DATA DE LANÇAMENTO/RELEASE DATE: 24/09/2021
A entidade AZAZEL é das mais antigas e profanas representantes da escola finlandesa do Black Metal, formada em 1992. Apesar disso, houve um enorme hiato até o lançamento do Split com o GOATMOON em 2011, seguido pelo primeiro álbum de estúdio em 2012 “Jesus Perversions” e o segundo em 2015 “Witches Deny Holy Trinity”.
Seis anos depois, estamos diante do terceiro trabalho completo de estúdio, de nome “Aegrum Satanas Tecum”, o qual será lançado oficialmente no dia 24/09 via “Primitive Reaction”, selo também finlandês.
A obra é integralmente fundamentada nos pilares mais tradicionais do estilo: Título em Latim, capa em preto e branco com a arte blasfema inconfundível e inigualável do mestre “Chris Moyen”, letras extremamente profanas e heréticas e sonoridade 100% Black Metal, pura e imaculada.
Ouvir esse novo AZAZEL é como tomar uma dose da sua bebida preferida, depois de um longo tempo. Reproduz a sensação nostálgica e prazerosa de escutar um disco inteiro de Black Metal ortodoxo, elaborado com a proporção ideal de crueza, e produzido magistralmente. Todos os instrumentos se fazem presentes, e muito bem distribuídos no mix. De fato, que produção foda pra um álbum como esse.
Musicalmente, menos é mais na fórmula dos caras. O quinteto tem as duas guitarras à frente, criando riffs ríspidos e divertidos de ouvir, sempre convidativos ao headbanging, oferecendo um mínimo de melodias às composições e até alguns leads interessantes, como em “Jesus Christ Impotent Rotting Saviour”.
Bateria e baixo fazem um trampo digno de nota, na maior parte do tempo oferecendo uma performance segura e correta, e em diversos momentos, demonstrando qualidade acima da média de ambos os músicos, mesmo em um álbum que tem como premissas o minimalismo e a primitividade.
Os vocais provocativos e demoníacos, mais old school, ficaram à cargo do fundador da banda “Lord Satanachia”, mas um segundo vocal, mais grave, pode ser ouvido ao longo do disco em diversas passagens, cortesia de “K-2T4-S”, vocalista com passagens por diversos atos (exemplo: …AND OCEANS). As dobras criam um efeito ainda mais sinistro e diabólico.
“I Worship Him” é um ataque súbito e mortal à cristandade, com passagens mais cadenciadas marcantes, memoráveis, repletas de podridão e imundície.
“Demons Attack the Nun’s Chapel (Aegrum Satanas Tecum)” é outro exemplo de efetividade do som do AZAZEL. Uma faixa de ritmo primordialmente médio, de riffs irresistíveis, bateria e baixo bem na cara, enquanto o vocalista vomita blasfêmias em profusão. A aceleração do meio em diante é triunfante, acompanhada pela dobra dos vocais. Melhor ainda é a retomada ao ritmo original, tornando-a uma das melhores do álbum.
Excelente terceiro álbum do AZAZEL, digno da cruzada anticristã por eles empreendida, bem como da curta e relevante discografia da banda. Tiro certeiro para os fanáticos pelo mais puro Black Metal Finlandês, que gostem de entidades da estirpe de BEHERIT, HORNA, BAPTISM, FÖRGJORD e SATANIC WARMASTER.
No total, são 35:03 minutos de duração, distribuídos entre as oito faixas a seguir:
1 – “Invocation (Hail the Ancient Ones)”
2 – “Jesus Christ Impotent Rotting Saviour”
3 – “Welcome to Church Bizarre”
4 – “I Worship Him”
5 – “Demons Attack the Nun’s Chapel (Aegrum Satanas Tecum)”
6 – “Incubus Rises Again”
7 – “Succubus, My Infernal Vampire Spirit”
8 – “In Nomine Dei Nostri Satanas”
Destaques: Álbum homogêneo, de ótima dinâmica. As faixas que se destacam individualmente são, principalmente, a segunda “Jesus Christ Impotent Rotting Saviour”, a quinta “Demons Attack the Nun’s Chapel (Aegrum Satanas Tecum)” e a oitava e última “In Nomine Dei Nostri Satanas”.