O AGONY VOICES nasceu na cidade de Blumenau–SC em 2005, com a proposta de executar um death dark doom metal, com letras depressivas e obscuras. Lançaram os dois primeiros trabalhos que foram bem aceitos por maníacos por músicas arrastadas e melancólicas, que foram os full length: “The Sin” (2011) e “Mankind’s Glory” (2015).
É fato que a cada lançamento a banda dá um passo à frente em sua evolução musical e sempre nos surpreende. O AGONY VOICES é uma banda mais reservada que faz poucos shows e não se preocupa em lançar material um atrás do outro. Ou seja: a preferência dos caras é a qualidade musical em estúdio e no palco.
Depois de 8 anos, os caras lançaram o tão aguardado terceiro full lenght e que álbum espetacular! Se os primeiros dois trabalhos, os caras transitavam entre o death e doom metal e algumas passagens aqui e ali no black metal, principalmente no primeiro trabalho. Já em “We Don’t Know What We Have Become”, as referências ao metal arrastado e carregado de melancolia continuam ali e não tinha como ser diferente, porém agora com bastante referência ao gothic rock que está muito presente em suas composições.
Mas tem muito de: Paradise Lost, Katatonia e Sister Of Mercy, e achei referências dos últimos trabalhos do Rotting Christ, principalmente na música que abre o disco “Just Lies”. É uma música fantástica e segue com “Past From Future” e a faixa que dá nomenclatura a esse trabalho. Essa trinca é de uma musicalidade ímpar. Com bastante variações, mudanças de tempo e muito bem trabalhadas! Aqui temos todas as influências já citadas acima, misturando vocais rasgados, vocais limpos e guitarras com bases arrastadas e pesadas, baixo destruindo tudo! Bateria com bastante pegada e segurando os andamentos das músicas com bastante técnica. Eu gostei muito de “Past From Future”, que mistura death doom e gothic rock, principalmente com vocais guturais e vocais na linha do mestre Andrew Eldritch. Não sei ao certo, mas é só uma suposição minha e acredito que, com a entrada de Valda Hilbert (Juggernaut/Rhestus) no baixo, ele trouxe essas influências mais na cara de gothic rock e que ficaram perfeitas nesse álbum. O baixo dele está muito presente, assim como sempre esteve presente em bandas de gothic rock, o peso do baixo. Valda é um grande instrumentista das quatro cordas. Toca muito!
Seguem com “Days”, “I Can’t Find Myself” e “Sands”. Continuam detonando com faixas matadoras. Em Can’t Find Myself, é uma faixa bem rock gothic com vocais limpos e o diferencial mais pesado que, por exemplo, uma música do The Sister Of Mercy e com um solo de guitarra muito bonito e aquele clima gótico de bandas como The Sister Of Mercy, The Mission entre outros nessa vibe mais Dark.
E Sand já mistura algo mais melancólico com uma pegada meio lisérgica e viajante. Assim como a próxima faixa, Lost também vai nessa pegada! Sleeping Minds já surge mais na linha da fase Gothic do Paradise Lost e, falando dessa forma, parece que a banda é cópia das bandas citadas e não é não, são referências e dão uma identidade para a banda e uma personalidade própria e única.
Fechando o trabalho, temos as faixas: “Dark Sky” e “Lisergic”.
A penúltima música é uma coisa linda de se ouvir/ escutar, pesada, bases de guitarras dando um clima pesado e tétrico e vocais agressivos com vocais mais limpo e baixo e bateria dando sustentação ao instrumental e me fez também visualizar algo dos holandeses do Celestial Season na obra-prima “Solar Lovers” (1995) com uma mistura de peso e passagens de rock psicodélico, assim como na faixa “Lisergic”, essa referência mais setentista e viajante está mais presente e os vocais de Jonathan Feltz e algo bem louco e desesperado com sua bela interpretação.
Fechando o disco de forma consistente, pesada e viajante. Na edição importada eles gravaram três covers bem presente nas influências da banda como: “Lucretia My Reflection” (The Sisters of Mercy), “Gothic” (Paradise Lost) e talvez uma música que vai deixar os apreciadores de metal com uma pulga atrás da orelha, pois gravaram “Beds are Burning” (Midnight Oil) e que infelizmente, eu não ouvi nenhuma delas, porque a banda não disponibilizou elas nas plataformas de streaming e só na versão física e importada.
