Entrevistas

NINKHARSAG – Recriando a magia ancestral do Black Metal primordial

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O guitarrista e compositor Kyle Nesbitt conversou conosco sobre o excelente novo álbum da banda, preferências musicais, turnês e planos para o futuro

Hail NINKHARSAG, sejam bem-vindos ao “The Old Coffin Spirit”! É um prazer tê-los em nosso portal. KYLE, você poderia nos contar um pouco sobre a história da banda? Nós sabemos que ela teve início em 2009 em Liverpool, como um projeto individual na época:

Kyle Nesbitt: Hail! O NINKHARSAG foi criado no início dos anos 2000, mas foi oficialmente fundado em Liverpool, Inglaterra, em 2009 pelo guitarrista “Paul Armitstead”, que começou a escrever Black Metal no estilo tradicional dos anos 80/90, que havia caído em desuso na época. Após alguns anos escrevendo demos e tendo encomendado um logotipo ao lendário mestre “Christophe Szpajdel”, começamos a compilar o material para o nosso primeiro álbum, “The Blood Of Celestial Kings”, que foi gravado em 2013 e lançado pela “Candlelight Records” em 2015. Musicalmente, somos muito inspirados pela cena escandinava de Black Metal dos anos 90, mas com uma forte ênfase nas bandas de metal de som mais clássico dos anos 80, como BATHORY, MERCYFUL FATE / KING DIAMOND e METALLICA que, claro, desempenharam um papel fundamental na formação do som do Black Metal dos anos 90 como ele é conhecido. Somos uma banda muito orientada para as guitarras, e damos muita importância à criação de riffs poderosos e contundentes, e definitivamente não temos medo de melodia e harmonia. Aqueles que buscam um estilo de Black Metal mais contemporâneo e atmosférico provavelmente deveriam procurar em outro lugar.

O nome da banda está relacionado a uma das Divindades Sumérias mais relevantes, “A Senhora da Montanha Sagrada”. Qual é o tamanho da importância da mitologia suméria para vocês, quando estão compondo? Além disso, é bem fácil perceber o seu respeito pela natureza, pela filosofia e história, como um todo. Você considera essas as suas fontes de inspiração ais importantes?

Kyle Nesbitt: As divindades sumérias não são particularmente importantes para nós como inspiração, mas sim o conceito da humanidade sendo criada como uma raça de escravos, por uma forma de ser celestial superior. Esse foi o conceito original por trás do primeiro álbum, “The Blood Of Celestial Kings” (Candlelight Records), mas liricamente estou mais focado agora em minha própria exploração pessoal da vida, morte e as antigas escolas de mistério.

Foto: Facebook Oficial da banda

Que tipo de energia e atmosfera vocês procuram invocar e capturar, quando vocês estão criando a sua música?

Kyle Nesbitt: Nosso objetivo é criar música que carregue uma mensagem profunda, mas também solene, daí o título do novo álbum, “The Dread March Of Solemn Gods”. Eu queria escrever letras que criassem uma certa atmosfera, que transportasse o ouvinte para um mundo diferente do nosso; um semelhante, mas livre das algemas deste cosmos e de suas limitações. É um reino de pura noite, ainda que criado pelos desejos dos ouvintes. Para mim, vejo este reino como uma vasta necrópole congelada, cercada por picos inatingíveis e iluminada apenas pelo luar sagrado.

As funções de composição são focadas, principalmente, se eu não estiver enganado, em ambos os guitarristas (o fundador “Paul Armitsted” e “Kyle Nesbitt”, que também é o vocalista); Como vocês costumam trabalhar na hora de escrever? Há um salto de qualidade significativo quando comparamos o novo álbum ao anterior.

Kyle Nesbitt: Sim, nós certamente pretendíamos elevar o nível com as composições neste álbum. Sempre quisemos que este álbum fosse a referência contra a qual todos os nossos trabalhos futuros venham a ser comparados, e foi definitivamente um álbum desafiador de escrever e criar! No entanto, desafiamos qualquer banda ativa a tentar escrever algo remotamente semelhante. Nós dois geralmente escrevemos a maior parte de uma música, e então a trazemos para a mesa, para que o resto da banda possa completá-la, e adicionar partes extras se necessário. Às vezes, vamos apenas escrever um riff, e então expandir a partir daí como um todo.

