“The Fire in my Tomb” – CD 2020
Drakkar Productions Brasil – Nacional
10/10
OUTLAW é o nome dessa arma de destruição em massa oriunda de São Paulo. Mais uma vez e tenho dito isso constantemente nos últimos tempos, o metal extremo nacional está dando saltos de qualidade imensos nos últimos anos. As bandas melhoram muito as produções e principalmente as composições e o OUTLAW é mais uma prova real dessa qualidade.
A banda investe pesado em um black metal que tem uma pegada nítida do cenário do norte da Europa, soando como uma clara mistura de bandas como o Satyricon (na fase “Nemesis Divina”), Emperor e principalmente do Dissection e aqui não digo aquela influência vazia que muita gente diz que tem mas quando vc ouve não acha em lugar algum. hahahah No caso desses caras a influência está na nossa cara e que sonoridade matadora o OUTLAW conseguiu produzir nesse “The Fire in my Tomb”. A junção do extremismo com uma abordagem melódica cria realmente um som obscuro. Obviamente se não houver a qualidade técnica as ideias se perdem no vazio e felizmente aqui ela também se faz presente.
A produção desse álbum encaixa de forma perfeita ao som e tudo soa muito coeso. “Archangel´s Fall” é uma faixa de abertura matadora e diz logo ao que a banda veio. Sem rodeios e sem meias palavras. Riffs certeiros e direto e uma vocalização fudida. A faixa título “The Fire in my Tomb” é 100% perfeita. Faixa dinâmica, extrema, melódica e com mudanças de tempo que destroem. Poderia sem nenhum dúvida ter sido gravado no “Storm of the Light´s Bane” que não se perceberia a diferença. “Indestructible Destroyer” é mais cadenciada e climática até os ossos.
Uma faixa que traz elementos um poucos mais diferentes é “Death Dealer” e o resultado final é fudido. Os vocais fazem diferença nessa faixa. A última faixa que gostar de destacar é a violenta “Ashes and Blood”, uma da melhores músicas desse álbum. Poderia até citar outras faixas, mas todas elas seguem um linha muito próxima e são grandes composições. O OUTLAW é uma banda que tem que ser apoiada aqui no país, assim como tantas outras que vem produzindo obras expressivas. Não adianta colar adezivozinho de “eu apoio o metal nacional”, mas na prática não fazer nada. Corra atrás desse álbum, adquira, tenha-o na sua coleção.
