Entrevistas

GUEPPARDO – Puro N.W.B.H.M. made in Brazil.

Fomos trocar uma ideia com o guitarrista Pery Rodrigues da banda gaúcha Gueppardo que acabou de lançar um novo trabalho “Power Lines”(2023) e ele nos contas as novidades e o futuro da banda. 

Pery Rodrigues – Saudações meu caro amigo, sejas bem-vindo ao site The Old Coffin Spirit Zine. Cara, quando você descobriu o mundo do Rock/ Metal, o que mudou em sua vida e quais foram as bandas que te levaram para esse mundo tão maravilhoso da música?

Pery Rodrigues: Muito obrigado pelo espaço! Eu escuto discos de vinil desde criança, lembro que conheci o Sabbath em 1981, eu tinha 7 anos e aos 8 vi Jimi Hendrix na TV, comentei com meu pai que queria ser tocar guitarra, e ele disse que eu era capaz, então logo em seguida consegui um violão velho e foi aí que tudo começou. Depois veio o Rock in Rio, Iron, Ozzy e etc, e desde sempre eu me dediquei à guitarra, minha vida gira em torno disso. Mas resumindo, Dio é minha principal influência, além de bandas dos anos 60, como Beatles, Beach Boys ( que até fizemos um cover e está no I am the law), Elvis e muito mais.

Cara, eu sempre achei que o teu jeito de tocar guitarra e inclusive ouvindo o seu trabalho no Gueppardo me faz visualizar influências de Deep Purple, mais precisamente de Ritchie Blackmore e suas guitarras únicas. Além do sueco e “guitar Hero” Yngwie Malmsteen e também o mestre das guitarras Walter Giardino da grandiosa banda Argentina, Rata Blanca. Eu estou viajando ou esses mestres das seis cordas tem, sim, influências na sua forma de tocar e abordar as suas guitarras?

Pery Rodrigues: Com certeza sim, escutei o Made in Japan até cansar, sabia todos os solos e como é um disco ao vivo tem muito improviso, conheci o Malmsteen em 89, através de uma fita k7, óbvio que pirei, Rata Blanca mais tarde mas tenho muita influência do Giardino, mas minha maior influência é o Michael Schencker, ele é meu herói absoluto e Larry Mitchell, que acho que meu timbre soa bastante parecido. Como nunca consegui tocar como nenhum deles, eu me adaptei e achei um jeito de interpretar à minha maneira.

O primeiro material de vocês foi o EP “Instinto Animal” de 2009. Ele foi um cartão de visitas de vocês ou só foi divulgado entre amigos? O que você pode nos dizer dessa primeira experiência musical da Gueppardo?

Pery Rodrigues: Nós fizemos 500 cópias, de maneira independente e vendíamos nos shows. Chegamos a enviar alguns, mas a internet não tinha essa agilidade de hoje. Esgotou rapidamente porque fazíamos muitos shows. Esse foi um trabalho feito às pressas, tenho um carinho especial por ele, por ser o primeiro e por hoje em dia ter virado item raro, eu mesmo tive que comprar a minha cópia, posso afirmar que retrata uma época e tem ótimos momentos, como um som instrumental que eu fiz para um seriado, mas não foi aproveitado por questão de pagamento mesmo, e e então decidi incluir no play. Enfim, época boa.

Eu realmente não conheço esse trabalho! E dessa primeira fase da banda só restou você da formação original. O que houve com os outros integrantes?

Pery Rodrigues: Eu gravei as guitarras e os backings. O vocalista era o Ricardo Janke, e sim, ao passar dos anos ficou apenas eu, é importante dizer que comecei essa banda com meu irmão, ele tocava baixo e somos gêmeos. Por isso os dois pês no logotipo, ele também fez o logo e o desenho do Gueppardo, que é o nosso símbolo. O Ricardo continua cantando, meu irmão e o baterista abandonaram a música, seguem em outras profissões.

Em 2015, vocês chegaram ao primeiro Full Lenght da banda “Fronteira Final”. Além de você, quem eram os outros integrantes e o que você pode nos dizer da produção e tudo que envolve esse trabalho como a capa e lírica? 

