Old Spirit

HEADHUNTER DC – Uma “eletrizante” noite de violência e metal da morte.

À medida que o tempo passa tendemos a perceber com mais clareza a importância de eventos que pudemos presenciar, seja ontem ou 28 anos atrás, como é o caso desse evento que marcou a primeira apresentação dos baianos do HEADHUNTER DC em terras recifenses.

A banda havia lançado no ano anterior o absoluto clássico “Born…Suffer…Die” que quebrou uma certa barreira existente na época entre o centro do metal nacional (SP, RJ e MG) e o Nordeste, ainda que houvessem bandas excelentes na região.  O “Born…” foi um soco no estômago pois trazia uma banda que musicalmente fugia do metal mineiro extremo, ainda que aquela cena fosse uma influência para todos, inclusive para o próprio Headhunter DC.

Mas a banda tinha sua própria personalidade musical e isso era evidente em todo o álbum. O pessoal de Recife que tinha mais conexão com o death metal ficou muito impressionado com a banda, principalmente em relação ao baterista Iaçanã, que baixava a porrada na batera em um nível que não era comum em bandas brazucas na época.  Quando o show foi anunciado para o 12 de Fevereiro de 1992, todos ficaram muitos animados com a ideia de ver aqueles caras ao vivo.

Ter a chance de ver uma banda tocando seu disco meses após o lançamento não era algo tão comum para nós na época e esse evento foi um evento muito especial.

O show foi marcado para uma casa de shows chamada SUCATA, que ficava localizada no bairro de Boa Viagem, área nobre da zona sul da cidade e bem na área de uma gangue da época que era conhecida por arrumar tretas em eventos nessa área.

A banda de abertura do evento foram os recifenses do Câmbio Negro HC, que estava no seu auge, tocando direto e era uma banda que o pessoal mais alternativo seguia para quase todo lado, talvez a causa da tal galera da lama ter comparecido ao evento. A casa estava bem cheia, o que era normal para a época e o calor infernal da cidade se fazia presente com toda a força.

A mencionada galera da gangue foi para o evento e acharam que por ser um evento de “rock” tava liberado causar todo o tumulto que pudesse, o que acabou dando início a um dos shows mais violentos e cheios de adrenalina que pude presenciar em Recife.   Quando o HEADHUNTER DC entrou no palco a temperatura já estava próxima do inferno e os ânimos nem se fala. Quando o death metal começou a espancar o sistema de P.A. a porradaria teve início.

Headhunter DC em Recife, 1992.

É impossível não enxergar isso tudo hoje com saudosismo e uma impressão de que até mesmo aqueles momentos ajudaram a forma uma geração de headbangers que simplesmente encarava tudo e que até hoje (uma grande parte) continua firme e forte na sua convicção de que o metal é algo a se levar gravado a ferror e fogo na alma.

Acredito que a impressão que a banda teve daquele evento não deve ser diferente da nossa, que estávamos no público em meio a uma batalha campal entre headbangers, punks e surfistas (a tal gangue). Quando se assiste o vídeo a tensão era palpável na banda.  Da para perceber todos os músicos recuando no palco. E não era para menos, já que a briga que irrompeu durante a execução dos hoje clássicos do primeiro álbum simplesmente era algo que deixaria qualquer um boquiaberto. Hahahahahhaa. Eu lembro que não me envolvi no tumulto, já que estava totalmente hipnotizado na frente do palco, olhando com atenção a banda, mas com olhos nas costas, já que atrás da primeira fila o metal da morte era saudado com socos e sangue hahahaha

Esse evento não poderia deixar de deixar marcas físicas e emocionais em todos ali. Como o meu amigo Wilfred Gadêlha (autor do Livro Pesado e Diretor do documentário “Pesado – que som é esse que vem de Pernambuco” expõe em seu depoimento para essa matéria:

“Uma noite para não esquecer

Cartaz de divulgação do “Born…Suffer…Die”, lançado apenas alguns meses antes do show de Recife.

Era fevereiro de 1992. Eu, até então, um moleque de 18 anos, estava envolvido até o pescoço com o heavy metal aqui no Recife. Já tinha feito fanzine – o Psicose -, organizado show, montado minha primeira banda – o Dark Fate – e saído dela para tocar bateria no Cérbero. Ou seja: estava naquele estágio de vibração por estar fazendo parte da coisa. Uma coisa muito maior: o metal.

