CD/EP/LP

HEATHEN – Empire of the Blind (2020)

HEATHEN (USA)
“Empire of the Blind” – CD 2020
Nuclear Blast Records – Importado
6,5/10

Exatos 10 anos se passaram desde o lançamento de “The Evolution of Chaos”, último álbum que a banda thrash americana HEATHEN. As expectativas para o novo álbum “Empire of the Blind” eram altas, ainda mais porque o álbum anterior é uma aula de thrash metal técnico, com agressividade e melodia em doses quase perfeitas, mas infelizmente as expectativas acabaram sendo altas demais e “Empire of the Blind” é apenas um bom álbum, com altos e baixos.

Obviamente estamos falando aqui de um álbum criado por músicos excepcionais então tecnicamente falando temos um trabalho magnífico, mas nem só de técnica um bom álbum é feito. É necessário aquele algo mais, aquele “punch” na cara que sempre sentimos logo em uma primeira audição em qualquer grande álbum. As melhores músicas desse álbum são aquelas onde a energia é mais alta, onde um pouco mais de velocidade se faz presente, como por exemplo na faixa “The Blight”, faixa que tem uma baita pegada Exodus, em sua fase “Impact is Imminent”. Outras músicas muito boas são “Blood to Be Let” e “In Black” (a música que mais gostei), um faixa técnica, pesadíssima e totalmente anos 80. Me trouxe à mente algo do velho Testament aqui.

“A Fine Red Mist” é uma música bem interessante, quebrada em alguns momentos e com um riffão muito bom. As guitarras aqui se evidenciam totalmente com arranjos, linhas melódicas e solos matadores (inclusive os solos em todo o álbum são fabulosos). A coisa não impressiona tanto como em “Sun in my Head”, que até é uma boa composição no geral mas um tanto burocrática, sem aquele algo a mais.

“Devour” é ok, mas traz uma linha vocal bem chatinha, mas o momento mais fraco do álbum vai para a balada pesadinha “Shrine of Apathy”. Baladas em disco de thrash se tornaram um clichê nos anos 80 e sinceramente 99% delas era insuportavelmente chatas e desinteressantes e aqui temos uma composição que se encaixa nesse perfil. Dispensável. O álbum ainda conta com uma intro e uma outro, ambas ok, com momentos acústicos e peso dosado. No geral, “Empire of the Blind” é um álbum mediano, com momentos bons e vários outros bem cansativos. Esperava que a experiência do guitarrista Lee Altus no Exodus traria mais energia para o álbum, mas foi o contrário.

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