no projeto Apócrifos. Em relação a mudar alguma coisa do álbum A Face do Cão, pensei algumas vezes no que poderia ser feito melhor mas, aquele foi um momento de aprendizado e “voltar ao passado” para corrigir alguma coisa talvez fosse algo como a ideia de “efeito borboleta” onde tudo poderia ser estragado e não teria esta “magia” que é para muitos que possuem e curtem o álbum A Face do Cão.

Falando nisso…. Quando você lê críticas relacionadas à banda ou mesmo comentários de uma pessoa que gosta da banda ou não, como você reage ? Toquei nesse assunto, porque no lançamento de “A Face Do Cão” comprei uma revista de Rock que saía a nível nacional, e os caras criticaram muito a banda com palavras tipo : capa horrível, música ruim, os músicos usam pseudônimos ridículos e tal. Lembro que na época eu fiquei revoltado com a pessoa que resenhou o disco e, claro, com a revista. Mas lembro que essa mesma revista criticou da mesma forma o “In the Nightside Eclipse” de 1994 (importado) do Emperor e depois, no lançamento nacional, deu nota 9. Só que o Luciferiano tá na ativa até hoje e a revista sumiu de cena.

Antonio Gonçalves: Cara, antigamente eu dava muita importância para as críticas e elas alteravam meu clima. As positivas me levantavam e as negativas me deixavam cabreiro. Talvez uma reação normal para quem tem trabalhos que são expostos ao público. Hoje, continuo ainda dando certa importância porém, um pouco mais maduro na vida, elas não alteram radicalmente meu astral e, compreendendo a importância da frase que diz “falem bem, falem mal, mas falem de mim”, acabo gostando até das críticas negativas, pois elas se espalham e chegam até as pessoas que não conhecem Luciferiano, onde muitas acabam gostando, compram o nosso material e nos convidam para tocar em festivais.

Em 2010 a banda sofreu uma perda muito grande. O seu vocalista Geovani “Zortis” Poncio veio a falecer. Foi muito difícil continuar com a banda sem o seu “frontman” ?

Antonio Gonçalves: Realmente foi uma ocasião difícil pois, além de amigo, o Geovani era um ótimo vocalista que deixou sua assinatura na Luciferiano. Em nenhum momento logo após sua morte foi cogitado o encerramento das atividades da banda, muito pelo contrário, a saga em memória do amigo ficou mais fortalecida. Acredito que temos de entender que a regra é “nascer, viver e morrer”, então, aceitar a morte dos amigos e/ou parentes queridos, possa ser a reação mais madura que tenhamos em vida. Claro que para quem está lendo isto pode dizer “ah, é muito fácil falar isto”. Sei que não é nada fácil, mas acredito que possamos nos educar, não massivamente, é lógico, pois isto depende da vontade e do pensar de cada ser, mas de uma forma que possamos deixar de romantizar tanto a vida e sofrer por aqueles que partem antes da gente.

Mas, felizmente, ele já tinha gravado as músicas para o próximo trabalho de estúdio e vocês resolveram lançar o “O Opositor” com ele nos vocais, e depois procurarem um novo vocalista. As músicas já estavam gravadas em estúdio ou vocês recuperaram áudios de ensaios e trabalharam para recuperar e “dar um up” em estúdio ?

Antonio Gonçalves: Todas as músicas que fazem parte do nosso segundo álbum “O Opositor” já tinham sido gravadas em estúdio antes do Geovani falecer. Gravamos em estúdios diferentes, a bateria em Blumenau e o restante dos instrumentos e vocal em Joinville.

Como já dissemos, a banda lançou o segundo trabalho de estúdio “O Opositor” em 2013. Na minha opinião esse trabalho é o mais maduro da banda com uma ótima produção de estúdio, músicas com estruturas mais profundas e trabalhadas. Como você vê esse trabalho hoje em dia, quase 10 anos depois ?

Antonio Gonçalves: “O Opositor” é um álbum que mostrou amadurecimento da Luciferiano. Gosto muito deste álbum.

