Formado em 2015 em Barcelona, Espanha, a banda black/thrash KROSSFYRE chega eu seu primeiro álbum agora em 2021,tendo sido lançado há exatos cinco dias atrás. Tendo lançado apenas um EP intitulado “Burning Torches” em 2017, “Rites of Extermination” é um sólido primeiro full length. Felizmente o black/thrash metal da banda não coloca em maior evidência o lado thrash e deixa o black metal se fundir a elementos mais sujos e pesados do death metal e isso torna tudo mais contundente e selvagem.
Não há novidades aqui, é um som feito por hellbangers para hellbangers, algo que se espera ouvir em meio ao caos, com riffs queimando os auto-falantes, vocais desesperados e uma bateria que trabalha como um bate estaca impiedoso, martelando fundo na sua cabeça, que é algo que acontece claramente na matadora “Infernal War”.
“Rites of Extermination” é direta, curta e agressivamente impiedosa. Não há “melodias”, apenas uma serra cortante ossos e carne fresca. Uma das melhores músicas do álbum é “Casus Belli”, que engana totalmente o ouvinte com seu início pesado, pomposo e ríspido. Engana porque funciona como a ante-sala de um pesadelo musical calcado em violência. Aqui o death/thrash com odor de black metal se impõe e me lembra um pouco o lendário Merciless sueco.
A última faixa é “Spit-Bullet” e o que achei muito foda foi que ela soa um pouco como o metal sul-americano dos anos, algo meio Sepultura em seus dois primeiros álbuns. Primitivo e com uma enorme energia, que são as características presentes em todo o álbum. Um debut matador, com toda a certeza. Sem concessões.