DATA DE LANÇAMENTO/RELEASE DATE: 28/01/2022
A sensação de ouvir um EP com nível tão alto de qualidade é a melhor possível. O material novo dos finlandeses do AEGRUS está previsto para sair oficialmente no final de janeiro via “Osmose Productions”, mas já pode ser conferido online, na íntegra.
A banda vem lançando Black Metal ortodoxo e fiel à escola finlandesa há dezesseis anos, apesar de contar com apenas três álbuns full sob seu cartel. “The Carnal Temples” segue o legado dos caras à risca, não explora novos territórios e resulta em um Play excepcional.
Sonoridade old school, comprometida com os pilares do Black Metal do seu país, totalmente voltada aos temas satânicos e blasfemos. Produção exemplar, bem balanceada, mesclando a crueza necessária ao estilo com o devido profissionalismo e nitidez, possíveis de se obter hoje em dia sem brilho excessivo.
“The Carnal Temples” abre um portal para o submundo com riffs e ritmo insanos, convocando o hellbanger à destruição e ao caos eterno. Som vibrante e viciante. Os vocais de “Inculta” são pungentes, abrasivos…provavelmente, um dos melhores no estilo atualmente. As guitarras da dupla “Praestigiator” e “Lux Tenebris” dão show, inclusive nos solos. A bateria de “Serpentifer” é sólida e variada, gerando blasts incríveis, mas não dependendo ou contando exclusivamente com eles.
“In Death Rapture” adiciona atmosfera à insanidade anterior, criando um som ainda mais denso e cativante. A transição das passagens mais extremas e velozes para as atmosféricas é feita com absoluta primazia, de forma a não se perder nada em termos de peso ou intensidade. Da mesma forma, retomam as partes mais caóticas com extrema naturalidade e destreza, e criam momentos épicos. Melhor do Play, foda demais.
“Moonlit Coffinspirit” tem início mais melódico e menos veloz, com riffs que desenvolvem, passo a passo, uma atmosfera espessa e de forte tensão, reforçada pelos vocais cada vez mais alucinados e doentios. Soa como uma faixa mais ritualística, de guitarras que se destacam pelos leads certeiros, melódicos e, em igual proporção, sombrios.
“Flesh and Blood” volta à pegada tradicional da banda, mais agressiva, abrasadora, e menos atmosférica. Perfeita para fechar o EP, com brutalidade e constante sangue nos olhos. Destruidora, uma peça de encerramento que deixa ótima impressão e o desejo de ouvir mais.
Belíssimo EP do AEGRUS, e se servir como indicação do que virá adiante em termos de um próximo álbum de estúdio, teremos um candidato a impulsionar a banda a um patamar inédito, e a figurar entre os melhores discos de Black Metal do ano.
Altamente recomendável aos fanáticos por Black Metal em geral, e em especial aos adoradores das verdadeiras legiões da Finlândia como BEHEXEN, SARGEIST, HORNA, AZAGHAL, MALUM e BAPTISM, entre outras.
Tracklist abaixo, duração total de 25:46 minutos:
1 – “The Carnal Temples”
2 – “In Death Rapture”
3 – “Moonlit Coffinspirit”
4 – “Flesh and Blood”