Aliás, como foi fechar parceria com tantos selos para esse trabalho ? Se não me engano foram 13 selos no lançamento né?

Antonio Gonçalves: Foram 12 selos brasileiros envolvidos neste lançamento. Na época, o Gilson (atual baterista da Sodamned e Goatpenis), era integrante da Luciferiano e foi quem negociou diretamente com todas as gravadoras.

A lírica do Luciferiano até pela alcunha da banda sempre foi de um anti – cristianismo, e, o melhor, com letras em português. No álbum “O Opositor” a banda tem influências um pouco mais diretas no instrumental de heavy metal tradicional e com letras mais profundas e filosóficas. Vocês, desde o início, optaram pela língua portuguesa? Já cogitaram a ideia de futuramente gravar em outro idioma, por exemplo, o inglês ?

Antonio Gonçalves: O nome “Luciferiano” vem do luciferianismo ateísta que é o culto do próprio no que se refere ao observar, pensar e questionar. Bem diferente do luciferianismo religioso que se iguala ao dogmatismo “incontestável” da religião cristã, predominante no mundo ocidental. Todas as letras do nosso primeiro álbum “A Face do Cão” são de minha autoria e não passam de verdadeiros deboches às “estórias” inventadas (muitas delas copiadas e adaptadas) pelo cristianismo. No segundo disco (O Opositor) escrevi as letras de “Guerreiro de Mim, Oferenda e Voluptuosa Rainha dos Meus Sonhos” que partem mais para o campo da liberdade, sem perder um pouco o deboche. O Gilson escreveu “Irmão da Noite e Minha Lei” onde ele explorou um lado mais filosófico. Já o Geovani, sua única composição na Luciferiano foi a letra da própria “O Opositor” onde ele abusou de verdades através de metáforas. Acredito ser importantíssimo também falar sobre os singles que lançamos: “Rebelião, Monturo do Cristo e Esmegmática Teofania”, letras escritas pelo Fernando Atanázio (Bob), monstruosas poesias cheias de enigmas que dão nós na nossa forma de compreensão; e, “Ritual da Morte e Ritual da Desordem” verdadeiras violências filosóficas escritas pelo Luciano Lamferniis, dois grandes vocalistas/letristas que fazem grandes trabalhos no black metal brasileiro. Sobre a possibilidade da banda usar outro idioma nas nossas composições, isto está fora de cogitação.

NOTA DO ENTREVISTADOR: Para quem não sabe eu edito um zine chamado “Maléfica Existência” que em outubro/2022 será lançada a quinta edição. E o nome do zine foi tirada da música “Voluptuosa Rainha Dos Meus Sonhos” em homenagem ao Luciferiano.

Antônio “Judas Iscariotes”, você sempre foi a mente por trás da Luciferiano. De quem foi a ideia de fazer um show de 15 anos da banda ? O “Luciferiano 15 Anos fest” foi uma ideia diferente já que vocês convidaram vários vocalistas da cena a interpretar uma música da banda com vocês no palco do saudoso Curupira Rock.

Antonio Gonçalves: Na época estávamos sem vocalista, então para não deixarmos passar em branco os 15 anos da banda, tive a ideia de fazermos um fest comemorativo com bandas convidadas e vocalistas referências da cena catarinense que nos dessem apoio na apresentação. Contamos também com a parceria da Preludium Produções para organização do evento, onde o público presente testemunhou uma noite para entrar na história do underground da nossa região.

Aliás, acredito que foi um dos últimos shows com ótimo público no “templo do metal catarinense”, o Curupira Rock Clube, na cidade de Guaramirim – SC. Infelizmente, o Curupira Rock fechou logo depois. Se fôssemos um país sério o Curupira Rock deveria ser um patrimônio histórico e cultural por toda sua história na cena underground, que começou lá nos anos 90. Você acha que a cena catarinense hoje tem uma boa estrutura de casa de shows e bons festivais atualmente ?