Pery Rodrigues: O vocalista era o Joe Zona, que já vinha tocando ao vivo com a gente desde 2009, meu irmão Peter chegou a gravar alguns baixos, o Vander gravou a bateria, e um músico de estúdio fez 3 sons na bateria, que faltavam, a música título eu fiz poucos dias antes de entrar em estúdio, foi muito legal poder ter o primeiro Full, e me diverti muito gravando. A produção ficou a cargo de Sebastian Carsin, a capa foi do Ricardo Janke que a fez, e as letras são na maioria minhas.

Eu acho esse trabalho “Fronteira Final” um grandioso disco que mistura o Rock brasileiro e com uma pegada mais Hard Rock. Eu acho que o vocal de Joe Zona tem uma grande influência do Jacques Maciel da banda gaúcha Rosa Tattooada. Talvez porque as músicas são em português e o sotaque gaúcho é bem puxado. Mas é um disco maravilhoso com grandes vocais, guitarras poderosas. E com várias músicas que se destacaram como; “Roleta Russa”, “Fúria e Paixão” tem até uma baladinha mais pop”Estrela Perdida” e as mais pesadas, numa linha bem Hard Rock como; “Chuva”, “Anjos e Demônios” e “Fissura Total”. O que você pode nos dizer sobre essas faixas e, por que vocês optaram em cantar em português?

Pery Rodrigues: Também gosto bastante desse disco, esse material foi construído ao longo de anos de estrada, tínhamos um repertório de 14 músicas e tocávamos ao vivo, no fim só 9 entraram no disco, não fizemos como as outras bandas que gravam um EP e lançam o disco depois com músicas do EP. Esse material era inédito. Optamos pelo português porque a gente queria algo mais a nível nacional e nós, eu em particular, éramos fãs de bandas como Salário Mínimo, Harpia, Golpe de estado, Taffo, Platina, Azul Limão e A Chave. Juntámos tudo isso e saiu o que saiu. Infelizmente com o passar do tempo vimos que metal em português é muito mal recebido, no Brasil, com o nosso segundo disco, que pendia mais para o metal clássico isso ficou evidente.

Execução Sumária, saiu em 2019, já com outra formação né. Como você chegou aos músicos: Rafael Yadek, no baixo, Léo Sarmento, na bateria & backing vocais, e Maurício Osório, nos vocais? E o que mudou no som da banda com essa nova formação? 

Pery Rodrigues: Com a entrada do Maurício a gente ficou mais na linha do metal tradicional mesmo, o Rafael já vinha tocando na tour do Fronteira e o Leonardo entrou em 2017. Na verdade o disco estava pronto há um ano e tivemos um problema com um selo que ia nos lançar, até que o Denis da Classic Metal, nos deu a maior força. Eu acredito que a quantidade de shows e viagens moldaram a mudança, fizemos uma tour extensa e interminável, estivemos em muitos lugares, foi ótimo. Infelizmente logo depois do lançamento o Maurício teve que sair, pois ia ser pai de novo e entendemos o lado dele. Rapidamente contatei o Thiago e ele continuou a tour, que estava indo muito bem mas veio o pesadelo da pandemia e tivemos mais de 50 shows cancelados. Foi terrível.

Eu lembro que foi através deste trabalho “Execução Sumária” que eu descobri vocês. Através do amigo porto-alegrense  Anderson Mendes, que veio visitar a família e amigos deles em Itajaí, (SC) e falou de vocês para nós. Por que esse disco não está na plataforma de streaming da banda no Spotify? Só no YouTube!? E no YouTube aquelas propagandas desanimam a gente.(hahaha)

Pery Rodrigues: A gente vai subir ele, eu prometo, o grande lance é que durante a pandemia eu compus o I am the law, meio que falando por telefone com o Thiago, foi bem complicado pois prefiro sempre as coisas à moda antiga, e eu não tinha um equipamento decente para fazer demos em casa. No final, também, a parada na tour e não poder divulgar o disco nos quebrou. Eu, como muita gente fiquei falido, precisava lançar material novo, um dia o Thiago me enviou uma letra em inglês e eu gostei, decidimos fazer todo o disco em inglês, o que foi uma decisão acertada.

