Eis que a besta infernal do CRYFEMAL sai de sua gruta e lança um novo álbum, o virulento (sem trocadilhos) “Eterna Oscuridad”. Não há meio termo aqui. Ou você ama ou você odeia. Isso é black metal feito com enxofre, sangue e ódio. Puro e direto. Não há momentos “bonitos” e nem bondade.
O culto se inicia com “Capilla Ardiente”, uma música poderosa. Os altares sagrados são lavados com sangue durante a próxima faixa, a suja e ríspida “Necra Exequia”. Gosto de black metal com riffs carregados e “Insepulto” não economiza nesse quesito, assim como os infernais vocais aqui que são um destaque. Aquela sonoridade do início dos 90 em que se misturava a aspereza do black metal com teclados se materializa em “El Retorno”, uma das melhores do álbum.
Ao vivo “Reencarnacion” deve simplesmente invocar demônios e espalhar almas despedaçadas. O clima se torna lúgubre com o início de “Culto a La Muerte”, outra composição que foca em andamentos mais lentos e peso, com partes mais rápidas surgindo e abrindo o caminho. “Eterna Oscuridad” é um álbum que não precisa de muito esforço para ser entendido. Isso é black metal e entendimento passa longe. Há de ser sentido, compreendido pela própria alma… negra…