 Antonio Gonçalves: Então, o festival Luciferiano 15 Anos aconteceu com casa lotada, o maior público daquele ano no saudoso Curupira Rock Clube. O Curupira está guardado na memória de todos que tiveram oportunidade de tocar e/ou assistir aos shows daquele espaço fantástico que tivemos em Santa Catarina. Temos hoje ótimos espaços para shows e a esperança, é que os festivais retornem com tudo após esta pandemia que nos deixou, de certa forma estagnados e nos fez repensar em tudo.

Meu amigo, você está muito tempo no submundo lutando com bandas no underground e organizando eventos na cena catarinense. Sua primeira banda foi o saudoso Impuro. O que você acha que mudou para melhor daqueles tempos difíceis para hoje ? O que precisa ainda mudar e o que continua igual nos dias atuais ?

Antonio Gonçalves: A primeira banda que toquei foi a Necropsia que era uma banda de heavy metal surgida nos anos 80 em Joinville – SC tendo seu fim no início dos anos 90. Quando entrei, a banda já estava terminando suas atividades e fiz apenas um show com ela. Mas este show foi marcante pra mim, pois, além de ser a minha primeira aparição como guitarrista, o show foi ao vivo no Jornal do Almoço para todo o estado de Santa Catarina. Minhas pernas tremeram naquele dia, hahaha. Logo após o término do Necropsia, fui convidado para tocar na Vomit, banda esta que fez vários shows pela região, tendo como épicos o segundo festival promovido pelo Curupira Rock Clube e a abertura para o Amem Corner em Curitiba – PR no lançamento de seu 7’ep. Após o fim da Vomit em 1994, eu e os irmãos Fernando e Fantor Borges Sobrinho criamos a Virgo Sacrum, lançamos a DT “Tártaro” (disponível do youtube) e também fizemos vários shows em Santa Catarina e no Paraná. A Virgo Sacrum terminou em 1996 e na sequência fui um dos fundadores da Impuro, onde também tocaram Daniel Henriques e Fabio Gorresen que fazem parte da Flesh Grinder. Foi somente depois desta caminhada que montei a Luciferiano em 1999. Sobre um paralelo entre o passado e presente, não dá para fazer comparações e/ou criar expectativas saudosistas pois tudo muda e tem seu tempo. A ideia então é sabermos viver e usufruir a atualidade, naquilo que ela nos proporciona.

Falando com o amigo Berkley (Shepharuaim) que já foi baterista do Vozes do Inferno (1993), Imperium Tenebrae (1992) e membro, também, da primeira fase do Luciferiano e, atualmente, baterista da Accubitorium, ele me disse que o início da cena black metal catarinense nos anos 90, era muito fechada e radical. A cena catarinense tinha várias bandas como : By Disgrace of the Gods, Yuggoth, Impuro, Imperium Tenebrae, Virgo Sacrum, Goatpenis e Vozes do inferno, entre outras que não me lembro agora. O que representa para o músico e metalhead Judas Iscariotes essas bandas citadas e a cena catarinense daquela época ?

Antonio Gonçalves: Pra mim foi uma época muito massa. Lembro que nos ensaios da Virgo Sacrum vinham sempre a galera do PR. RS e amigos aqui do estado para passarem o final de semana com a gente, trocar ideias, conhecer o que estava saindo no black metal e beber. Sempre quando podíamos também viajávamos para visitar os amigos e festejar em suas terras. Como a cena ainda estava em formação e éramos poucos na região, procurávamos sempre contactar o pessoal de outras cidades e estados para nos conhecermos, criarmos vínculos de amizades e irrigar toda esta história que muitos hoje conhecem. O “hoje” é muito bem vindo e curto muito a atualidade, mesmo que o passado tivesse um gosto especial por tudo ser mais difícil no underground, fazendo dos sobreviventes, vitoriosos neste meio.

