CD/EP/LP

GALAXY – On the Shore of Life (Adv. 2021)

GALAXY (Austrália)
“On the Shore of Life” – CD 2021
Dying Victims Productions – Importado
8,5/10

DATA DE LANÇAMENTO/RELEASE DATE: 19/11/2021


Finalmente o quinteto australiano GALAXY chegou ao seu debut álbum. Após o excelente EP de estreia “Lost from the Start”, lançado em 2019, já não era sem tempo ter algo novo deles. O GALAXY é uma banda relativamente nova, tendo sido formada apenas em 2017, mas a sonoridade da banda mostra um trabalho bem amadurecido.

O power/heavy metal executado pela banda continua intacto e a excelente produção desse álbum realça as qualidades dos caras como compositores. Se você ouve a faixa de abertura “Bargaining” essa qualidade é bem palpável.

O que me agrada bastante na banda é o trabalho do vocalista Phillip T. King, que foge do convencional e tem uma voz “esquisitona” e que poderia até soar ruim para os amantes das bandas fabricadas do heavy metal mainstream, mas para mim soa realmente poderosa. A segunda faixa “Bright Stars” tem uma base principal matadora. Cadenciada e matadora com bons detalhes de duetos. Há uma atmosfera nessa faixa que me lembra sons dos anos 70. Talvez seja o som das guitarras em meio a alguns arranjos dobrados. A vocalização tem um fedor de enxofre que remete ao Mercyful Fate. O instrumental é incrível. Mr. Stu Callinan é um guitarrista perfeito para essa banda.

A próxima faixa começa com uma tradicional balada (até mesmo soando um pouco como uma música medieval) e vai assim até por volta dos quatro minutos, quando a distorção explode nos caixas. Não sei se colocaria essa faixa como a terceira no álbum, mas ela entrega a sua mensagem e é uma excelente composição. Voltando ao peso e à cadência vem “Fireflighter Palaver”, onde o vocal muda sua performance e vem mais grave no início. É uma música mais contida do início ao fim. “Gemini” tem uma pegada mais épica e bons arranjos de guitarra. Por volta dos 2 minutos e 20, as coisas ganham velocidade e a música cresce realmente. A música se torna muito mais poderosa a partir daí.

“Valentine” é um baita heavão, pesado e com interpretações bem interessantes. Um dos melhores riffs do álbum inteiro está aqui, por volta dos 3:15. Isso é para erguer os punhos, berrar nos shows e entornar muita cerveja. A última faixa tem um título poderoso “We Enter the Door of Death Alone” e ela começa com uma massa sonora proporcionada por um baita riff. O GALAXY conseguiu nesse primeiro trabalho mostrar evolução em relação ao seu trabalho anterior e lançou um álbum muito bom e perfeito para os fãs do heavy metal mais underground.

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