Talvez seja devido a direitos autorais. Seria interessante eles soltarem essas covers nas plataformas digitais. A produção ficou a cargo da própria banda e com suporte de Eduardo Blumer.(Volkmort). Bateria e vocais gravados no Phoenix estúdio em Blumenau–SC. E guitarras e baixo no próprio estúdio da banda. Foi mixado e masterizado no Nitro Estúdio, no Rio Grande do Sul, e contaram com a ajuda de um profissional e no caso aqui de Roger Fingle. (Seduced By Suicide) E a produção ficou muito boa! Arte da capa e contracapa feita pelo artista plástico Lorenzo Bonicontro de Curitiba, Paraná.
ENGLISH VERSION:
AGONY VOICES was born in the city of Blumenau–SC in 2005, with the aim of performing death dark doom metal, with depressive and dark lyrics. They released their first two works that were well accepted by maniacs for dragging and melancholic music, which were the full lengths: “The Sin” (2011) and “Mankind’s Glory” (2015). It is a fact that with each release the band takes a step forward in its musical evolution and always surprises us. AGONY VOICES is a more reserved band that plays few shows and doesn’t worry about releasing material one after the other. In other words: the guys’ preference is musical quality in the studio and on stage.
After 8 years, the guys released their long-awaited third full length and what a spectacular album! If the first two works, the guys moved between death and doom metal and some passages here and there in black metal, especially in the first work. In “We Don’t Know What We Have Become”, the references to dragging metal and full of melancholy are still there and it couldn’t be any different, but now with a lot of reference to the gothic rock that is very present in their compositions.
But there’s a lot of: Paradise Lost, Katatonia and The Sister Of Mercy, and I found references to Rotting Christ‘s latest work, especially in the song that opens the album “Just Lies”. It’s a fantastic song and continues with “Past From Future” and the track that gives the name to this work. This trio is of unique musicality. With lots of variations, tempo changes and very well crafted! Here we have all the influences already mentioned above , mixing ripped vocals, clean vocals and guitars with dragging and heavy bases, bass destroying everything! Drums with a lot of punch and holding the songs’ tempo with a lot of technique. gothic rock, mainly with guttural vocals and vocals along the lines of master Andrew Eldritch. I don’t know for sure, but it’s just my guess and I believe that, with the addition of Valda Hilbert (Juggernaut/Rhestus) on bass, he brought these influences more. in the style of gothic rock and which were perfect on this album. His bass is very present, just as it has always been present in gothic rock bands, the weight of the bass. Valda is a great four-string instrumentalist. He plays very well.
They follow with “Days”, “I Can’t Find Myself” and “Sands”. They continue to detonate with killer tracks. In “Can’t Find Myself”, it’s a very gothic rock track with clean vocals and a heavier difference than, for example, a The Sister Of Mercy song and with a very beautiful guitar solo and that gothic atmosphere of bands like The Sister Of Mercy , The Mission among others in this darker vibe.
And Sand already mixes something more melancholic with a somewhat lysergic and traveling feel. Just like the next track, Lost also follows this trend! Sleeping Minds appears more along the lines of Paradise Lost‘s “Gothic” phase and, speaking in this way, it seems that the band is a copy of the aforementioned bands and no, they are references and give the band an identity and its own unique personality.
Closing the work, we have the tracks: “Dark Sky” and “Lisergic”. The penultimate song is a beautiful thing to listen to, heavy, guitar bases giving a heavy and eerie atmosphere and aggressive vocals with cleaner vocals and bass and drums supporting the instrumental and it also made me visualize something from the Dutch band Celestial Season in the masterpiece “Solar Lovers” (1995) with a mix of weight and passages of psychedelic rock, as well as in the track Lisergic, this more seventies and traveling reference is more present and Jonathan Feltz’s vocals and something very crazy and desperate with his beautiful interpretation.
Closing the album in a consistent, heavy and traveling way. In the imported edition they recorded three covers very present in the band’s influences such as: “Lucretia My Reflection” (The Sisters of Mercy), “Gothic” (Paradise Lost) and perhaps a song that will leave metal lovers with a flea behind their ears, as they recorded “Beds are Burning” (Midnight Oil) and unfortunately, I didn’t hear any of them, because the band didn’t make them available on streaming platforms and only in the physical and imported version.
Maybe it’s due to copyright. It would be interesting for them to release these covers on digital platforms. The production was handled by the band itself and supported by Eduardo Blumer.(Volkmort). Drums and vocals recorded at Phoenix studio in Blumenau–SC. And guitars and bass in the band’s own studio. It was mixed and mastered at Nitro Estúdio, in Rio Grande do Sul, and had the help of a professional, in this case Roger Fingle. (Seduced By Suicide) And the production was really good! Cover and back cover art made by artist Lorenzo Bonicontro from Curitiba, Paraná.