“Dies Tenebrosa Sicut Nox” – CD 2021
Immortal Frost Productions – Importado
9,5 / 10
Os belgas do THRONUM VRONDOR estão na cena desde 2005 e este é o quarto álbum deles, intitulado “Dies Tenebrosa Sicut Nox”, onde investiram num death / black metal muito competente e coeso, bem direto e sem muitas firulas. São quase 37 minutos de pancadaria, em oito faixas que eu tive muito trabalho para não exagerar nos elogios, principalmente pela característica e influências observadas.
A pequena introdução soturna de “To Eternal Fire” é um dos poucos momentos suaves do álbum pois a violência sonora deste trio deixa qualquer um paralisado. Aqui eles misturam Dissection nos primeiros acordes com o vocal de Shaggrath do Dimmu Borgir e já prendem nossa atenção. A letra de “Odium Humanis Generis” não chega a ser uma ode à misantropia, mas expõe bem a degradação moral dos dias atuais, num mundo cercado de falsidade e, na mesma linha, “Worms” mete o dedo na ferida sobre a manipulação das pessoas.
“Ravenous Cult” é outro destaque. Com a bateria reta de Crygh, que até mescla alguns momentos de pedal duplo e um rifferama de Vrondor, que também é responsável pelo baixo. A esta altura do álbum já se nota que a escola sueca de riffs também foi bem frequentada pelos belgas. Mas minha favorita do álbum é “The Wolf Must Roam Free”, principalmente pelo excelente trabalho de SvN nos vocais, lembrando bastante Henri Sattler do God Dethroned, inclusive na estrutura. Em meio a pancadaria de “To Pierce the Heart of Lions” deu para encaixar uma linha vocal em forma de narração e um compasso de bateria que até mescla alguns momentos que remetem um pouco a bandas mais técnicas como Dying Fetus.
A faixa mais black metal do álbum é “Cleanse This World of Filth”, que, coincidentemente tem partes que lembram o Cradle of Filth antigo. Fechando o ótimo álbum, “What Grace Is There Left to Fall From”, onde eles exploram bastante o vocal mais estridente, que casa muito bem com o interlúdio narrado.
