DATA DE LANÇAMENTO/RELEASE DATE: 27/05/2022
A música extrema saúda o retorno do demoníaco LORD BELIAL, que não lançava um álbum novo desde 2008, quando havia lançado o álbum “The Black Curse”. A banda ficou um tempo parada e retornou à ativa em 2020, bem durante o ano pandêmico e isso deve ter acabado influenciando a banda de forma a criar o mais odioso e mortífero álbum possível e “Rapture” soa dessa forma.
O velho black metal tocado com ódio e soando como uma manifestação de desgraça e mau agouro se faz presente nesse novo trabalho da banda. Ao começar a audição com as faixas “Legion” e “On a Throne of Souls”, você já percebe que a banda não aliviou na brutalidade de sua músicas. Principalmente na segunda, o LORD BELIAL vem com sangue nos olhos e caos no coração e destilam uma faixa que é absolutamente brutal, mas coloca momentos mais pesados que se misturam com linhas melódicas muito bem construídas. Em alguns momentos soa até mesmo como o Dissection, com guitarras construindo melodias incríveis.
A faixa “Rapture of Belial” resume a qualidade desse novo álbum. É uma composição incrivelmente pesada, com momentos de extremismo que beiram o homicídio e linhas melódicas belíssimas. Já “Destruction” presta as justas homenagens ao primitivismo e rispidez do black metal da primeira metade dos nos 90. É uma composição com riffs gélidos e bateria martelando o seu juízo sem piedade. “Belie Al Gods” é mais trampada e pensada, com um uso pontual de teclados que criam o clima apropriado para o lado mais obscuro dessa música. Uma música foda. Outra música que se destaca com esse approach mais cadenciado é “Evil Incarnate”, que tem uma veia Bathory poderosa e presente. A interpretação vocal aqui é muito fudida. Novamente os teclados surgem e criam a ambientação ideal para a música.
Soando mais climática e até mesmo sinfônica em alguns momentos vem “Lux Luciferi”, que tem momentos realmente muito bons onde o peso e guitarras marcadas ditam o ritmo. “Infinite Darkness and Death” tem um início mais calmo e vai crescendo e aumentando a velocidade. Os riffs na parte mais extrema são realmente um destaque. As duas faixas finais são as excelentes “Alpha and Omega” e “Lamentations”, ambas mais trampadas e climáticas, o que acaba sendo a característica da metade final do álbum. A primeira parte é mais rápida e brutal e a segunda mais climática. Ambas muito boas e uma confirmação do trabalho de qualidade que o LORD BELIAL apresentou nesse novo disco.
- Legion
- On a Throne of Souls
- Rapture of Belial
- Destruction
- Belie All Gods
- Evil Incarnate
- Lux Luciferi
- Infinite Darkness and Death
- Alpha and Omega
- Lamentations