CD/EP/LP

DESOLATE SHRINE – Fires of a Dying World (Adv. 2022)

DESOLATE SHRINE (Finlândia)
“Fires of a Dying World” – ADV – CD 2022
Dark Descent Records – Importado
9,00/10

DATA DE LANÇAMENTO/RELEASE DATE:

O DESOLATE SHRINE é uma banda de Death Metal finlandesa que agrega pesadamente elementos Doom ao seu som, e que vem se desenvolvendo numa crescente desde o primeiro álbum, lançado em 2011.

 A excepcional gravadora norte-americana “Dark Descent Records” assinou com a banda e vem lançando seus discos desde o segundo trabalho de estúdio, de 2012. No mês que vem, haverá o lançamento mundial do quinto álbum, “Fires of a Dying World”, e o “The Old Coffin Spirit” teve acesso antecipadamente ao material, resenhado a seguir.

 “Echoes in the Halls of Vanity” é a primeira música após a desnecessária intro, e resulta em uma verdadeira pedrada. Poucas escolas sabem unir o Death ao Doom com a sabedoria dos finlandeses. Seja nos sons mais podres ou nos mais “refinados”, como é o caso do DESOLATE SHRINE. Há teclados discretos no fundo, que ajudam muito a estabelecer a atmosfera tensa e ameaçadora da faixa.

 O instrumental fica todo a cargo de “Lauri Laaksonen”, que tira um som foda do seu baixo, encorpado e bem presente no mix. As guitarras soam magníficas, com riffs monstruosos, e a percussão raramente descamba para passagens ultra velozes, mas transita muito bem entre o cadenciado e segmentos pouco mais acelerados. Além de tudo isso, o cara ainda é o artista por trás da capa, por sinal muito bonita e sombria.

 Os vocais são divididos entre “Roni Sahari” e “Markus Tuonenjoki”, variam bastante entre as músicas e garantem ótima versatilidade à obra.

 “The Dying Worldsoa menosDoom inicialmente, recorrendo mais aos elementos tradicionais do Death Metal escandinavo. Do meio em diante, retoma as passagens mais densas e arrastadas, com os vocais alternando-se e formando camadas, gerando um efeito bem legal. Torna-se, lentamente, um hino Doom Death absurdamente pesado, como que materializando o pesadelo do seu título.

 “The Silent God” começa com guitarras acústicas, mas não se engane. Logo, uma tempestade se abate sobre o ouvinte, com instrumental e vocalizações mais extremos até este ponto. As guitarras são o ponto alto, mas a faixa é extensa (superior a 10 minutos) e há tempo para que bateria e baixo também brilhem com intensidade. Maior destaque individual da obra!

 “Cast to Walk the Star of Sorrow” tem uma atmosfera matadora, enriquecida com teclados. O peso das guitarras é descomunal. Se antes a percussão não apresentava linhas tão rápidas, esqueça…aqui há segmentos supervelozes e executados com precisão ímpar. “My Undivided Blood” abre atmosférica, tem guitarras acústicas e sintetizadores. As partes mais lentas dominam e são excepcionais, coisa de quem conhece a fundo os segredos e a arte de fundir com perfeição os dois subgêneros.

 “The Furnace of Hope” é a peça de encerramento, brutalmente pesada e de ritmo lento, com alguns momentos mais atmosféricos, de guitarras até limpas, e acelerações pontuais certeiras. Outra faixa de grande destaque, com riffs viciantes.

 Memorável, o quinto álbum do DESOLATE SHRINE. Trabalho denso, vigoroso, pesadíssimo e de composição e performances ricas. A produção é exemplar, som fantástico. Altamente recomendável aos fãs de TEMPLE OF VOID (EUA), HOODED MENACE (FIN), ABYSSAL (GBR), KRYPTS (FIN), PHRENELITH (DIN), UNDERGANG (DIN), DESECRESY (FIN).

 Tracklist abaixo, com duração total de 46:09 minutos:

1 – “Intro”

2 – “Echoes in the Halls of Vanity”

3 – “The Dying World”

4 – “The Silent God”

5 – “Cast to Walk the Star of Sorrow”

6 – “My Undivided Blood”

7 – “The Furnace of Hope”

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