The Dread March of Solemn Gods” é o seu segundo álbum completo de estúdio, o qual foi lançado mais cedo este ano, e o primeiro via “Vendetta Records”, um selo de metal alemão. Vocês estão felizes com a recepção do álbum, e com a nova parceria?

Kyle Nesbitt: Sim, os caras da “Vendetta Records” têm sido excelentes conspiradores para se trabalhar em conjunto, e tornaram o lançamento deste álbum algo extremamente tranquilo, considerando as circunstâncias internacionais! A recepção tem sido extremamente positiva até agora, então estamos muito satisfeitos com isso. No entanto, nós temos trabalhado duro para escrever os próximos lançamentos, e você não ouviu nada ainda …o material novo vai detonar, pra caralho!

The Blood of Celestial Kings” (2015) e “Discipline Through Black Sorcery” (EP 2020) são definitivamente trabalhos fortes, mas eu sinto que o novo álbum é matador, e ele possui claramente o melhor material da banda até o momento. Como você analisa a evolução da banda até aqui, e o que vocês gostariam de alcançar no futuro próximo?

Kyle Nesbitt: Bem, como mencionado, estamos atualmente trabalhando duro nos próximos lançamentos, e estamos pensando em lançar um novo EP em 2022 antes de terminarmos o próximo álbum. Temos tanto material no momento, que achamos que pode ser melhor soltarmos dois lançamentos ao longo dos próximos dois anos, para continuarmos alimentando o fogo! Também estamos trabalhando em algumas turnês para o próximo ano. Com um pouco de sorte, devemos fazer uma turnê pela Europa em maio e, quem sabe, de volta à Europa ou aos EUA mais adiante no ano que vem.

Under the Dead of Night” é um dos destaques individuais no álbum, na minha opinião. Épica, sombria pra caralho, repleta de riffs afiados e belíssimas e maléficas melodias espalhadas por toda a parte. O que você acha dessa música? É uma das suas preferidas também?

Kyle Nesbitt: Sim, essa é certamente uma das minhas músicas favoritas, e é extremamente pessoal para mim, tendo trabalhado nessa composição por um longo tempo. Se eu pudesse escolher uma música do álbum que o representasse como um todo, seria essa, pois ela contém a atmosfera de noite sagrada e majestosa que nós buscamos criar.

E que tal a “Strigoi Diabolicum?” Eu a vejo provavelmente como o som mais agressivo do álbum, e ela soa como uma ótima música para se tocar ao vivo, com toda aquela energia sombria e potência…

Kyle Nesbitt: Essa foi a última música que escrevemos para o álbum. Na verdade, tínhamos uma outra música que estava quase completa, mas então “Paul” a trouxe para o ensaio um dia, e nós sabíamos que era uma música matadora, e que tinha que ir para o álbum! Funciona muito bem ao vivo, embora possa ser desafiadora de tocar, pois é muito complexa, e eu tenho muitas letras para cantar em um espaço de tempo tão curto…

Foto: Facebook Oficial da banda

Vocês dois demonstram grande talento em infundir melodias sombrias no seu estilo próprio de Black Metal. É difícil não pensar em alguns dos nomes Suecos como DISSECTION e SACRAMENTUM quando ouvimos o disco novo. Quais são as suas principais influências como compositores e músicos?

Kyle Nesbitt: Para mim, ambas as bandas mencionadas são grandes influências, assim como são EMPEROR, MAYHEM, etc. Mas também BATHORY, METALLICA antigo, KING DIAMOND / MERCYFUL FATE, SLAYER, IRON MAIDEN. Eu também sou um grande fã de música clássica, então também tentamos incorporar muitas harmonias de contraponto, etc.

A arte da capa old school é muito interessante e impactante, ela me lembra de álbuns clássicos dos anos 90. Como vocês chegaram até o “MFA XII”, o artista indonésio que realizou o trabalho? Ele chegou a ouvir as demos do álbum enquanto trabalhava na peça?

Kyle Nesbitt: Era nossa intenção termos uma obra de arte que atraísse o ouvinte para o mundo sagrado da cena Black Metal dos anos 90, pois é isso que crescemos ouvindo e para nós é o marco intocável contra o qual todos os outros lançamentos devem ser comparados. Enviamos a ele o álbum completo para ouvir, bem como um briefing de design muito abrangente, e ele fez um trabalho incrível.

