CROM DUBH é um projeto que cria um mix de Black Atmosférico e Melódico, criado em 2003, reativado em 2010 e surgido em Londres, na Inglaterra.
Os músicos que o formaram são experientes na cena, e estão ligados a bandas bem estabelecidas no Reino Unido, como CRAVEN IDOL (Black Thrash), SCYTHIAN (Death Thrash) e FEN (Black Atmosférico).
Lineup atual: o baterista “Jesel G””, o guitarrista e vocalista “S Vrath”, o baixista “Suspiral” e o guitarrista “Mike Beonetleah”
Desde a criação do projeto, foram lançados três Demos, um EP, uma Compilação e dois álbuns de estúdio. O primeiro, sob o título “Heimweh” em 2015, e o mais recente “Firebrands and Ashes”, de 2019.
A gravadora e distribuidora alemã Ván Records já acompanha a banda em parceria desde o primeiro álbum, e lançou os CDs (Digipack – 300 cópias) e os discos de Vinil (12 polegadas – limitado);
O álbum foi criado tendo como principal pilar o Black Metal, inspirado nas principais bandas da chamada segunda onda. Há uma dosagem elevada de elementos PaganFolk (Celta), Atmosféricos, Ritualísticos e Melódicos que fazem da audição tarefa das mais agradáveis. Produção irrepreensível, nítida e simultaneamente fria.
“Boreal” se inicia com percussão marcial e guitarras melancólicas e bastante atmosféricas. Belíssima introdução, está criado o clima. “Firebrands and Ashes” é ao mesmo tempo gélida e energética, os vocais rasgados combinam e adicionam um tom emocional pesado e melancólico. Os riffs são melódicos e dramáticos, baixo e bateria soam fortes e marcantes, trazendo à mente um campo de batalha ensanguentado, repleto de corpos e corvos à espreita.
“Last Dust” trabalho intricado e belíssimo de bateria, segue em ritmo médio com as guitarras adicionando camadas sobre camadas atmosféricas. Aura épica e hostil de ponta a ponta, incrementada pelos riffs de sua parte final. “Ram in a Thicket” insiste na abertura beligerante, apontando para mais um hino de batalha dos saxões. As guitarras criam belas melodias que contrastam com os vocais extremos, e que geram uma tensão crescente ao persistirem no tema do riff principal. Atmosfera grandiosa, com a sutil inserção de elementos Folk. Brilhante.
“Burning” tem abertura mais melancólica, um tom fúnebre. As linhas de baixo desse som são dignas de destaque. A atmosfera depressiva dá lugar a passagens mais agressivas e carregadas de emoção, reminiscentes do PRIMORDIAL (Irlanda). “Astride the Grave” riffs energéticos e empolgantes abrem a faixa, talvez a mais veloz e contundente do trabalho. Contrastam, um Black Metal ríspido e furioso, com melodias Folk de ótimo gosto, gerando outro destaque.
“Endless Night” traz o capítulo derradeiro para a saga com grandiosidade e imponência. Os riffs soam nada menos que gloriosos, enquanto a bateria devasta impiedosamente. O som de baixo se infiltra em meio ao instrumental com rara beleza. A seção final dessa música, exclusivamente instrumental, toma proporções de fato épicas, heroicas. Arrepiante, esplêndida.
Obra memorável dos britânicos. Se o leitor é fã de PRIMORDIAL, conhecer o CROM DUBH é obrigatória. Também recomendável aos admiradores de WOLVES IN THE THRONE ROOM (EUA), FEN (Reino Unido) e WINTERFYLLETH (Reino Unido),
São sete músicas no total, que totalizam 43:11minutos de duração:
1 – “Boreal”
2 – “FirebrandsandAshes”
3 – “LastDust”
4 – “Ram in a Thicket”
5 – “Burning”
6 – “Astride the Grave”
7 – “Endless Night”
Destaques: A última do Play é espetacular. Ouça “Endless Night” com a devida calma e atenção, e emocione-se.