CD/EP/LP

MEFITIS – Emberdawn

MEFITIS (USA)
“Emberdawn” – CD 2019
Independente – Importado
9/10

Quando tomei conhecimento do disco, que é o primeiro de estúdio do MEFITIS, um detalhe que me chamou muito a atenção foi a capa, que pareceu de cara uma homenagem à fabulosa cena Finlandesa de Death Metal Oldschool do começo dos anos 90.

Observe que a arte se assemelha muito a algumas das grandes obras daquele período, como “Nepithe” (do Demilich), “Psychostasia” (Adramelech), “Children of the Scorn” (Funebre), “Slumber of Sullen Eyes” (Demigod), “Silence of the Centuries” (Depravity), dentre outras.

Pesquisando, descobri que o artista da capa e do logo da banda no “Emberdawn” é o próprio Turkka G. Rantanen, que criou todas as capas clássicas acima…   Sabendo disso, seria impossível não escutar o álbum, mordi a isca. E não me arrependi, muito pelo contrário. Um duo sob os pseudônimos Pendath e Vatha forma a banda. O primeiro fato interessante aqui,é que eles intitulam o seu subgênero como “Dark Metal”. Definitivamente, o vocal tende ao Black Metal.

Em termos instrumentais, a banda produz Death Metal muito bem trabalhado, intercalado com riffs e passagens mais voltadas ao Black. Curiosamente, temos vocais em coro dispostos em momentos diferentes ao longo do disco, que realçam a atmosfera sombria e tenebrosa do som. Concluindo, Dark Metal de fato soa como uma descrição perfeita para a mistura de elementos do Metal Extremo por eles produzida.  Em termos de referências e similaridades, há uma mescla do som Sueco mais primitivo de bandas como At The Gates, Dawn e Necrophobic, com características mais presentes nos discos clássicos do DM Finlandês oldschool da primeira metade dos anos 90, principalmente no Demigod e Sentenced (nos seus dois primeiros álbuns).

Referências à parte, o MEFITIS apresenta personalidade forte e muita qualidade na criação dos riffs, melodias, ritmo e estruturação geral das músicas. A performance ao longo do disco é brilhante, os 42 minutos de duração passam rapidamente e a audição é extremamente agradável. A produção é limpa, e favorece muito o som do álbum, destacando a técnica diferenciada na complexa criação dos riffs e o trabalho intricado de bateria, que dá total suporte aos mesmos.

Recomendo a faixa “Grieving the Gesalt” a quem tiver interesse em conhecer o som. O disco como um todo me agradou em cheio, tanto que o incluí na minha lista de 30 melhores do ano ainda no segundo semestre de 2019, logo após o lançamento.

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