O que você pode nos dizer a respeito da cena black metal em Liverpool? Há outras entidades interessantes que nós deveríamos conferir?

Kyle Nesbitt: Não há uma cena de Black Metal em Liverpool hoje em dia, infelizmente, mas há uma banda chamada DAWN RAY’D que assinou contrato com a “Prosthetic Records”, TRIVAX (Obs.: banda originada no Irã, realocada para o Reino Unido e reformulada) e ANTE-INFERNO de Yorkshire e THY DYING LIGHT de Cumbria.

Felizmente, eu li na página do Facebook da banda que vocês já retornaram aos palcos, e há um bom número de festivais agendados. Como vocês se sentem, podendo tocar ao vivo de novo, após um período tão longo? Como têm sido esses primeiros shows de retorno?

Kyle Nesbitt: Os shows que fizemos este ano têm sido excelentes, e as plateias estavam certamente empolgadas! Felizmente, nós já tocamos juntos há algum tempo e, assim que começamos a tocar novamente, foi como se nunca tivéssemos parado!

Como vocês veem o estado atual do Black Metal após tantos anos? Há algum tipo de evolução a se esperar do gênero?

Kyle Nesbitt: Pessoalmente, acho que a evolução no Black Metal é uma má ideia. Isso foi tentado no final dos anos 90 e nos anos 2000 e os resultados foram terríveis. Para mim, a cena atingiu seu pico por volta de 97 e, embora tenhamos visto muitos grandes lançamentos desde então, a mágica é difícil de recriar. Para nós, o objetivo de criar essa banda era voltar àqueles tempos profanos e tentar capturar o velho espírito!

Você ainda curte ouvir Metal? Em caso positivo, nós gostaríamos de saber alguns dos seus favoritos, e se há alguma banda brasileira entre eles:

Kyle Nesbitt: Eu provavelmente ouço muito menos metal do que alguém poderia pensar, pelo menos em termos de bandas mais novas. Estou sempre adorando o trono intocável de BATHORY e KING DIAMOND. Consegui ver VULCANO e MYSTIFIER há alguns anos em Londres, o que foi incrível, assim como as ressacas na manhã seguinte…

Me parece que a experiência de assistir o NINKHARSAG’s tocando ao vivo é um tanto memorável. Quais são os seus aspectos preferidos ao tocar ao vivo? Há planos para turnês futuras pela Europa e talvez, até pelas Américas?

Kyle Nesbitt: Sempre nos consideramos uma banda ao vivo, mas temos dificuldade para nos firmar na Europa, por diversos motivos. Enquanto estávamos terminando o novo álbum, deixamos por um tempo de tocar ao vivo, e aí a pandemia atingiu em cheio os planos que tínhamos de tentar chegar lá em 2020, então agora pretendemos fazê-lo em 2022 e seguir adiante, fazendo turnês tão frequentemente quanto possível. Temos algumas coisas em andamento para uma possível turnê pelos Estados Unidos no final de 2022, portanto, fique atento às nossas várias páginas para obter mais informações, assim que as coisas estiverem definidas …

Eu gostaria de te agradecer muito, KYLE, pelo seu tempo e atenção. A equipe do “The Old Coffin Spirit” recebeu um bom número de solicitações para entrevistarmos a NINKHARSAG, então o novo álbum certamente impactou os nossos leitores como um dos melhores lançamentos de Black Metal de 2021. Fique à vontade para deixar uma mensagem a eles, e àqueles que estão para conhecer o seu trabalho:

Kyle Nesbitt: Nós estendemos a nossa saudação infernal a todos que têm nos apoiado até agora, e esperamos levantar nossas taças e derramar um pouco de sangue com todos vocês em um futuro próximo! HAIL FUCKING DEATH!

SUMMONING THE ANCIENT MAGIC OF PRIMORDIAL BLACK METAL

Guitar Player and Songwriter Kyle Nesbitt talked to us on the excellent new album, his musical preferences, upcoming tours and the band’s future

Hails NINKHARSAG, and welcome to “The Old Coffin Spirit” ! KYLE, it’s great to feature the band on our portal. Would you tell us a little about the band’s history? We know it all started in 2009 in Liverpool, as a one-man project back then.