“Com Execução Sumária”, vocês fizeram bastante shows por vários estados brasileiros, né? Foi um trabalho bem aceito pelos maníacos do Underground e mídia especializada, né? Lembro que vi vocês em um show organizado pelos amigos da banda de Heavy Metal de Itajaí, Battalion em Joinville (SC) abrindo para os suecos do Air Raid, além do Battalion, também rolou os catarinense do Violent Curse. E vocês fizeram um set matador. O que você achou dessa passagem de vocês por Joinville e para quem não ouviu vocês ainda vivo, nos diga como é uma apresentação da Gueppardo?

Pery Rodrigues: A gente chegou a fazer dois shows na mesma noite, me lembro de estar voltando de Sorocaba, e chegamos em cima da hora aí, outra curiosidade é que eu levei um cabeçote de guitarra e justamente queimou o cabeçote do evento no show do Air Raid, por sorte eu tinha esse, haha. Eu amei tocar aí, SC é um estado metaleiro e tem ótimos festivais grandes, sobre o nosso show, bom, somos o que somos, ratos de tour e ao vivo eu dou o sangue mesmo, não posso chegar numa cidade e dizer, desculpa mas deixei toda minha energia no show de ontem. Eu amo tocar e amo o que faço, tento estar com pessoas na banda que tenham esse mesmo sentimento. Nessa tour passamos por 4 estados, Argentina e Uruguai. Foi demais, mais de 60 cidades

Pois é, vocês lançaram o disco “I Am The Law” em 2021. Como você citou mais acima, a pandemia veio e ferrou com todo mundo! Sem poder sair e fazer tour. Até porque uma banda ou músico de Heavy Metal no Brasil, infelizmente, não consegue viver de sua arte. E tá na estrada é o que salva por que vai vendendo merchandising e CDs, né? Então, o álbum foi composto no ano pandêmico e ganhou vida em 2021. Como é fazer um álbum por telefone? E como rolou esse processo de sair do português para o inglês? 

Pery Rodrigues: Hoje temos esse recurso de vídeo chamadas, etc, eu ia tendo as idéias e passando pro Thiago, as partes de harmonia e melodia geralmente faço sozinho, ele faz as letras e alguma linha vocal. Foi tranquilo, a gravação é que foi complicada pois tinha momentos de muita apreensão por causa do vírus, sobre a mudança de idioma, sinceramente eu nem percebi, quando vi tínhamos um disco em inglês, o mais importante foi como esse material saiu, foi como renascer. Tenho muito carinho pelos discos anteriores mas o I am the law foi o ponto de mudança, o divisor de águas mesmo.

I Am The Law, continua com você na guitarra e o Rafael Yadek no baixo. Como rolou o convite para o vocalista Thiago Gutierres entrar na banda e o que mudou no processo de composições, e o que ele acrescentou para a banda? A bateria foi gravada pelo músico Julio Sasquatt e, porque logo depois das gravações ele saiu, e como o atual baterista Anderson Dias se adaptou aos trabalhos com a banda?

Pery Rodrigues: Eu conheço o Thiago desde que ele tinha 13 anos, ensaiavamos no mesmo estúdio, foi muito natural a entrada dele, bom, ele trouxe o inglês, uma voz mais aguda e se adaptou muito bem. O Júlio deu uma força mas não era a praia dele. O atual baterista, Diego Pereira veio com tudo e trouxe toda a agressividade e técnica do Death metal, que é a escola dele. Acredito que estamos muito afinados.

Realmente o disco “I Am The Law” é um divisor de águas na carreira da Gueppardo. Quem acompanha a banda já saca isso. Eu acredito que o vocal do Thiago ajudou muito neste processo. Porém, vejo que a gravação no estúdio Hurricane e a produção do Sebastian Carsin deu uma cara nova para a banda. Vejo que as composições estão mais afiadas, as guitarras estão cheias de fúria, bases e solos poderosos, e o vocal em inglês deu um novo gás, uma nova identidade ao Gueppardo.

Pery Rodrigues: Concordo, nesse disco se nota já uma sonoridade mais polida. Eu gosto de várias músicas desse disco e tem a balada que se tornou um hit.

Além de todas essas mudanças para melhor, com um disco poderoso e músicas que transbordam a energia do Hard n Heavy, não foi difícil achar um selo que apoiasse a banda nesta nova fase. Como vocês chegaram até o Denis da gravadora paulista “Classic Metal”? Ele está investindo muito no Heavy Metal brasileiro e em bandas nacionais e eu acho isso sensacional. Vocês ficaram felizes com o trabalho deles?