A banda sofreu com muitas trocas de integrantes e você (Antônio) sempre na luta recrutando novos integrantes e seguindo em frente. Recentemente o baterista Alessandro Marques deixou a banda. O que houve para ele sair da banda? Qual a atual formação da Luciferiano ?

Antonio Gonçalves: O Alessandro Marques (Batata) é um grande brother e contribuiu muito com a Luciferiano. Infelizmente, por motivos profissionais e mudança de cidade, no qual acarretaria na falta de tempo para se dedicar a banda, compreensivelmente, resolveu seguir seus projetos pessoais e não comprometer o andamento da Luciferiano. Desejo a ele todo sucesso do mundo. Quanto a formação atual, estamos com: Antonio Gonçalves (guitarra), Bia Cunha (baixo), Dian Carlo Machado (bateria) e Willian Puchaslki (vocal). Vale dizer que eu e Bia fazemos parte dos projetos “Apócrifos” e “Delírio”, Dian também toca na “Shadowings” e “Absynthetic” e Willian também faz vocal na “Diabolical Funeral”.

Vocês divulgaram nas redes sociais da banda que em breve sairá um documentário para comemorar os 25 anos da banda. Como anda esse projeto e existe previsão de uma data limite para o seu lançamento ?

Antonio Gonçalves: Então, este documentário foi suspenso. O que aconteceu foi que a produtora que nos procurou para fazer este doc. chegou a colher depoimentos de alguns integrantes e pessoas que curtem a banda. Mas a verba para esta produção seria captada através da Lei de Incentivo a Cultura, ou seja, seria com verba pública. Quando soube pedi o cancelamento imediato do doc. pois sou extremamente contra. Pra mim, dinheiro público é para financiar projetos sócio-culturais onde os beneficiados são crianças e adolescentes que vivem nas periferias e não tem acesso a Arte, e não financiarem marmanjos que já possuem trabalhos autorais lançados através da iniciativa privada. Dei como sugestão a produtora que entrasse em contato com as gravadoras que lançaram nossos discos para que fizessem um “rachão” e assim dar continuidade ao doc.

Acredito que será uma tarefa difícil encontrar todos os ex – integrantes e colher depoimentos deles. Vocês vão dar espaço para todos falarem das suas experiências com a Luciferiano ?

Antonio Gonçalves: Bom, caso seja retomada as gravações deste doc., esta tarefa de encontrar ex-integrantes e colher seus depoimentos será da produtora. Quanto ao fato deles falarem sobre suas experiências na banda, certamente terão liberdade para manifestarem-se da forma que quiserem.

Fora o documentário, existe possibilidade de lançarem um novo trabalho de estúdio com músicas inéditas para comemorar os 25 anos da banda ? Já faz quase 10 anos do último CD em estúdio. Como anda o processo de composição ? Algumas novidades ?

Antonio Gonçalves: Temos alguns singles que foram lançados no YouTube, devemos regravá-los junto a outras músicas inéditas para logo começarmos a produção do novo álbum. Há uma enorme possibilidade deste disco ser lançado simultaneamente por mais de 20 selos, mas por enquanto, estamos apenas nas negociações iniciais. A Luciferiano completará 25 anos de existência em 2024 então, é certo que haverá um fest muito massa com convidados especiais.

Meu amigo, Antônio, muito obrigado pela entrevista ! O espaço é seu para suas palavras finais. Abraço e força sempre !!!

Antonio Gonçalves: Meu amigo, Waltinho! Foi muito prazeroso participar do The Old Coffin Spirit Zine e espero ter contribuído para o mesmo. Deixo aqui meus agradecimentos por esta oportunidade e um grande abraço à você e todos que estejam lendo esta matéria!

Related posts

SHED THE SKIN – As proibidas artes do death metal tradicional

Fábio Brayner

BLACK ALTAR – Sacrifique os corações inimigos sobre o impuro Altar Negro!

Daniel Bitencourt

PAIN OF SOUL – Uma pura manifestação do doom metal brasileiro

Walter Bacckus