Acredito que esse álbum tem a introdução mais legal que já vi em um disco de black/speed metal. “Ashe” começa e você jura que é um álbum de southern rock tocando, mas apenas para a detona pescoços “Death Returns…” começar na sequência e colocar qualquer um para agitar e pedir por uma bela cerveja gelada. “Cursed be Thy Kingdom” é o novo álbum dos americanos do BEWITCHER e como o próprio início do trabalho já mostra, é música para shows, para agitar e cada nota aqui funciona voltados para esse objetivo.
“Satanick Magick Attack” é simplesmente uma das músicas mais fudidas que ouvi nos últimos tempos. É como se o Venom se unisse a uma bom heavy metal tradicional e adicionasse vocais do inferno. Isso é energético demais. Puta que pariu. Melhor faixa do álbum…
A sequência não baixa o tom e cospe a acceptiana “Electric Phantoms”. Refrões matadores e uma sequência muito assassina de bases e riffs. “Mystifier (White Night City)” vem a seguir e mantém o nível no vermelho, quase a ponto de ebulição, mas é quando a curta “Cursed Be Thy Kingdom” começa é que a coisa ferve. Música simples e com uma baita pegada de NWOBHM em meio à crueza da sonoridade da banda em vários momentos. “Valley of the Ravens” é pesadona, mais cadenciada. Puro heavy metal curtido no fogo do inferno. Também saindo de chamas vem a rápida e energética “Metal Burner”.
Voltando a uma pegada mais cadenciada e focada no peso temos “The Widow´s Blade”, ainda que mais velocidade apareça em momentos posteriores. Os solos de guitarra dessa faixa são bem legais. Fechando o álbum vem “Sign of the Wolf”, outra música feita como uma luva para um show e mesmo sendo um cover do PENTAGRAM, a música ficou com a pegada dos caras e soou muito foda. O BEWITCHER não criou aqui uma obra-prima, não reinventou a roda, mas gravou um puta álbum de metal. E convenhamos que o melhor metal vem dessa forma: peso, guitarras, vocais caóticos e headbanging. Nisso os caras acertaram em cheio.