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MISANTHROPIC FEST – Blumenau/SC (04/11/2023)

Misanthropic Fest

Funeratus (SP), Nervochaos (SP),

Atropina (RS) Mork (Noruega)

Data – 04/11/2023

Onde – Box Club

Cidade – Blumenau/ SC/Brasil

Fotos por: AGENDA METAL

Antes de começar essa resenha preciso dizer umas palavras que todo mundo que realmente está inserido dentro da cena extrema brasileira, já sabe, mas nunca devemos esquecer: que fazer parte da cena metálica no Brasil, ainda mais tocando Death Metal, Black Metal, entre outros estilos extremos e enraizado no submundo não é fácil. Imagina alguém acreditar e dedicar todo o seu tempo e “investir grana” também para ver essa cena crescer, evoluir e porque não se profissionalizar? Profissionalizar não é se vender para o sistema ou ser mainstream !? Dá para evoluir e ser profissional, habitando o submundo e fazendo som extremo de qualidade e tendo postura Underground. O que vi neste evento de sábado em Blumenau, foi um cara montar uma estrutura gringa e cair nas estradas do Brasil com três bandas, em um tur bus, com uma aparelhagem profissional que vai junto onde eles forem tocar e que tem uma, staff que monta e desmonta tudo rápido. É Meus amigos, uma aparelhagem profissional deixou os shows de todas as bandas perfeitas em cima do palco e fez a diferença

Esse cara é o Edu Lane! E precisamos dar os créditos e parabenizá-lo por acreditar no Heavy Metal brasileiro e obrigado por tudo! Ano passado o Krisiun percorreu o Brasil de norte a sul em seu próprio tour bus e quem sabe, em um futuro próximo outras bandas brasileiras não possam estar fazendo suas, tours com essa infraestrutura. Nós que curtimos Heavy Metal e vivemos o submundo temos que apoiar as bandas e os produtores de eventos, e fazer as coisas acontecerem. Ficar em casa atrás de uma tela de computador ou de um celular, e só apoiar bandas do mainstream não vai ajudar muito!

MORK

Isso posto, vamos aos shows. Coube ao Nervochaos abrir os trabalhos da noite e executou um setlist com treze pedradas na cabeça dos posers e cristãos. Começou com uma pequena intro e rolou “whisperer in Darkness e Dark Chaotic Destruction” e os insanos headbangers botaram fogo na pista tamanha fúria e brutalidade dessas duas faixas. E dá-lhe uma sequência de músicas violentas e furiosas como: For Passion Not Fashion, l Hate Your Gods e Moloch Rise. Realmente o trio paulista tá nervoso em cima do palco e os três demônios são bem concentrados em sua apresentação, e nos seus instrumentos de trabalho, e ótimos músicos. Eles apresentaram uma nova música “Feast Of Cain” que estará no novo disco que terá o nome de “Horrores Da Guerra”. Era a vez de Lullaby Of Obliration, do último disco “Chthonic Wrath”(2023), que tem um riff mais arrastado, uma pegada meio Doom Metal no início. Mas logo cai numa porradaria insana.

E mais uma pedrada The Urge To Feel Pain. Acredito que não é fácil montar um setlist de músicas pela grande discografia do Nervochaos, mas tocaram músicas de todos os discos de estúdio lançados por eles. E antes de executar as próximas pedradas, eles perguntaram ao público: Deus não está aqui? E o público gritou: não! E dão sequência com “Pazuzu Is Here e Total Satan” que deixou o cramunhão feliz por ser lembrado e exaltado. E caminhando para a parte final do set com Dragged To Hell e mais mosh pit na pista e público agitando muito. A banda agradece a todos os presentes e principalmente aos companheiros de estrada Mork e Funeratus e fechando com as pedradas “Demonomania e Pure Hemp”. Olha já vi vários shows do Nervochaos em Santa Catarina e nunca me deixou tão empolgado como neste show. O trio formado por Edu Lane, e pelo baixista Hereton, e o guitarrista e vocalista Diego, me chamaram atenção com um show brutal, agressivo e tá numa pegada mais Death Thrash Metal e com um espírito old school. 

