Se é possível imaginar algo assim, o GRAFVITNIR é um tanque de guerra supersônico atirando brutalmente para todos os lados. O ataque sonoro que estes suecos perpetuam em “Death’s Wings Widespread” é altamente afrontador, satânico e insano. A parede de riffs mortais que eles produzem é impressionante e cativante, sendo um mais legal que o outro. Poucas bandas na atualidade são capazes de produzir algo assim, nesse nível.
A qualidade de seus álbuns anteriores também sempre foi exemplar, e o antecessor “Venenum Scorpionis” foi um arregaço. Aqui neste, eles mantém o nível e despejam uma série de dez sons que fazem a alegria do pessoal que curte um Black Metal rápido e odioso, como tem que ser.
O petardo abre com a intro “Midnattsskogens isande lockrop”; preparando o terreno para “Helvetesnatt” e a faixa-título; em “In Infinitum” a porradaria bate forte com um clima mórbido e frio, assim como em “Into the unknown”; já em “Det gilmrande djupet skall” é mais uma instrumental; “Wound in night’s flesh” é possível cantarolar o riff inicial, com uma levada magistral; “Innervoid” e “Wings of the Night” descambam a porradaria desenfreada no final do álbum, provando que estes caras não estão para brincadeira e fazem um dos melhores Black Metal da atualidade. O disco fecha com “I häxmanens sken”, uma outro com dedilhado.
“Death’s Wings Widespread” é um álbum espetacular, uma massa sonora que agradará do início ao fim, que espera ouvir um Black Metal autêntico, feito de forma honesta por quem realmente entende do assunto. Por mais bandas e obras como estas.