KYLE NESBITT – Hail! NINKHARSAG was created in the early 2000’s but was officially founded in Liverpool, England in 2009 by guitarist “Paul Armitstead” who had set out to write Black Metal in the traditional 80’s/90’s style, which had mostly fell out of favour at that time. After a couple of years of writing demos and commissioning a logo from the legendary master “Christophe Szpajdel” we began compiling material for our first album, “The Blood Of Celestial Kings” which was recorded in 2013 and released on “Candlelight Records“ in 2015. Musically we are very much inspired by the Scandinavian Black Metal scene of the 90’s but with a strong emphasis of the more classically sounding metal bands of the 1980’s such as BATHORY, MERCYFUL FATE / KING DIAMOND and METALLICA who of course played a huge role in the formation of the 90’s Black Metal sound as it known. We are a very guitar orientated band and place much importance on creating powerful and mighty riffs and are definitely not afraid of melody and harmony. Those who seek a more contemporary and atmospheric style of Black Metal should probably look elsewhere.

The band’s name relates to one of the most relevant Sumerian deities, the Lady of the Sacred Mountain. How important is the sumerian mythology to you, when composing? Also, it’s quite easy to notice your respect for nature, philosophy, and history as a whole. Would you consider those your main sources of inspiration?

KN – The Sumerian deities are not particularly important to us for inspiration, but rather the concept of mankind being created as a slave race by some form of higher, celestial being. That was the original concept behind the first album, “The Blood Of Celestial Kings” (Candlelight Records) but lyrically I am more focused now on my own personal exploration of life, death and the mystery schools of old.

What kind of energy and atmosphere do you try to summon and capture, when you’re creating your music?

KN – We aim to create music that carries a profound yet solemn message, hence the title of the new album, “The Dread March Of Solemn Gods”. I wanted to write lyrics that would give creation to a certain atmosphere that would transport the listener into a different world to ours; one similar yet removed from the shackles of this cosmos and its limitations. It is a realm of pure night yet created by the listeners desires. For me, I see this realm as a vast, frostbitten necropolis, surrounded by unscalable peaks and lit only by sacred moonlight.

Composition duties are mainly focused, if I’m not mistaken, on both guitar players (the founder “Paul Armitsted” and “Kyle Nesbitt”, who’s also the vocalist); How do you usually work when it comes to writing? There is a significant quality leap when we compare the new album to the first one.

KN – Yes, we certainly set out to raise the bar with compositions on this album. We always intended this album to be the benchmark against which all our future works would be compared, and it was definitely a challenging album to write and create! However, we dare any band living to try and write something remotely similar. We both generally write the bulk of a song then bring it to the table for the rest of the band to complete and add extra parts if need be. Sometimes we will just write a riff then expand upon it from there as a whole.

“The Dread March of Solemn Gods” is your second full-length album, which came out earlier this year, the first one through “Vendetta Records”, a German metal label. Are you happy with the album’s reception, and the new partnership?

KN – Yes, “Vendetta Records” have been excellent conspirators to work with and have made this album release go extremely smoothly given the international circumstances! The reception has been overwhelmingly positive thus far, so we are very pleased with that. However, we have been hard at work on writing the next releases and you have not heard anything yet…the new material will fucking wipe the floor.

“The Blood of Celestial Kings” (2015) and “Discipline Through Black Sorcery” (2020) are definitely strong efforts, but I feel like the new, killer album, has clearly the band’s best material to date. How do you see the band’s evolution so far, and what would you like to achieve in the near future?

KN – Well as mentioned, we are currently hard at work on the next releases, and we are thinking of releasing a new EP in 2022 before we finish the next album. We have so much material, at the moment, that we feel it may be best to get two releases out in the next couple of years to keep fueling the fire! We are also working on some tours for next year too. With any luck we should be touring Europe in May then hopefully back to Europe or the US later next year.

“Under the Dead of Night” is one of the album’s highlights in my opinion. Epic, dark as hell, filled with sharp riffage and beautiful, evil melodies everywhere. How do you like it? Is it one of your favorites as well?