 Agora era a vez dos “irmãos gêmeos” do Krisiun subirem no palco e descer a marreta na cabeça dos Metalheads presentes. O trio de Mococa (SP) era o mais aguardado pelo público e o que rolou dentro da Box Club foi uma tempestade de brutalidade, técnica e fúria. Sem dó e sem piedade já abrem a apresentação com a clássica “Storm Of Vegeance” faixa que abre o Full Album deles lançados em 2002. E o público petrificado em frente ao palco admirando tamanha fúria e técnica desses caras. Tocam muito! E seguem com Lost Souls, Feast Of The Undead e o público apoiando a banda a cada nota tocada e agitando muito.

ATROPINA

E os músicos além de executarem seus instrumentos com maestria e técnica, agitam muito e interagem com o público. Era a vez de executar a faixa do último disco de estúdio, que leva o mesmo nome do trabalho: Accept The Death e aqui o nível é absurdo, que faixa insana e os caras destrói com guitarras violentas, baixo moendo tudo e bateria mesclando partes trabalhadas  e com muito blast beat. Coisa linda de ouvir e assistir. 

O Funeratus junto com o grandioso Krisiun, é considerado como um dos maiores nomes do metal extremo brasileiro, banda que conta com 25 anos de carreira sabe o que faz em cima do palco, né? A marretada segue sem dó na cabeça dos insanos presentes “Miserable Mortals e Echoes In Eternity”. Riffs de guitarras extremamente rápidos e técnicos.  

Eles anunciam uma nova música chamada “Soldiers Death” e o que foi apresentado ali vem coisa boa por aí. Uma música típica do Funeratus, ou seja, brutal, técnica e com belas passagens de guitarras e bateria com muitas viradas e blast beat. Caminhando para o final a trinca “Indian Healing, Asphalt Eaters e Universatan” e não teve dentro do recinto quem não agitou feito louco, esse final apoteótico e todos felizes com a tempestade brutal que passou por ali. Fernando, André Nélio e Bruno Pereira, saem aplaudidos do palco. 

Direto da fria Noruega para o Brasil, o Mork se apresentou pela primeira vez em Santa Catarina e as expectativas eram grandes. Aliás, vieram excursões de vários lugares do Estado para esse evento e um bom público formado por uma nova geração de Metalheads e velhos amantes do Black Metal Norueguês vieram blasfemar e cultuar o Metal Extremo de ótima qualidade no palco da Box Club. 

Mork é uma one man band formada em 2004, em Halden, Viken, Noruega, por Thomas Eriksen, o demônio pensante por trás dessa grande horda, ele é o cara que cria todas as músicas, grava em estúdio e ainda canta os hinos blasfemos. Aliás, que não deve nada para as primeiras bandas lendárias do Black Metal norueguês e pelo contrário deve deixá – los orgulhosos pela continuação do legado.

Em suas apresentações ao vivo, ele conta com os músicos Alex BruEmun na guitarra, Rob no baixo e Asgeir Mickelson na bateria e Thomas tocando guitarra e cantando. A banda conta em sua discografia com cinco álbuns de estúdio: Isebakke de 2013, Den vandrende skygge de 2016, Eremittens dal de 2017, Det svarte juv de 2019, Katedralen de 2021 e o último Dypet, lançando em 2023 e com ótimas críticas pela mídia especializada mundo afora. Ainda tem em sua discografia 3 EPS e alguns Splits.     

Banda apresentada, vamos à resenha do show. E que show, perfeito! Os noruegueses são de poucas palavras em cima do palco e com suas vestimentas pretas e corpse paint executaram 10 faixas de um Black Metal ríspido, com letras em norueguês falando sobre satanismo, ocultismo e paganismo.

Iniciaram o culto com a faixa “Porten e Eremitten” e já estávamos todos boquiabertos com tamanha frieza, morbidez e misantropia. E os blackmetallers noruegueses continuam a destilar verdadeiros hinos gélidos para os amantes da suprema arte negra presente no recinto e segue com “Arv, Kulden, Flamen, Det Siste Gode e Oppriunelsen” e que música fria, ríspida, violentas, agressivas, porém com belas passagens de guitarras com melodias cativantes e nos leva para as profundezas do inverno. 

