VIOLENT HAMMER – Riders of the Wasteland (CD 2020)

A gravadora americana HELLS HEADBANGERS é uma grande máquina de descobrir e lançar verdadeiras desgraças do cancioneiro brutal mundo afora e esses finlandeses são um boa prova disso. O VIOLENT HAMMER é a cara do selo e vice-versa. Formados em 2006, a banda lançou apenas três demo tapes e esse primeiro álbum de estúdio intitulado “Riders of the Wasterland”.

Apesar de ser classificada como death metal, o que temos aqui é algo muito mais próximo de um apolíptico death/black esporrento e vomitado na sua cara sem muita cerimônia. Não temos uma banda muito preocupada com técnica precisa, gravação polida e música mainstream. Sobra aqui é grosseria, sujeira e música totalmente imunda e underground. O VIOLENT HAMMER é para mim o retrato de uma época de brutalidade e barbarismo musical, quando ouvíamos as bandas em fitas k7 copiadas umas das outras e ainda assim o prazer da audição não se alterava. Talvez se tornasse até mais interessante. Mas “Riders of the Wasterland” não é o caso de uma gravação ruim ou abafada. A gravação é excelente, mas a podridão prevalece. É puro romantismo e beleza. hehehe

Quando nos deparamos com bandas e álbuns assim a necessidade de debater sobre cada música se esvai em verborragia desnecessário. Você gosta de coisas como Archgoat, Impetigo, Beherit, desgraceiras made in Ross Bay area e tudo misturado numa espécie de death metal das cavernas sem grande variações ? Eu sim.

Isso aqui é realmente selvagem, uma perfeita trilha sonora para o caos. Destacaria faixas como “Death Squad”, a esporrenta “Annihilation (Victims of Bomb Raid)”, a faixa título “Riders of the Wasteland” (que possui algumas partes mais cadenciadas que me lembraram o Inquisition), “Bratva” e a totalmente ogro “Prophet of Darkness”.

O VIOLENT HAMMER é aquela banda que PRECISA existir para nos lembrar que beleza, sons bonitinhos e aulas de música nem sempre são necessárias. Basta bater com toda força nos outros usando um martelo e se regozijar com o som de sua agonia.