KN – Yes, that is certainly one of my favourite songs and it is extremely personal to me, having been working on that piece for a very long time. If I could choose one song from the album that represents it as a whole, it would be that one, as it encompasses the atmosphere of sacred and majestic night that we sought to create.

What about “Strigoi Diabolicum?” It is probably the album’s most aggressive piece, and it sounds to me like a great song to be played live, with all that dark energy and power…

KN – That was the last song we wrote for the album. We actually had a full song which was almost complete, but then “Paul” brought it to rehearsal one day and we knew it was a fucking killer song and it had to go on the album! It works very well live although it can be challenging to play, as it very complex and I have quite a lot of lyrics to sing in such a short timeframe…

You display great talent in infusing dark melodies into your own brand of Black Metal. It’s hard not to think about some of the Swedish names like DISSECTION and SACRAMENTUM when we listen to the new one. What are your main influences as composers and musicians?

KN – For me, both bands mentioned are big influences but as are EMPEROR, MAYHEM etc. but also BATHORY, early METALLICA, KING DIAMOND / MERCYFUL FATE, SLAYER, IRON MAIDEN. I am also a big fan of classical music, so we also try to incorporate a lot of counter point harmonies etc.

The old school cover art is very interesting and striking, and one that reminds me of classic albums of the 90’s. How did you get to “MFA XII”, the Indonesian artist behind it? Did he get to listen to the album’s demos while he worked on the piece?

KN – It was our intention to have a piece of artwork that would draw the listener into that hallowed world of the 90’s black metal scene, as that is what we grew up listening to, and for us is the untouchable milestone against which all other releases should be compared. We sent him the full album to listen to as well as a very comprehensive design brief and he did an amazing job on it.

What can you tell us about the Black Metal scene in Liverpool? Are there any other interesting acts we should be checking out?

KN – There is no black metal scene in Liverpool these days unfortunately, but there is a band called DAWN RAY’D who are signed to “Prosthetic Records”, TRIVAX and ANTE-INFERNO from Yorkshire, and THY DYING LIGHT from Cumbria.

Fortunately, I read on the band’s FB page that you’ve already returned to the stages, and there are quite some fine fests scheduled. How does it feel, being able to play live again, after such a long time? How were those first comeback shows?

KN – The shows we have played this year have been excellent, and the crowds were certainly up for it! Thankfully we have been playing together for some long now, that once we started playing again, it was as if we had never stopped!

How do you see the current state of Black Metal after so many years? Is there any kind of evolution to be expected from the genre?

KN – Personally I think evolution in Black Metal is a bad idea. That was tried at the end of the 90’s and into the 00’s and the results were fucking dire. For me, the scene peaked around ’97 and although there has been plenty of great releases since, the magic is hard to re-bottle. For us, the whole point of creating this band was to hearken back to that unhallowed time and try to capture the old spirit!

Do you still enjoy listening to metal? If so, we would like to know a few of your personal favorites, and if there are any Brazilian acts among them:

KN – I probably listen to a lot less metal than one might think, at least in terms of newer bands. I am forever worshipping at the untouchable throne of BATHORY and KING DIAMOND. I did manage to see VULCANO and MYSTIFIER some years ago in London which was incredible, as were the hangovers the following morn…

It seems to me that NINKHARSAG’s live experience is quite remarkable. What are your favorite aspects of playing live? Are there any plans for future tours around Europe, and perhaps even America?

KN – We have always considered ourselves a live band, yet have struggle to get a foothold in Europe for various reasons. While we were finishing the new album, we took a step back from playing live, then the pandemic hit which scuppered plans we had to try to get there in 2020, so now we aim to be there in 2022 and going forward, to tour as often as possible. We have a few things in the works for a possible US tour for late 2022 so keep a watchful eye on our various pages for more information once things are set in stone…

KYLE, we’d like to thank you very much for your time and attention! “The Old Coffin Spirit’s” team has received a good number of requests to interview NINKHARSAG, so the new album has clearly struck our readers as one of the best 2021 Black Metal releases. Feel free to leave a message to them, and also to those who are getting to know your work:

KN – We extend our infernal hails to everyone that has supported us thus far and hope to raise our glasses and shed some blood with you in the near future! HAIL FUCKING DEATH!

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