FUNERATUS

Baixo pulsante e bateria mesclando partes mais rápidas e momentos cadenciados. E a apresentação deles parte para o final com as faixas “Tidene, Himmelen e Rotter”, e só posso dizer uma coisa: que maravilha nós podermos prestigiar uma banda dessa no “quintal de nossas casas”. Eu fiquei extasiado com o show deles, parecia que eu estava em outra dimensão perdido no espaço e tempo. Realmente enquanto existir bandas como o Mork o “True Norwegian Black Metal” existirá para sempre! Eles continuaram a espalhar o caos, escuridão e resgatar o espírito do velho Darkthrone, Emperor e o clássico metal negro noventista, porém evoluindo dentro dessa proposta que tem tantos amantes mundo- afora.

Fechando essa noite misantrópica em terras catarinense, era vez dos gaúchos do Atropina fincar o “prego podre e enferrujado” na carcaça do bastardo cristo. E os gaúchos não decepcionaram e fizeram um show violento e brutal. Abrindo o set deles com a música “Submundo” do disco “Mallevs Maleficarvm”/2014, um violento Death Black Metal brutal, ríspido e com grandiosos riffs de guitarras e bateria rápida e violenta.

A segunda faixa abre o último disco de estúdio deles, o aclamado “Prego em Carne Podre”/2021 executaram a faixa “Vociferando Sangue” com uma levada mais cadenciada e trabalhada. Agora era a vez de apresentar uma blasfêmia de outro disco matador dos gaúchos “Porões das Luxúrias”/2016 e mandaram a faixa “Degeneradas Civilizações e Prazer Santificado” é muito insana essas duas faixas. Os caras sabem mesclar a fúria do Black Metal rápido e as passagens mais mórbidas do Death Metal. Agora mais duas do último disco, “Lágrimas Mortas” tem um início que remete ao Dimmu Borgir com passagens atmosféricas e vocais rasgados de Murilo Rocha. Aliás, o cara é um lunático no palco, parece que ele está sendo eletrocutado. Agora “Prego Em Carne Podre” outra faixa matadora. Como é legal ouvir uma banda brasileira cantando em nossa língua portuguesa. E fica muito bom! E a gauchada estava encarnada no palco desceram a marreta com “Delírios Assombrados, Malleus Maleficarvm, Anjo Doentio e Blasfêmia Eterna”.

Atropina é uma banda em estúdio perfeita, que está há muito tempo na estrada e ao vivo a banda é melhor ainda. Um grande show! Alex Alves, guitarras, Murilo Rocha, vocalista, Fernando Müller, guitarras, Cleomar Schmitzhaus baixo e o “novato baterista” Jonas Jacobs fizeram um ótimo show, violento, agressivo e anticristão. 

Falar o que de um show desses? Só orgulho das bandas brasileiras que literalmente deram o sangue e fizeram um show perfeito, entregaram qualidade e respeito para o público! 

Dava para ver nos olhos deles  que  estavam todos felizes por estar ali no palco curtindo tocar e dividir esse sentimento de ser e pertencer a uma cena. Os músicos brasileiros, todos muito atenciosos, solícitos, tirando fotos, trocando ideias e sem estrelismo. Estavam todos no meio do público, se divertindo. Assim como os músicos noruegueses, todos muito atenciosos no meio do público antes do show e pós-show. Uma noite de Metal Extremo de qualidade e uma noite de Blasfêmia. O submundo resiste!!!

NERVOCHAOS

ENGLISH VERSION:

Before starting this review, I need to say a few words that everyone who is really involved in the Brazilian extreme scene already knows, but we should never forget: that being part of the metal scene in Brazil, especially playing Death Metal, Black Metal, among others Extreme styles and rooted in the underworld is not easy. Imagine someone believing and dedicating all their time and “investing money” to see this scene grow, evolve and why not become a professional? Professionalizing isn’t about selling out to the system or being mainstream!? You can evolve and be professional, inhabiting the underworld and making extreme quality sound and having an Underground stance. What I saw at this Saturday event in Blumenau was a guy setting up a foreign structure and hitting the roads of Brazil with three bands, on a tour bus, with a professional sound system that goes with them wherever they are going to play and that has a staff that Assembles and disassembles everything quickly. It’s My friends, a professional sound system left the shows of all the bands perfect on the stage and made a difference

This guy is Edu Lane! And we need to give credit and congratulate you for believing in Brazilian Heavy Metal and thank you for everything!

