CD/EP/LP

DESTINITY – In Continuum (2021)

DESTINITY (Alemanha)
“In Continuum” — CD 2021
Crimson Productions — Importado
9/10

Findando um período de 9 anos sem lançamentos, a veterana banda alemã de Melodic Death Metal, DESTINITY, regressou no dia 15 de outubro com seu nono álbum de inéditas. “In Continuum” foi lançado pela gravadora francesa Crimson Productions e conta com a mixagem e masterização do renomado arquiteto sonoro sueco Jonas Kjellgren (Carach Angren, Dark Funeral, Hypocrisy, In Mourning).

Com nove composições encapsuladas em 51 minutos, “In Continuum” é inaugurado com a poderosa “The Sand Remains”; faixa que demonstra toda a destreza da banda em desferir verdadeiros ataques sonoros poderosos e mortais. Os riffs são precisos, embora selvagens, as melodias são sofisticadíssimas, assim como o uso dos teclados, que é muito inteligente. O solo e demais preenchimentos de guitarra são incriveis. “Reject the Deceit” é mais uma orgia de ótimas melodias e de velocidades intercaladas — ora com o pé afundado no acelerador e noutras em ritmos regulares. A transição do solo extremamente bem elaborado para um ambiente mezzo acústico/mezzo atmosférico é sensacional. “Reflections” é puro Melodic Death Metal… nas pegadas tanto do Dark Tranquillity dos bons tempos quanto de bandas finlandesas como Omnium Gatherum ou Insomnium dos primeiros álbuns. Excelente faixa!

Shadows” chama para si a responsabilidade de elevar novamente o nível do trabalho e assim o faz, com muita técnica e precisão. Destaque para as linhas de bateria e teclado, ambos comandados por Morteüs. “Dawn Never Breaks” se vale dos mesmos elementos e características das faixas anteriores, porém com mais fúria e vigor. O uso dos bumbos, os blast beats e o solo de guitarra, cortesia do ex-Mors Principium Est, Andy Gillion, fazem dessa uma das melhores do álbum. “Architect Of Light” é mais pancadaria e velocidade, sendo um tema para banguear com vontade durante as apresentações da banda.

Marcada por transições é “A Lucid Strain” — por vezes altamente climática e noutras, rigorosamente técnica. As guitarras e bateria novamente ditam as regras. Tal “ditadura” continua na mais experimental, embora destrutiva “Snakepit”. “Salvation” é a típica faixa de encerramento — longa e permeada por diversas quebras rítmicas. Nela a Destinity explora diferentes arranjos, texturas e rupturas. A melhor composição do registro na opinião deste que vos escreve. Apoteótica!

Com “In Continuum” a DESTINITY prova que nem sempre a originalidade e a ousadia são pré-requisitos fundamentais para se compor um ótimo trabalho, às vezes basta técnica apurada, entrosamento e profissionalismo. Bem escrito e bem produzido, o álbum desfila com músicas de alto de gabarito melódico — coesas, com ótimas performances vocais, solos extasiantes e estruturas bem definidas. Que a banda colha os louros que tanto merece!

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Spotify: https://open.spotify.com/artist/553eIV3aSzE17cxgVVG7o6

Bandcamp: https://destinity.bandcamp.com

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