Release date/Data de lançamento: 11/09/2020
Depois de tanto tempo é até surreal estar aqui falando de um novo álbum de estúdio do lendário MESSIAH. Mas felizmente esse lançamento se tornou realidade (ou vai se tornar, já que o lançamento ainda não ocorreu) e “Fracmont” está aqui para provar que o velho metal que corria na veia desses veteranos do metal suíço continua pulsando e queimando.
Não vou perder tempo tentando fazer comparações com discos clássicos até porque falamos aqui de mais de 3 décadas de diferença temporal e isso não importa aqui. O death/thrash vigoroso da banda está aqui como pode ser visto na faixa de abertura “Fracmont”, que depois de uma intro abre os trabalho de forma primorosa. Riffs matadores esses e são totalmente velha escola. Os vocais de Andy Kaina em todo o álbum são ríspidos e muito bons. Não dá para falar que “Fracmont” é um álbum rápido em sua totalidade, pois não é. Existem momentos mais diretos e agressivos, mas há bastante peso também. Partes mais cadenciadas estão lá e evidenciam a experiência desses caras.
“Mort al dente” é uma faixa mais pesada, com guitarras marcando o ritmo, mas há também alguma velocidade. “Urbi et Orbi” é uma das minhas faixas preferidas, pois une peso, velocidade e um feeling dos velhos tempos. Nisso até a produção do álbum ajuda. O som das guitarras está incrível. Uma música que me chamou atenção imediatamente foi a curta e rápida “Singularity” que tem um riff totalmente velho Sepultura (da época dos dois primeiros) e soa matador. “Children of Faith” é outra música que vai por um caminho menos agressivo. Uma faixa bem diversificada.
“Dein Wille geschehe” tem aquela velha vibe do thrash metal europeu dos anos 80 e é uma faixa energética. Poderia ouvir essa música dezenas de vezes na sequência. Outra faixa curta e direta é “Miracle Far Beyond Disaster”. O álbum fecha com energética “Throne of Diabolic Heretics” que traz alguns momentos memoráveis de peso e feeling. “Fracmont” definitivamente é um grande álbum de retorno do MESSIAH. O texto do press-release é muito certeiro em sua análise sobre “Fracmont”. É um típico álbum da banda e traz elementos de diversos trabalhos do MESSIAH, criando com isso um testemunho de uma trajetória que culmina em pleno século XXI.
Espero ver esse material logo lançado no Brasil.