CD/EP/LP

CEREBRAL ROT – Excretion of Mortality (Adv. 2021)

CEREBRAL ROT (USA)
Excretion of Mortality” – CD 2021
20 Buck Spin Reco
rds – Importado
10/10

DATA DE LANÇAMENTO/RELEASE DATE: 25/06/2021

Podre ! Em qualquer outro estilo musical se um álbum fosse descrito se utilizando desse adjetivo haveria uma inevitável sensação de derrota. Mas estamos falando de death metal meus caros. Porque diabos uma banda de death metal NÃO soaria dessa forma ? É isso que queremos e esperamos e o novo álbum do monumental CEREBRAL ROT não nos deixa cair em tentação. Ele é a própria tentação em forma de uma música inequivocadamente imunda, carregada de energias negativas e que te transportam para dimensões onde sangue, tripas e dor reinam.

“Excretion of Mortality” será lançado no próximo dia 26 de Junho e eu já posso adiantar que esse vírus musical irá infectar de forma mortal a cada um viciado no metal da morte. Ao ouvir a faixa de abertura “Excretion of Mortality” já não se tem dúvidas de como esse álbum irá soar em sua totalidade. É uma faixa pesadíssima, com guitarras totalmente carregadas, um clima de opressão que interage de forma simbiótica com a brutalidade existente em cada momento da composição. E que grande música para abrir um álbum.

“Vile Yolk of Contagion” é aquele som que você percebe a contaminação de doenças metálicas já conhecidas como uma influência doentia de algo conhecido como Incantation e aqui você já está rendido. Música pegajosa. A decrepitude musical é como um câncer que devasta sua audição e te prostra e esse som é o canal por onde esse fétido odor se espalha. Pútrida, para se dizer o mínimo. Principalmente quando a faixa vai chegando perto do fim, onde o som toma rumos quase splatter. O início de “Spewing Purulence” já paga a composição. Pura bateção de cabeça e esmagamento craniano.

O ritual de desmembramento em meio a rios do pus e sangue continua com a execução de “Bowels of Decrepitude”, uma faixa que inicia midtempo e solta a desgraça logo em seguida. Assim como em todo o álbum o peso é descomunal, principalmente ao ouvir isso em um fone de ouvido de qualidade e com um volume proibitivo. “Drowned in Malodor” já inicia em pura quebradeira e pancadaria. Isso é doentio e lindo, em doses iguais. Há uma parte onde o baixo (carregado de efeito) interage com as guitarras e a bateria que me lembrou demais o Carcass da época em que ainda nadava em imundície musical e era uma das coisas mais lindas e delicadas nesse nosso mundo de merda.

“Retching Innards” é pesada e desagradável, ou seja, do jeito que deve ser. O número de riffs cabulosos aqui é desconcertante. Esses caras sabem realmente como criar bases de guitarra e riffs tortos. Eu amo isso. A última faixa é a longa (11:05) “Crowning the Disgustulent (Breed of Repugnance)”. Lenta e romântica em seu início, torna-se lenta e fétida. Death metal provando que nem só de velocidade vive o homem. É preciso de coisas mais nojentas e doentias como essa música.

A capa pode até ser acusada de parecer “mal feita”, mas sinceramente ela é perfeita para ilustrar esse álbum. Definitivamente tirei hoje a noite para escrever algumas resenhas e irei dormir perturbado com a qualidade do que pude ouvir aqui.

Ah, esse álbum vai ganhar uma edição nacional… por quem ? Cenas das próximas autópsias… durmam em imundície seus desgraçados ! Bom, agora irei ouvir novamente esse álbum.

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