É bom a gente lembrar que, talvez naquele momento, vivíamos o auge da cena nacional até então. O Sepultura estava em sua trajetória ascendente, logo depois de lançar o Arise um ano antes. A Cogumelo despejava lançamentos a torto e a direito. Outras gravadoras também, inclusive no Nordeste, com a Whiplash, de Natal.

Como nordestino, a gente via as bandas da região começando a furar um certo bloqueio. O Croskill, de Natal, presente na coletânea Whiplash Atacck Vol 1, tinha lançado seu primeiro disco pela Rock Brigade Records. Anos antes, havia saído o clássico split Avalon/Megahertz, legendárias bandas do Piauí, pela Cogumelo. Mas, em minha opinião – e pelo meu sentimento na época -, a parada foi diferente com o Born…Suffer…Die…, o primeiro disco do Headhunter DC, de 1991. Primeiro, porque era um um full, não um split. Segundo, porque era pela Cogumelo, porra! A mesma gravadora de Sepultura, Sarcófag, Chakal, The Mist, WitchHammer, Sextrash, Mutilator! Terceiro, porque era death metal.

Em 1992, havia um boom no estilo. Eu ouvia Pestilence, Death, Obituary, Morbid Angel, Entombed, Carcass. Deixei pra lá meus heróis Iron Maiden, Metallica e Slayer. E o Headhunter DC estava no “meio” disso. Daí, a gente descobre que vai rolar o lançamento do BSD aqui. Fudeu! Era o que a gente queria!

Na época de fanzine, a gente se correspondia com os caras. Mas vê-los no palco era outra coisa. O show foi marcado para a Sucata, uma casa de shows no Pina, na Zona Sul do Recife. Quem iria abrir era o Câmbio Negro HC, principal banda pesada da época e com os dois pés fincados no metal naqueles tempos.

HEADHUNTER DC em ação em Recife. Estou nessa foto quase na frente do palco com a cabeleira loira. hahahahah

Eu fui com meus amigos. Não poderia deixar de ir. E foi um show antológico, daqueles de dividir águas. Quando a gente entrou na casa, já cheio de bicada, observamos que havia uma grade na frente do palco, pra separar o público e proteger Antão Meira, correspondente da Rock Brigade e cinegrafista que registrou grande parte dos shows daquela época.

É preciso dizer que a grade nem separou público nem protegeu Antão. A gente começou a puxá-la furiosamente, deixando o cinegrafista em pânico. Depois, a grade começou a vazar corrente e muitos levaram choque. Resultado: ela foi retirada e Antão subiu ao palco para filmar – sim, é esse o show que aparece na versão bônus do BSD lançado há alguns anos.

O show do Headhunter foi animal. Death metal puro, performance incomparável de Sérgio Balloff e Iaçanã (o batera da época). Mas, não por culpa da banda, começaram a rolar algumas brigas no público. E eu estava envolvido nelas. Brigas sem razão de ser. Empurra-empurra normal de show que se transformou em confusão. Lembro de Balloff parar várias vezes a apresentação para reclamar.

No final, eu terminei – não sem antes quebrar os óculos de um cara hahaha – sendo espancado por uns 10 caras que eu não conhecia, num momento em que meus amigos tinham ido comprar cerveja. Apenas um ou dois ficaram comigo. Fiquei desacordado por alguns minutos. E acordei ainda dentro da Sucata. 

O pior é que a minha “proposta” pro caras de brigar após o show não foi esquecida por eles. Enquanto estávamos na parada de ônibus, começou um festival de pedras e paus jogados de um lado para o outro. Resolvemos então ir a pé até o Derby – na região central – e de lá, cada um que não era da Zona Sul, tomou seu destino. Fui bater na Várzea, com meus amigos do Cérbero, com a camisa rasgada, a testa inchada de um soco que levei e tomando Pitú com ovo frito.

Nunca esqueci disso. Nem Balloff, que não me deixa esquecer de jeito nenhum.

Valeu,

Wilfred Gadêlha

Avião ? O underground de 92 era movido a 4 rodas e muita cachaça na cabeça para aguentar as longas horas de estrada.

