CARCASS (Inglaterra)
Local: Toinha Brasil Show – Brasília/DF
Data: 30/04/2024
O CARCASS durante muito tempo foi uma das minhas bandas de cabeceira. Ouvia muito o som desses caras, principalmente os discos até o “Necrotiscism…”. Nunca tinha tido a oportunidade de vê-los ao vivo e não iria perder de forma alguma a sua apresentação praticamente no meu quintal.
É claro que aqui não era o velho CARCASS, da fase mais podre e que eu daria um rim para ter conseguido presenciar ao vivo, mas a banda, desde que retornou à ativa, tem sido consistente em seu trabalho, criando música e lançando álbuns que une tudo o que eles já criaram antes.
A banda de abertura foi um grupo chamado Valaraza, que eu nunca havia ouvido falar. Como o show aconteceu em um dia de semana e por motivos profissionais, seria impossível chegar cedo o suficiente para assistir o show deles, então quando finalmente cheguei ao Toinha Brasil Show a banda estava dando seus últimos acordes e começando a desmontar seu equipamento. Ao perguntar ao pessoal conhecido, disseram que o som era meio death/thrash, mas como não presenciei o show deles não posso opinar. Fica para uma próxima.
A espera pelo CARCASS não foi longa após o show de abertura e quando o show começou fica fácil entender a razão desses caras serem respeitados o quanto são. O show foi realmente muito bom e apesar da banda focar muito mais em sua fase “trampada”, houve momentos mais do que especiais quando eles resolveram abrir a fosse séptica e mandaram clássicos da imundície como “Genital Grinder”, “Ruptured in Purulence”, “Pyosisified (Rotten to the Gore)” e “Exhume to Consume”.
Outros momentos em que realmente foi como voltar muitos anos no passado foi quando “Incarnate Solvent Abuse” e “Corporal Jigsore Quandary” foram executadas com maestria. Não há debate. Aquelas músicas criadas nos anos 90 resistiram ao teste do tempo e se tornaram clássicos da bandas, mesmo hoje em 2024, mais de duas décadas depois de lançadas originalmente.
O show como um todo foi um passeio por toda a carreira do CARCASS, o que agradou a todos os presentes.
Obviamente queria ter ouvido mais músicas antigas, mas quando uma banda tem uma discografia grande, focar em certas época se torna complicado.
Eu destacaria o bom humor (absolutamente britânico hahahah) do baixista e vocalista Jeff Walker, que pareceu estar realmente apreciando o show, principalmente depois do show realizado durante o Summer Breeze Brasil, onde a banda tocou com um sol para cada membro e um calor absurdo. A receptividade do público agradou a banda, que interagiu bastante com todos.
Valeu à pena esperar para finalmente ver o CARCASS ao vivo. E quem venham mais shows no Toinha Brasil Show.
O set list pode ser conferido abaixo, não por ordem de exibição, mas por álbum tocado.
- “Heartwork” – (“Buried Dreams”, “This Mortal Coil”, “Death Certificate”, “Heartwork”)
- “Torn Arteries” – (“Kelly´s Meat Emporium”, “Under the Scapel Blade”, “Dance of Ixtab”, “The Scythe’s Remorseless Swing”)
- “Necrotiscism – Descanting the Insalubrious” – (Incarnated Solvent Abuse, “Corporal Jigsore Quandary”, “Tools of the Trade”)
- “Swansong” – (Tomorrow Belongs to Nobody”, “Black Star”, “Keep on Rotting in the Free World”)
- “Surgical Steel” – (316L Grade Surgical Steel”)
- “Symphony of Sickness” – (“Ruptured in Purulence” e “Exhume to Consume”)
- “Reek of Putrefaction” – (“Genital Grinder” e “Pyosisified (Rotten to the Gore”.)