Last year Krisiun toured Brazil from north to south on their own tour bus and who knows, in the near future other Brazilian bands may not be doing their own tours with this infrastructure. We who enjoy Heavy Metal and experience the underworld have to support the bands and event producers, and make things happen. Staying at home behind a computer screen or a cell phone, and only supporting mainstream bands won’t help much!

That said, let’s go to the shows. It was up to Nervochaos to open the night’s proceedings and performed a setlist with thirteen stones on the heads of posers and Christians. It started with a small intro and there was “whisperer in Darkness and Dark Chaotic Destruction” and the insane headbangers set the track on fire with the fury and brutality of these two tracks. And it gives him a sequence of violent and furious songs like: For Passion Not Fashion, l Hate Your Gods and Moloch Rise. The São Paulo trio is really nervous on stage and the three demons are very focused on their presentation, and on their working instruments, and great musicians. They presented a new song “Feast Of Cain” which will be on the new album called “Horrores Da Guerra”. It was the turn of Lullaby Of Obliration, from the last album “Chthonic Wrath” (2023), which has a more dragging riff, a kind of Doom Metal feel at the beginning. But soon he falls into an insane fight

And one more hit The Urge To Feel Pain. I believe it is not easy to put together a setlist of songs from Nervochaos’ large discography, but they played songs from all the studio albums they released. And before executing the next stones, they asked the public: Isn’t God here? And the audience screamed: no! And they continued with “Pazuzu Is Here and Total Satan” which left the cramunhão happy to be remembered and exalted. And heading towards the final part of the set with Dragged To Hell and more mosh pits on the dance floor and the crowd getting really excited. The band thanks everyone present and especially their roadmates Mork and Funeratus and closing with the hits “Demonomania and Pure Hemp”. Look, I’ve seen several Nervochaos shows in Santa Catarina and I’ve never been as excited as this show. The trio formed by Edu Lane, bassist Hereton, and guitarist and vocalist Diego, caught my attention with a brutal, aggressive show with a more Death Thrash Metal feel and an old school spirit.

NERVOCHAOS

Now it was time for Krisiun’s “twin brothers” to take the stage and bring down the sledgehammer on the heads of the Metalheads present. The trio from Mococa (SP) was the most awaited by the public and what happened inside the Box Club was a storm of brutality, technique and fury. Without mercy and without mercy, they open the presentation with the classic “Storm Of Vegeance”, a track that opens their Full Album released in 2002. And the audience is petrified in front of the stage, admiring such fury and technique from these guys. They play a lot! And they continue with Lost Souls, Feast Of The Undead and the audience supporting the band with every note played and shaking a lot.

And the musicians, in addition to playing their instruments with mastery and technique, rock a lot and interact with the public. It was time to perform the track from the last studio album, which has the same name as the work: Accept The Death and here the level is absurd, what an insane track and the guys destroy it with violent guitars, bass grinding everything and drums mixing worked parts and with a lot of blast beat. Beautiful thing to hear and watch.

Funeratus, together with the great Krisiun, is considered one of the biggest names in Brazilian extreme metal, a band that has a 25-year career knows what it does on stage, right? The sledgehammer continues mercilessly on the heads of the insane people present in “Miserable Mortals and Echoes In Eternity”. Extremely fast and technical guitar riffs.

They announce a new song called “Soldiers Death” and what was presented there is good stuff coming. A typical Funeratus song, that is, brutal, technical and with beautiful guitar and drum passages with lots of fills and blast beats. The trifecta of “Indian Healing, Asphalt Eaters and Universatan” was heading towards the end and there was no one inside the venue who didn’t shake like crazy, this apotheotic ending and everyone happy with the brutal storm that passed through there. Fernando, André Nélio and Bruno Pereira leave the stage applauded.

Straight from cold Norway to Brazil, Mork performed for the first time in Santa Catarina and expectations were high. In fact, tours came from various parts of the state for this event and a good audience made up of a new generation of Metalheads and old lovers of Norwegian Black Metal came to blaspheme and worship high quality Extreme Metal on the Box Club stage.