Essa visão do evento que Wilfred tem, inclusive lembrando de vários detalhes como, por exemplo, a banda de abertura ser o Câmbio Negro HC, algo muito comum na época, é a mesma que muitos de nós temos. Ao lembrar da tal grade que havia sido quase arrancada a história se conecta comicamente comigo mesmo, já que eu fui um dos azarados a tomar choque. Lembro que tava todo mundo da primeira fila batendo cabeça e em algum momento eu fui esticando o braço e ouvi um “não pega aí, tá dando choque”… A minha resposta foi “choque ? que chooooooooooqueeeeee”. Hahahahah  Nessa hora tomei um choque violento ao encostar na tal grade em frente ao palco.

O que poderia ter se tornado um tragédia acabou virando uma das piadas constantes que acompanham sempre o encontro com os caras do Headhunter DC, que se tornaram grandes amigos desde então. O curioso é que o tal aviso para tomar cuidado tinha sido dado pelo próprio vocalista do Headhunter DC, Sérgio Baloff, que não poupou gargalhadas depois. Ao encontrar a banda na pousada em que haviam ficado hospedados a zoeira foi geral e continua até hoje sempre que essa conversa vem à tona.

“Born…Suffer…Die…” (1991) – Cogumelo Records

Em 2016 a COGUMELO RECORDS relançou o primeiro álbum da banda e como bônus veio um DVD exatamente desse show de 1992. Eu mesmo me vejo várias vezes em meio ao caos e isso traz grandes memórias de eventos marcantes, de amizades feitas a quase 3 décadas atrás e que perduram até hoje.

O metal da morte corre livre nas veias de vários que estavam naquela noite, provando que aquele fogo juvenil ainda queima.

Como diria o Baloff, vocalista da banda. “Salve o metal da morte, morte, morteeeee”. E o próprio Sérgio “Baloff” Borges deixou seu relato, que em tudo coincide com o que foi aquela quente e infernal noite em 1992. Com a palavra, Mr. Baloff:

Vira e mexe esse nosso primeiro show em Recife em 92 está na pauta de nossas conversas com amigos, nas rodas de birita e, ultimamente, nas ‘lives’ que temos feito durante esse período de quarentena, o que não poderia ser diferente, já que trata-se de um dos shows mais emblemáticos de toda a nossa história. O show aconteceu no dia 15 de Fevereiro de 1992, nosso primeiro show fora do eixo Bahia-Sergipe, dando continuidade à turnê do nosso debut album “Born…Suffer…Die”, mas já contando com Simon Matos fazendo a segunda guitarra.

Contando com nosso velho amigo Rogério “Big Brother” como roadie, rumamos pra Recife na sexta-feira, 14, num busão da empresa Progresso, e pra encarar as 12 horas de estrada compramos 12 garrafas de vinho na rodoviária (DOZE, uma pra cada hora de viagem!), das quais 4 Zé Paulo nos fez o favor de derrubar e quebrar antes mesmo de entrarmos no ônibus – me lembrei do Fábio Brayner quebrando o garrafão de vinho antes do show do Desaster ( NdE: nota explicativa do editor no final da matéria. hahaha) no Dokas… kkkkk!!! Ambos não caíram na porrada porque temos muito apreço pelos dois… hahahahahaaa!!! O efeito que todo aquele vinho causou na gente durante a viagem (fora as cervejas e doses de pinga a cada parada) foi brutal como todos já podem imaginar, resultando em muita bagunça no busu em meio a rodadas de palitinho a dose de cachaça com dois tchecos que também estavam no ônibus (e que, por sinal, compraram uma cópia do LP cada um) e uma fila de passageiros no corredor, já forrado de cascas de amendoim, só pra fazer reclamação sobre a gente com o motorista, que ameaçou nos deixar no próximo posto da Polícia Rodoviária caso não parássemos com todo aquele caos. Sorte nossa (e dos demais passageiros) que o ultimato chegou quando já estávamos todos chapados e morrendo de sono, então todos puderam ter a tão sonhada paz no restante da viagem.

