CD/EP/LP

VENEFIXION – A Sigh from Below (Adv. 2021)

VENEFIXION (França)
“A Sigh from Below” – CD 2021
Iron Bonehead Productions – Importado
9/10

DATA DE LANÇAMENTO/RELEASE DATE: 01/10/2021

O THE OLD COFFIN SPIRIT tem a honra de ser o primeiro veículo de divulgação brasileiro a resenhar o tão aguardado debut álbum da banda francesa de death metal VENEFIXION, que será lançado no dia 1 de Outubro próximo. A banda foi formada em 2013 e teve sua primeira demo tape “Defixio” lançada em 2015. Em 2016 foi lançado o EP “Deathrites” e finalmente em 2019 saiu um split mini álbum com a banda belga Possession. Todos esses lançamentos deram à banda a experiência necessária para que esse primeiro álbum completo viesse ao mundo e a espera foi válida, já que é um trabalho realmente poderoso.

Com uma excelente produção e um metal da morte que foge dos caminhos mais comuns do estilo, “A Sigh from Below” muitas vezes soa em uma direção de um agressivo death thrash, uma pegada meio Merciless sueco com toques de Necros Christos em alguns momentos específicos (em climas criados), mas há nuances de originalidade no som do grupo. É uma sonoridade tipicamente europeia, mas nem de perto se aproxima do death metal sueco mais tradicional ou de bandas do death metal inglês.

O álbum vai ficando melhor a cada audição e isso se deve a essa pegada da banda. Um dos destaques do álbum é a faixa “Ways to the Netherworld”, um verdadeiro tapa na cara. Solos selvagens, vocais sujos, mas que não são totalmente guturais, o que você encontra em bandas como o Sadistic Intent. Muito foda ! Outra que chuta traseiros sem dó é a ultra tradicional “Clavicula Salomonis” e mais uma vez destaco o trampo dos guitarristas que criam riffs com uma energia explosiva. A rifferama não se contém em “Summoned and Defiled”. As guitarras dobradas aqui são o destaque. Nas partes mais cadenciadas você consegue perceber o poder de fogo do VENEFIXION. Não há como achar as faixas desse material monótonas. Há sempre algo a ser descoberto.


“Aghori´s Ashes of the Dead” é mais selvagem e me lembrou o Kaamos, mas não tão sujo. Essa bateria mais prensada sempre me agradou nas bandas mais extremas. É ao mesmo tempo brutal sem precisar da velocidade da luz. O álbum fecha com “As Light Goes Astray”, mais cadenciada, mas não menos contundente. Os vocais operísticos no final ficaram matadores e muito originais dentro do contexto da música. Uma coisa que permeia todo o álbum é a energia gigantesca em cada faixa. Não é um álbum monótono em momento algum. Grandes músicos e grandes músicas. O death metal continua surpreendendo com bandas e trabalhos incríveis sendo lançados . Le death metal comme il se doit “

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