Mork is a one man band formed in 2004, in Halden, Viken, Norway, by Thomas Eriksen, the thinking demon behind this great horde, he is the guy who creates all the songs, records them in the studio and still sings the blasphemous anthems. In fact, it owes nothing to the first legendary bands of Norwegian Black Metal and on the contrary should make them proud for the continuation of the legacy.

In his live performances, he features musicians Alex BruEmun on guitar, Rob on bass and Asgeir Mickelson on drums and Thomas playing guitar and singing. The band’s discography includes five studio albums: Isebakke from 2013, Den vandrende skygge from 2016, Eremittens dal from 2017, Det svarte juv from 2019, Katedralen from 2021 and the latest Dypet, released in 2023 and with excellent reviews in the media. specialized around the world. He still has 3 EPS and some Splits in his discography.

FUNERATUS

Band introduced, let’s review the show. And what a show, perfect! The Norwegians have few words on stage and with their black clothes and corpse paint they performed 10 tracks of harsh Black Metal, with lyrics in Norwegian talking about Satanism, the occult and paganism.

They started the service with the track “Porten e Eremitten” and we were all stunned by such coldness, morbidity and misanthropy. And the Norwegian blackmetallers continue to distill true cold anthems for lovers of the supreme black art present in the venue and continue with “Arv, Kulden, Flamen, Det Siste Gode and Oppriunelsen” and what cold, harsh, violent, aggressive music, but with beautiful guitar passages with captivating melodies and take us into the depths of winter.

Pulsating bass and drums mixing faster parts and rhythmic moments. And their performance comes to an end with the tracks “Tidene, Himmelen and Rotter”, and I can only say one thing: how wonderful that we can honor a band like this in our “backyard”. I was ecstatic with their show, it felt like I was in another dimension lost in space and time. Really, as long as bands like Mork exist, “True Norwegian Black Metal” will exist forever! They continued to spread chaos, darkness and rescue the spirit of the old Darkthrone, Emperor and classic 90s black metal, but evolving within this proposal that has so many lovers around the world.

Closing this misanthropic night in Santa Catarina lands, it was the turn of the Atropina gauchos to drive the “rotten and rusty nail” into the carcass of the bastard Christ. And the gauchos did not disappoint and put on a violent and brutal show. Opening their set with the song “Submundo” from the album “Mallevs Maleficarvm”/2014, a brutal, harsh, violent Death Black Metal with grandiose guitar riffs and fast, violent drums

The second track opens their latest studio album, the acclaimed “Prego em Carne Podre”/2021 they performed the track “Vociferando Sangue” with a more rhythmic and worked rhythm. Now it was time to present a blasphemy of another killer album by the gauchos “Porões das Luxúrias”/2016 and they sent the track “Degeneradas Civilizações e Prazer Santificado” these two tracks are very insane. The guys know how to mix the fury of fast Black Metal and the more morbid passages of Death Metal. Now two more from the last album, “Lágrimas Mortas” has a start that reminds us of Dimmu Borgir with atmospheric passages and ripped vocals by Murilo Rocha. In fact, the guy is a lunatic on stage, it looks like he’s being electrocuted. Now “Prego Em Carne Podre” another killer track. How cool it is to hear a Brazilian band singing in our Portuguese language. And it looks really good! And the gauchada was incarnated on the stage and the sledgehammer came down with “Delírios Assombrados, Malleus Maleficarvm, Anjo Sickio and Blasfêmia Eterna”.

Atropina is a perfect studio band, which has been on the road for a long time and the band is even better live. A great show! Alex Alves, guitars, Murilo Rocha, vocalist, Fernando Müller, guitars, Cleomar Schmitzhaus bass and the “new drummer” Jonas Jacobs put on a great show, violent, aggressive and anti-Christian.

What can I say about a show like that? Just proud of the Brazilian bands who literally gave their blood and put on a perfect show, delivering quality and respect to the public!

You could see in their eyes that they were all happy to be there on stage enjoying playing and sharing this feeling of being and belonging to a scene. The Brazilian musicians, all very attentive, helpful, taking photos, exchanging ideas and without stardom. They were all in the audience, having fun. Just like the Norwegian musicians, all very attentive in the audience before the show and after the show. A night of quality Extreme Metal and a night of Blasphemy. The underworld resists!!!

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