Os italianos do PATRISTIC emergem dos subterrâneos da Cidade Eterna para entregar de bandeja ao mundo sua visão de caos e agressão. O EP “Apologetica” foi lançado no último dia 6 de Maio e é uma manifestação de absoluta complexidade e crueza.
O título pode ser definido de uma forma mais ampla como a “defesa persistente de alguma doutrina, teoria ou ideia”, e traçando um paralelo com a próxima música criada pelo PATRISTIC isso acaba fazendo muito sentido, já que os três sons aqui se apresentam de forma contundente, não demonstrando fraquezas, mas sim impondo sua brutalidade com veemência.
A faixa de abertura é responsável por carregar o título desse lançamento e é uma música que transforma em notas musicais um verdadeiro pesadelo. Não há riffs ou andamentos retos e convencionais. Tudo passa por uma visão estilística de pura dissonância. Há um caráter quase marcial em vários arranjos e tudo é marcado por uma grande intensidade. “Praescriptio I” é uma continuação natural da faixa anterior, mas é ainda mais pesada. Os dois bumbos aqui vão em uma velocidade alucinante e as viradas de bateria são absurdas.
Acho que do ponto de vista da execução há algo que lembra o inumano baterista do Fleshgod Apocalypse. A última faixa é de longe a melhor do álbum. “Praescriptio II” é, desde o seu início, uma máquina triturando ossos. Chega ao nível do absurdo o nível de brutalidade que essa composição alcança. “Apologetica” é um trabalho que vai deixar muito longe os ouvintes com ouvidos sensíveis demais.
Tudo vai a extremos que não são compreendidos pela maioria dos mortais e isso coloca o PATRISTIC em um patamar diferenciado com sua música. Avassalador é o melhor adjetivo para esse material.