Sérgio “Baloff” Borges

Chegando em Recife com uma ressaca violenta, fomos recebidos pelo produtor do show, Paulo André (ou pelo seu sócio Alemão… ou pelos dois, não me lembro muito bem…), e levados até a pousada onde ficaríamos hospedados em Boa Viagem, a mesma pousada na qual os caras do Morbid Angel se recusaram a ficar meses antes quando tocaram na capital pernambucana, em 91, segundo o próprio pessoal da produção, que foi a mesma do show dos americanos – o qual só não abrimos porque a produção foi mudada de última hora… maldito Milton Chaves!!! Assim que chegamos na pousada, ouvimos alguém gritando nosso nome vindo de um dos prédios nos arredores, e qual não foi nossa surpresa em ver que se tratava de Marcelo Gomão, na época do Decomposed e que morou uma temporada em Salvador, sendo um grande parceiro nosso durante aquele início da década de 90, uma puta coincidência! Lembro que à tarde, antes de irmos pra passagem de som, alguém chegou com um jornal local que havia uma matéria conosco na qual a chamada, nas palavras de nosso então baixista Ualson Martins, dizia o seguinte: “O Brasil ainda não está preparado para o Death Metal!”, afirmação com a qual concordei de imediato ao compararmos a nossa cena nacional em termos de suporte e estrutura com tudo o que já acontecia na Europa e EUA naquela época, mas isso já é assunto para uma outra conversa. O evento aconteceu no Pina (ex-Sucata), uma espécie de galpão enorme onde provavelmente cabia umas 1.000 pessoas. Não sei exatamente qual foi o público presente no show, mas o local estava bem cheio, uma mistura de bangers e punks, esses últimos para prestigiarem a hoje veterana Câmbio Negro, banda seminal do movimento punk/HC recifense que atuaria como banda de abertura naquela noite – talvez uma escolha não muito acertada por parte da produção, cujo por quê disso vocês saberão logo mais à frente.

Eu costumo dizer que a campanha “United Forces” do S.O.D. não funcionou muito bem aqui no Brasil no período entre meados/final dos 80s e início dos 90s, pois em muitas cidades, incluindo Salvador, o pau comia feio nas ruas e em alguns shows nos quais ambos os gêneros dividissem o mesmo espaço, culpa de velhas diferenças ideológicas, mas, certamente, também de uma certa imaturidade e até falta de informação de ambas as partes àquele período. Entre os bangers presentes, algumas figuras hoje bastante conhecidas da cena nacional e primordiais para a cena local, como Fábio Brayner, Marco Antônio e Jean do Decomposed, Vital do Malkuth, entre outros, todos ainda muito moleques, mas já com muito sangue no olho e o ímpeto para a rebelião metálica contra o mundo. Me lembro que o show do Câmbio Negro rolou sem maiores problemas, já que a maioria dos bangers ficou no fundão apenas assistindo e/ou bebendo, sem se misturar com os punks, mas desde já percebia-se um clima tenso no ar, clima esse que só pioraria quando subíssemos ao palco. Bastou tocarmos os primeiros acordes da intro instrumental com a qual costumávamos abrir nossos shows pras primeiras confusões começarem a acontecer. De cima do palco o que víamos era os punks provocando os bangers durante nossa apresentação, que por sua vez não toleravam e partiam pra porrada, dando aí início a uma sequência de pancadaria desenfreada, como que tornando real toda a violência e brutalidade sonora que saía dos PAs. Total mayhem!!! A partir daí o que se seguiu foram rodas de briga espalhadas por todo o salão, intercaladas com provocações e xingamentos de alguns punks direcionados a nós no palco (um deles ficou me cuspindo até a goela secar… hahahaaa!!!), mas não nos intimidamos e continuamos brutalizando ‘on stage’, até que Antão, figura lendária da cena local, que estava filmando o show próximo à mesa de som, foi agredido e quase teve sua câmera destruída, então a produção pediu para que interrompêssemos o show afim de tentar acalmar os ânimos dos presentes.

