“Rat°God” – CD 2021
Spiritual Beast Records – Importado
9/10
O INHUMAN CONDITION surgiu já cercado de grande expectativas e não é por menos. A banda foi formada no ano passado e que conta com Taylor Nordberg e Jeramie Kling. Para completar a formação os dois músicos tem a presença nada menos do que de Terry Butler, baixista que já passou pelo próprio Massacre e por bandas como Denial Fiend, Obituary, Death, Six Feet Under. O pedigree desses músicos não é nenhuma brincadeira.
Felizmente essa experiência rendeu aqui um poderoso álbum do velho death metal da Flórida, com todas as suas referências estilísticas. Musicalmente, o INHUMAN CONDITION é uma amálgama de influências que vem de todas essas experiências. Acertadamente a banda não veio com um álbuns cheio de músicas intermináveis ou experimentalismos do tipo “eu toco muito e quero mostrar para todo mundo”. É death metal direto, pesado e tradicional do início ao fim. A faixa de abertura é a matadora “Euphoriphobia”. Todas as características estão presentes aqui, tendo um riff principal como uma força motriz que guia todos os outros arranjos e instrumentos.
A próxima faixa é “The Neck Step”, uma música pesadíssima que traz toques de Celtic Frost e Obituary. “Planetary Paroxysm” tem momentos que lembram o trabalho de Chuck no Death, talvez uma ponte entre o “Spiritual Healing” e o “Human” e é uma composição incrível. Citando ainda como um dos destaques, “Gravebound” é pesada e mais cadenciada, com bases muito boas e alguns momentos mais rápidos inspiradores. Uma das melhores faixas é exatamente “Rat God”, que faz uso de um trabalho muito foda das guitarras base e principalmente da bateria, que consegue preencher todos os espaços com bastante criatividade.
Se você procura uma faixa para bater cabeça, ouça “Crown of Mediocrity”. Energia destrutiva pura. Essa edição japonesa ainda trás “Tyrantula”, em uma versão ao vivo que tem uma excelente qualidade de captação e mostra como o INHUMAN CONDITION soa em cima de um palco e acredito pelo que ouvi aqui que seria uma baita experiência presenciar isso em palcos brasileiros. Quem sabe após essa loucura pandêmica. Finalmente não poderia deixar de citar a bela arte da capa, que honra totalmente as artes incríveis da época de ouro do metal da morte. Um álbum que vai agradar totalmente aos fãs do estilo. Ele prova que nem sempre a velocidade extrema é necessária para se criar um álbum de respeito e “Rat°God” consegue isso.
