Os alemães do WIZARD já estão na cena desde 1989 e este é o 12º álbum deles. Sempre trilhando pelo Epic Power Metal e com álbuns sempre coesos, este “Metal in my Head”, lançado em Fevereiro de 2021 não fica atrás. Mesclando velocidade e peso é um álbum muito coeso.
O que já se destaca no início de “I Bring Light into the Dark” é a excelente produção, a cargo de Martin Buchwalter, que deixa as faixas muito límpidas e com um peso muito satisfatório. Outro destaque é a bateria de Snoppi Denn, que explode lembrando os bons tempos do Blind Guardian e, principalmente, Helloween. A voz de Sven D’Anna é contida pois não exagera nos agudos e é bem versátil. “Metal Feast” que tem uma levada mais cavalgada e com riffs simples mas eficientes de Michael Maass e Tommy Hartung. Na faixa título, que se destaca das demais logo de cara, Sven esbanja alcance em ótimos agudos. A faixa “Victory” já lembra o Unisonic, banda recente que une Michael Kiske e Kai Hansen.
Na sequência, uma auto homenagem está registrada em “30 Years of Metal”, que descreve bem os altos e baixos de se ter uma banda. E aqui cabe um pequeno comentário sobre como a vida no metal se repete em vários locais do mundo. Na letra os caras do WIZARD expõe as falsidades, inveja e ganância envolvidas na cena metal. Até certo ponto é de se entender porque a banda tem boas composições, ótima produção e não é uma banda com tanto destaque na cena.
Uma surpresa no cd é a balada “Whirlewolf”, cover dos argentinos do Feanor, banda que o vocalista Sven também integra desde 2016. Nela o WIZARD dá uma reduzida na velocidade do álbum e é onde podemos ver um pequeno e discreto destaque do baixo de Arndt Ratering. A velocidade retorna em “Years of War” e “Firesword”, esta lembrando bastante o Manowar e a faixa mais heavy tradicional do álbum, “Destiny” encerra este bom trabalho.