Pery Rodrigues: O Sebastian, que é nosso produtor me apresentou o Denis, ele faz um grande trabalho pelo Heavy metal e já tinha lançado o Execução, foi muito bom voltar para o selo e acredito que é o melhor selo de metal clássico do Brasil no momento, estamos felizes sim, ver seu trabalho em forma física não tem preço.

Vocês sabem usar bem as ferramentas digitais para divulgar a banda. Eu acho bem interessante isso. Até porque se saberem usar essas ferramentas só trazem benefícios, né? Principalmente no canal do YouTube da banda encontra – se um vasto material de shows completos, programa ao vivo na televisão que vocês participaram, entrevistas, e muitos videoclipes com uma boa qualidade de imagens e som. Gostaria que você comentasse os dois últimos clipes que estão em um nível gringo. Começando com o videoclipe para a faixa “When I’m Gone“. Essa faixa é uma baladinha, que saiu para divulgar o disco: I Am The Law. É um hit típico das bandas de Hard Rock do final da década de 80 e início dos 90. Tudo remete àquela época. Até meio clichê no bom sentido, é claro. O outro videoclipe saiu recentemente para divulgar o novo disco “Power Lines”/2023,para a faixa ‘Another Rebel Down”. Aliás, essa faixa é poderosa! Nos conte de como rolou a ideia e como foi as gravações e vocês ficaram felizes com os resultados finais deles?

Pery Rodrigues: Bom, primeiramente eu não acho que sabemos não, e não estou sendo humilde, acho que tem bandas que se desenrolam muito melhor nesse universo digital. Sobre os clipes, e até sobre a nossa trajetória mesmo, sempre fizemos tudo na raça e com pouquíssimo recurso, mas com certa criatividade. As locações foram emprestadas por conhecidos e acho que nesses dois últimos vídeos conseguimos um ótimo resultado, eu acredito que a música em si contribui para um vídeo ser interessante, o clipe é como uma pintura das idéias que a música está falando. Another Rebel Down é uma música que fala de revolução, de um companheiro de batalha que perdemos, e o cenário caiu muito bem, fomos lá e tocamos, eu estava com muitos problemas quando fiz esse vídeo, e foi bastante cansativo. Em breve sairá mais um e tenho certeza que vai agradar também. Trabalho há muitos anos com cenários, já fiz alguns filmes e comerciais e trouxe essa experiência para os vídeos. Acho que ficou legal sim. Mas o mais importante é estar cercado de pessoas que querem fazer acontecer como o Diego e o Thiago.

Realmente os resultados desses videoclipes estão muito bons. Um ótimo trabalho e como você mesmo disse: às músicas ajudaram e muito para o resultado final. Enfim, a banda nos últimos 4 anos não parou de produzir. Acredito que essa formação está afiada. Pois em menos de dois anos já lançaram o terceiro Full Length. Power Lines lançado recentemente nas mídias digitais. Vocês lançaram independente, certo? Existe a possibilidade desse trabalho ganhar um lançamento físico?

Pery Rodrigues: Claro, sempre gravo pensando primeiro em lançar CD, vai sair em Setembro pela Classic Metal, uma edição bem bonita, encarte com letras e tudo mais. Se vender bem há possibilidade de sair em vinil, que acharia o máximo

Esse último lançamento é um divisor de águas na discografia da banda. Houve uma grande evolução na produção e na qualidade musical da banda. Acredito que em Power Lines, a Gueppardo achou sua identidade própria. O que você pode nos dizer de tudo que envolve esse trabalho? As letras estão mais diretas e você poderia nos explicar mais sobre os conceitos líricos por trás delas?

