Eu sou suspeito para falar do trabalho dos americanos do SOLSTICE. O seu primeiro álbum lançado no início dos ano 90 era uma pedrada death/thrash que fazia explodir qualquer tímpano não preparado para a potência musical desses caras. Agora em 2021 a banda lança esse novo trabalho e “Casting the Die” é naturalmente uma continuação do que melhor a banda já criou. Não dá para falar em faixas ruins aqui, tudo é criado para te esmagar com a parede, alterar os batimentos cardíacos e te fazer precisar de respiração artificial.
O velho death/thrash made in Florida voltou com força total e faixas como “Cast the Die” (palhetadas desgraçadas), “Ebellishment Exposed”, “Ignate”, “Outcast” (maior quantidade de riffs em linha reta dessa pandemia), “Seven” e “Who Bleeds Whom”, que é uma baita música e destaco aqui o solo e o trampo magistral do baixo, raro em se tratando de metal. Todas as faixas são muito boas, violentas e com riffs poderosos.
Não gostei da produção desse álbum. A produção é muito na cara, estranha até. O que realmente me chamou a atenção são os solos matadores em quase todo o álbum. Algo que dá gosto de ouvir em qualquer banda de metal são solos inspirados e esse “Casting the Die” tem isso em grande quantidade.
Gostaria de ter a chance de ver a banda ao vivo por aqui no Brasil quando essa loucura toda passar. Com certeza o show deve ser uma pancadaria. Ouvir novos sons do SOLSTICE foi realmente um grande prazer já que a energia desses caras é palpável, algo que falta em muitas bandas atuais.