CD/EP/LP

CHAMBER OF UNLIGHT – Realm of the Night (2021)

CHAMBER OF UNLIGHT
“Realm of the Night” – CD 2021
Werwolf Records – Importado
9,5/10

A Finlândia, desde muito tempo, tem rivalizado com o antigo trono negro norueguês quando o assunto é o black metal e arrisco a dizer que os finlandeses tem se destacado imensamente. O CHAMBER OF UNLIGHT foi formado em cidade de Tampere e lançaram apenas uma demo tape oficial auto intitulada. “Realm of the Night” foi lançado no último dia 12 de Agosto e é um disco fantástico.

Há uma sonoridade antiga em todas as músicas com uma incrível abordagem que engloba riffs poderosos, teclados e climas mais carregados e posso dizer que, musicalmente, o CHAMBER OF UNLIGHT me faz lembrar várias bandas dos primórdios dos anos 90, quando o black metal soava majestoso.

Após a Intro “Prooemium”, a faixa de abertura é complexa, tal como o Emperor era em seu primeiro e segundo álbuns, mas sem a brutalidade adquirida. É mais pomposo e atmosférico, mas o impacto estilístico é bem semelhante. Grande interpretação do vocalista Necrosis (que também toca as guitarras e o baixo). Kassara, como baterista, cria linhas robustas e sólidas, típicas do black metal nórdico.


“Revelations of Dark Crafts” é uma faixa mais cadenciada e aqui o lado atmosférico fala alto. Belo trabalho melódico das guitarras em vários momentos da faixa. A brutalidade retorna com “On the Path of thy Shadow”, que tem riffs matadores. Os vocais mais épicos lembraram o Enslaved em seus primeiros trabalhos. Uma das melhores faixas do álbum com certeza. “From Grey Tombs” é a próxima e evoca velhos espíritos das florestas congeladas. Imagino um clipe para essa música… Preto e branco, com cenas da floresta, da neve, tudo passando como um filme antigo e essa faixa como trilha. A quebrada por volta dos 1:45 é perfeita.


“Summoning the Spirit of the Dead” é uma faixa poderosa e isso se deve muito às linhas de teclado e como elas interagem com a complexidade das linhas de guitarra e à mais uma grande interpretação vocal, fria e direta. Talvez a segunda faixa preferida desse trabalho. As velas são apagadas pelos ventos cortantes e tudo se torna escuridão quando “Slumber” tem início. Isso define o início dessa faixa, que flerta com alguns riffs mais dissonantes. A última faixa é “Uncelestial Light (The Chamber)” tem uma linha de bateria muito foda em seu início e um riff principal também com feeling. “Realm of the Night” é um dos discos de black metal mais fudidos desse ano. Não traz inovações, mas sobra feeling e escuridão. Isso é mais do que suficiente. Obrigatório !

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