Pery Rodrigues: Eu trabalhei em várias letras, na verdade fiz algumas músicas por inteiro, as letras que o Thiago fez, fizemos dentro de um conceito, a temática são os problemas sociais, desigualdade, guerras, fanatismo religioso e distopia. Parece que hoje em dia voltou aquela paranóia nuclear e ameaças entre grandes potências. É quase um álbum conceitual e as músicas têm relação entre si. A arte da capa ficou a cargo de Jean Michel, grande artista que está fazendo muitos trabalhos para o metal mundial, como Metal Church, Quënsryche e etc. A produção, sempre eu gosto de estar junto, quando se vai gravar vozes e tudo mais. Foi muito fácil gravar esse disco e estávamos muito em sintonia nós 3. Enfim, eu me sinto aliviado e orgulhoso quando termino um disco. Agora é esperar a repercussão. Como te falei antes, pretendemos gravar mais dois clipes, fazer uma tour longa e divulgar muito o disco. Ir a lugares onde ainda não chegamos. Já tenho material para um próximo trabalho, mas essa é outra história.

Todos nós que habitamos o Underground sabemos que a cena no Rio Grande do Sul é mais puxada para o lado mais extremo do metal. Bandas como Krisiun, (Apesar de sair cedo do sul, fez escola na cena gaúcha), Raebalium, Exterminate, Movarbru, Old Grave e tantas outras que fazem a alegria dos “die hard”. Como é ser uma banda de Heavy Metal e Hard Rock, mais voltado ao tradicional na cena gaúcha?

Pery Rodrigues: Realmente aqui teve essa cena muito forte e posso afirmar que talvez sejamos a única banda nesse estilo, tem uma ou outra que se vende como Hard and Heavy mas na verdade não é, pois o que caracteriza isso na minha opinião é a voz. Nós sempre dividimos o palco com bandas de Death, Thrash, Black metal e HC, sem problema, e mandamos ver. Ao vivo somos mais pesados que nos discos, então isso nunca foi um problema e o público sempre reagiu bem.

Existe uma cena Heavy metal, no Rio Grande do Sul? O Astaroth é uma das primeiras banda de Heavy no Sul do Brasil e tem muitas bandas com uma pegada não tão Heavy Metal, mais para o lado do Rock n Roll e também mais Hard Rock, mas não são respeitadas no Brasil afora como:Savannah, Garotos da Rua,Taranatiriça, Bixo da Seda e o TNT. Você chegou a escutar essas bandas ou você gosta dos trabalhos delas? E quais bandas do Sul do Brasil tem o seu apoio e que você destacaria aos nossos leitores?

Pery Rodrigues: Não, eu quis dizer que a cena do metal extremo era muito forte, na verdade sempre foi aqui, respeito muito o Krisiun, admiro eles. Sou amigo do Spades, vocalista do Savannah e chegamos a gravar um disco de covers dos anos 50 juntos. Conheço todas as outras sim, conheci o Bebeco Garcia pessoalmente, até toquei na Telecaster dele, era um gênio. Vi shows do Taranatiriça, Bandaliera. Fui convidado para regravar as guitarras do Astaroth mas por problemas de direitos autorais não rolou. A banda que tem meu apoio incondicional aqui é a Savannah, sou fã mesmo e ao vivo eles eram demais, fizemos 57 shows juntos.

E o que você acha da cena atual brasileira, e quais bandas a nível Brasil ou gringa tem chamado a sua atenção e indicaria aos nossos amigos do site?

Pery Rodrigues:  Acho que tem ótimas bandas mas poucos locais para eventos, então isso dificulta o desenvolvimento da cena. No Brasil gosto de algumas bandas, como o Sweet Danger, Living Metal, Biter, Górgona, e Chromeskull, que acaba de lançar um álbum muito bom. Fora daqui tem o Skull Fist, Enforcer, Air Raid e Voltax, do México. Tem muitas bandas novas e legais.

Para finalizarmos, gostaria de agradecer o seu tempo cedido a nós e trocarmos uma ideia. Obrigado, força sempre! Espaço final para suas considerações.

Pery – Eu que agradeço, é sempre bom poder falar e contar um pouco sobre o nosso trabalho. Escutem Power Lines em todas as plataformas digitais, logo estaremos tocando e fazendo uma tour de divulgação desse trabalho. Muito obrigado!

GUEPPARDO contatos: gueppardoofficial@gmail.com

Related posts

ROGGA JOHANSSON – Uma infindável fonte de death metal made in Suécia.

Fábio Brayner

DIVINE PAIN – Violência e dor representadas pelo metal da morte

Walter Bacckus

LUCIFER´S CHILDREN – Melancólico doom metal paraguaio

Walter Bacckus