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SCORPIONS – Live Hard Rock Live – Florianópolis/SC 2023

O ano de 2023 começou muito bom para quem curte Rock / Heavy Metal, desde bandas do mainstream, como bandas do segundo escalão e as mais underground. Tem para todos os gostos e bolsos. Esse é o problema do fã de Rock ou do Metal já que o dinheiro do brasileiro, cada vez mais, está perdendo seu poder de compra. Mas vamos nos organizando e escolhendo os que cabem em nosso orçamento. Quinta-feira, véspera de feriado, e os alemães do Scorpions aportavam pela quinta vez na ilha da magia. A última vez foi em 2019.

Dessa vez retornaram a São José (SC), na grande Florianópolis. Com 58 anos de vida e muita dedicação e amor ao Rock/Metal, voltam ao Brasil para a “Rock Believer Tour”. Divulgando o último disco da banda chamado “Rock Believer” (2022), que é o décimo nono disco da carreira dos mestres do Hard Rock alemão. Aliás, um disco muito bom, apesar de ter muitas faixas – na verdade são dezesseis músicas. Se tivessem escolhido as 8 melhores faixas, é certo que seria perfeito! Um bom público apareceu no hard rock live, e o que chama atenção é a variedade de fãs, até jovens de 18 anos acompanhado dos pais e avós. Um show para toda família! Mostra a longevidade e o respeito dos alemães, que atravessam gerações. Eu não conhecia o hard rock live e achei uma casa muito boa, grande, e perfeita para shows desse nível. Fácil acesso para os banheiros e para o bar. Aliás, o preço das cervejas estava em torno de 18,00 uma lata! Achei caríssimo.

Prontamente às 22h00min, o SCORPIONS entra em cena e o povo vai à loucura. A primeira música executada é “Gas in The Tank” faixa que abre o último disco de estúdio. Música com uma pegada bem hard e com guitarras melódicas; uma pegada mais moderna, e o vocal perfeito. Refrões matadores ! A dupla de guitarrista Rudolf Schenker e Matthias Jobs são o destaque com ótimos solos e melodias cativantes nessa música.

A primeira clássica da noite e que levantou a galera foi “Make It Real”, do álbum “Animal Magnetism” (1980). E que aula do bom Hard n Heavy. Mais outra do século passado “The Zoo” que faz parte do mesmo álbum. Era hora de trazer “Coast to Coast” do play “Lovedriver” de 1979. Uma faixa instrumental que eu achei desnecessária. Mas eu entendo que é para o mestre simpático, Klaus Meine, respirar e recuperar a voz. Afinal de contas esse “senhor roqueiro” de 74 anos, ainda canta muito e segura com maestria a sua apaixonada platéia. Mais duas faixas do último disco, “Seventh Sun” e “Peacemaker”. A primeira música tem uma pegada mais cadenciada e influência de Black Sabbath na fase do mestre Dio nos vocais. “Peacemaker” já é um hardzão Alegre, para cima. Mais uma vez a dupla de guitarrista é um show à parte. Nas músicas do disco novo a platéia prestava mais atenção e esperava pelos clássicos. Representando o álbum “Love At First Sting” (1984), “Bad Boys Running Wild”, e mais um show da banda com técnica e carisma; e o público cantando os refrões.

E vale ressaltar que os jogos de luzes e telões ajudaram muito a dar um clima bem legal e contagiante para o público presente.

Foi a vez de “Delicate Dance”. A partir daí foi uma sequência de baladinhas. Scorpions sem baladas não é SCORPIONS, né? E tome: “Send me an angel” e “Wind of Change”. O público deu um show! Nas duas baladas mais famosas dos alemães os fãs acenderam as lanternas dos celulares e, visivelmente emocionados, cantaram os refrões, berram junto com o vocalista Klaus. Quando o assobio deu início a introdução de “Wild of Change”, o público foi à loucura. Lindo de se ver e ouvir. São 58 anos de experiência e os caras sabem entregar um show perfeito! Mais uma do passado, lembrando o início dos anos 90, “Tease me please me”. Foi recebida com entusiasmo pelo público. E mais uma do último disco que leva o nome de “Rock Believer”. Uma música boa e com refrões contagiantes. E era a vez do mestre Makkey Dee brilhar e mostrar toda sua técnica. Simplicidade sensacional! O cara é um monstro! E nota – se que ele tá muito feliz no Scorpions.

E caminhamos para o final do show com uma sequência matadora de clássicos. Já começa com a matadora “Blackout” e com suas bases poderosas, solos magníficos e Mr. Meine detonando. O baixista Powel Maciwoda toca com maestria, sempre sorrindo, fazendo careta e correndo pelo palco.

E o que esperar de “Big City Night” ? Simplesmente de arrepiar com seu riff pegajoso e aquele hard n Heavy, que faz a gente bater cabeça e cantar junto. E finalizado o show de Floripa “Still loving you” e “Rock you like a hurricane” e foi um final apoteótico, perfeito para uma véspera de feriado. Eu fico aqui pensando, o que será de nós, pobres mortais, amantes de rock/metal quando “os monstros sagrados do Rock” pararem de subir em um palco e fazer um show desses para nos trazer alegria e o prazer em vê – los ao vivo, sozinho, com amigos ou mesmo com a família ? Longa vida ao SCORPIONS !!! 

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