Alguns seguranças foram colocados em cima do palco pra evitar que alguns punks mais imbecis invadissem o palco, enquanto que o resistente Antão passou a filmar o show dali de cima também. Além de todo esse clima tenso durante nossa apresentação, percebi que alguns pedaços de telha estavam caindo em cima da gente, já que (creiam!) tinha gente tentando invadir o show pelo telhado do espaço. Anos mais tarde, nosso amigo jornalista e outra célebre figura do cenário pernambucano Wilfred Gadelha, autor do livro e do documentário “Pesado” (além de apresentador do programa de rádio de mesmo nome) me relatou que também chegou a ser agredido durante o evento. Outro fato lendário e engraçado ocorrido no decorrer do show foi o choque fudido que Fábio Brayner, coladaço no ‘front row’, tomou em um dos vários cabos de alimentação espalhados no palco quando, na verdade, ele mesmo tentava me alertar sobre isso. Uma cena digna de filmes de comédia e desenhos animados, com o nosso amigo com o cabelo lá em cima e saindo fumaça de sua cabeça… kkkkkkk!!! O repertório era composto de todo o tracklist do álbum mais covers do Sodom (“Sodomy and Lust”) e Napalm Death (“Deceiver”).

Saudades da minha camisa do Morgoth “Resurrection Absurd” com a qual toquei no show e que no ano seguinte viraria lixo hospitalar em Belo Horizonte… – mais uma história bizarra do Culto da Morte a ser contada em livro saindo em algum lugar do futuro. Terminado o show, cujo vídeo completo foi publicado para a posteridade num DVD que acompanha a reedição especial de 25 anos do “Born…Suffer…Die”, era hora de contar os corpos, mas também de fazer aquela social com os brothers, tomar umas e tirar mais algumas fotos, todas também devidamente publicadas numa galeria de fotos do já mencionado DVD. Resumo da noite: entre mortos e feridos salvaram-se todos, alguns com hematomas, outros com supercílios abertos, mas todos com a alma lavada e a satisfação de terem realizado, protagonizado e testemunhado um show que entraria pra história da cena de Recife e de todo cenário nordestino de Metal. Na volta para Salvador, aguardamos o busão na BR, na saída da cidade, e eis que o ônibus era o mesmo e com o mesmo motorista da vinda de Salvador, que quando nos viu logo providenciou a troca de nossas poltronas, as quais mais uma vez seriam no fundão, com o pessoal que estava na frente pra evitar que transformássemos a viagem novamente num inferno, mas aí já estávamos detonados de cansaço e só queríamos dormir mesmo… haha! Após essa primeiríssima passagem por Recife, tocamos por outras diversas vezes na cidade no decorrer dos anos, sendo nossa última apresentação no festival Abril Pro Rock em Olinda em 2015, então já está mais do que na hora de retornarmos para mais uma lição de violência e brutalidade, dessa vez apenas sonora, por favor! Hahahahahaaa!!!


Bom, espero que a leitura não tenha sido chata, tentei enxugar o texto ao máximo, mas me foi impossível não registrar aqui todos (ou quase todos) os fatos detalhados e em ordem cronológica, então espero que o mesmo tenha ajudado os presentes e os não presentes naquele show antológico a voltarem no tempo e vivenciarem, ainda que virtualmente, todo aquele pandemônio em nome do nosso Underground quando cabeças quase literalmente rolaram. Death Metal rules supreme!!!
*por Sérgio “Baloff” Borges (Headhunter D.C.) – 24 de Agosto de 2020.

NOTA DO REDATOR: Na verdade o famoso garrafão de 5 litros quebrado antes do show foi na primeira apresentação do INCANTATION em Recife e nunca esqueci disso também. hahahha Mas o lado bom desse “pequeno acidente” foi que não entrei em coma etílico, já que com o que bebi fiquei louco o suficiente. Entrei no show, tomei um soco de um desconhecido. Cai, levantei e continuei batendo cabeça. Não senti nada e nem percebi que tinha tomado um soco. Quando vi, metade da Bahia estava cobrindo o cara de porrada e entrei na bagaceira pensando que algum dos amigos tinha sido agredido. hahahahahahah Não sabia que o agredido tinha sido eu. Lembro até hoje do segurança olhando o cara apanhar e me falando depois “porra, o cara te deu uma porrada e deixei ele apanhar um pouco antes de tirar ele”. hahahahahahh

Assista a um pequeno trecho desse show. A data que aparece no vídeo está errada. Não é 1988, mas fevereiro de 1992.

Gostaria de deixar aqui os meus agradecimentos aos amigos Wilfred Gadêlha e ao Sérgio Baloff por contribuírem para essa memória tão foda de um evento que marcou a todos que lá estiveram.

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