Assim que recebi este segundo cd lançado pelos acreanos no HYLIDAE, com suporte da Sangue Frio Produções, fui pesquisar um pouco sobre eles me dei conta que anteriormente não tinha ouvido outras bandas deste estado tão distante dos grandes centros brasileiros.
Aqui no site, anteriormente, foi resenhado um cd dos conterrâneos deles, do Necromantticu, mas o HYLIDAE tem grande possibilidade de se destacar no cenário nacional. E eles não pouparam esforços para apresentar um trabalho muito bom tanto em termos gráficos, a cargo de Alcides Burn, como em termos técnicos sido o álbum gravado no RB Studio por José Risley (na cidade natal da banda) com produção do baterista Roberto Bala, mixagem e masterização assinadas por Davi Serra Barroso, do Maximum Violence Productions, em Fortaleza/CE.
Sons da floresta marcam uma breve introdução à faixa-título, que explode com um groove tribal de Roberto Bala, que chega a lembrar a fase “Roots” do Sepultura. Mas as coisas melhorarem mais ainda quando Aldiene Padula chega com um gutural potente e bem definido, intercalando com um vocal mais rasgado que lembra Fernanda Lira nos tempos que era da Nervosa. A faixa “Home of Souls” foi escolhida para ganhar um clip, que está disponível no YouTube e foi uma ótima escolha por ser uma faixa bem forte.
Em “Weak Minds” e “Warrior Spirit” Erbesson Chaves inseriu solos muito bons, mostrando criatividade e feeling, ambos escudados pelo baixo potente e seguro de Anderson Cassidy. “Losing Myself” tem vocal muito gutural, diferenciado dos demais do álbum. O início de “Peoples Temple” tem um sample bem caótico, que transpira para a música, que é uma das mais cadenciadas do álbum e tem um pequeno interlúdio que chega a lembrar alguns momentos do Pantera.
Fechando este bom álbum, “The Ghost of Hank Williams” tem algumas passagens que remetem ao Messhuggah, com tempos muito quebrados e é a faixa com mais passagens diferentes do álbum pois tem uma introdução, uma inserção de uma música do próprio Hank Williams (que foi um cantor country que faleceu aos 29 anos na véspera do ano novo de 1963) e encerra com um fade out de solo de guitarra muito sossegado. Cheers!!!