CD/EP/LP

CREEPING FLESH – …And Then the Bombs Came (2022)

CREEPING FLESH (Suécia)
“…And Then the Bombs Came” – CD 2022
Emanzipation Productions – Importado
10/10

Death metal com temática sobre guerra ? Yes, sir… nós realmente precisamos disso em nosso dia a dia e quando a banda, além de tudo entrega um álbum com o poder de fogo desse novo trabalho do CREEPING FLESH, aí podemos confirmar que o avanço em território inimigo foi bem sucedido. Não conhecia a banda e esse trabalho me agradou demais, primeiro por sua pegada totalmente da velha escola, mas principalmente por soa diferente da maioria dos materiais que vem sendo lançados atualmente.

Se pudesse indicar duas grandes influências desses caras, eu certamente iria falar de dois nomes gigantes da cena death metal que, infelizmente, não estão mais na ativa. Bolt Thrower e Gorefest (fase do “False”). O peso que a produção proporcionou a esse trabalho, sem falar do vocal poderoso do vocalista Robert Karlsson (que tem um timbre muito parecido com o das duas bandas citadas). Ainda mais positivo é o fato de que, apesar das influências, não temos aqui uma banda tentando repetir essas bandas. As referências estão presentes, mas tudo tem a impressão digital do CREEPING FLESH, que fez um trabalho magnífico nesse álbum. “…And then the bombs came” é a Intro dramática que abre o álbum. Legal, mas vamos direto aos negócios e quando “Flaktürmme” começa o teto vem abaixo. Pesado descomunal e uma pegada que hoje em dia, como já afirmei, é muito rara de se encontrar.

Não há como ouvir uma faixa como “Finest Hour” e não ter certeza que as paredes irão tremer se ouvirmos isso aqui em um volume mais alto. Eles precisar usar de brutalidade ? Não mesmo. Tudo é tão massivo que dispensa a velocidade na quase maior parte do tempo e quando ela aparece não tenta ocupar o palco. A simplicidade aqui comanda. A pegada de “Like So Many Before Them” é matadora e aqui aquele death metal com um feeling gigantesco que o Bolt Thrower fazia, rege o espetáculo. Que riff principal foda. Outra música que manda o caminhão ladeira abaixo sem freios é “Obscure the Sun”, que mostra com um verdadeiro riff de death metal pesado como o inferno deve soar. E se tem algo que esses caras sabem criar são riffs infernais. Ouça “Titan Grip” e tente duvidar dessa afirmação. Isso é death metal na sua cara.

“March of the Elephant” honra o nome e funciona como o paquiderme pulando corda na sua cabeça. A última faixa foca mais no clima e em uma melodia quase épica e deixa “Wandering Soul” soando como a escolha mais acertada para fechar um álbum que é um acerto do início ao fim. Não posso deixar de tirar o chapéu para a produção desse trabalho que elevou a qualidade da banda às alturas. O peso, definição e pegada deixou tudo ainda mais esmagador. Um álbum que irei manter no playlist por um bom tempo.

Tracklist:

  1. …And Then The Bombs Came
  2. Flaktürme
  3. Finest Hour
  4. Like So Many Before Them
  5. Decrowned
  6. Obscure The Sun
  7. Titan Grip
  8. March Of The Elephant
  9. Wandering Soul

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