A banda catarinense, Battalion está com uma nova formação e agora o power trio: Marcelo Fagundes, guitarrista e vocalista, Fabiano Blattor na bateria e o recém-chegado Rogério Ceconello, baixista já estão trabalhando em um novo lançamento e em breve sairá nas plataformas digitais, um single para a música “MetalStorm”. Para saber das novidades, batemos um papo com o Marcelo e ele nos deu mais detalhes e as novidades sobre a banda. A tempestade metálica está chegando.
Saudações, Marcelo Fagundes! Seja mais uma vez, bem-vindo ao The Old Coffin Spirit Zine. Depois que o guitarrista Álvaro deixou a banda, vocês sofreram muito para colocar a banda nos trilhos novamente. Não é fácil encontrar músicos e pessoas comprometidas com o underground e que estejam mesmo afim de tocar Heavy Metal e não só querer ser músico de uma banda e ganhar likes nas redes sociais. Sinais dos novos tempos! (Hahaha) Passaram vários baixistas pela banda e parecia que não iriam encontrar a pessoa certa, mas finalmente parece que a espera acabou. Como vocês chegaram ao Rogério e o que ele traz de novidades ao Battalion?
Marcelo Fagundes – Obrigado pelo convite mais uma vez para contar mais um pouco da história do Battalion, o Rogério é o novo baixista da banda, entrou recentemente, já tocando em alguns shows com a gente com uma pegada mais firme no baixo ele era um amigo bem próximo da banda sempre apoiando ajudando bastante até com equipamentos para ensaio, ele já chegou com uma nova personalidade na banda mais sério e mais direto ao ponto e está indo muito bem no posto, um cara dedicado e responsável.
O último lançamento da Battalion foi o play “Bleeding T’ill Death”(2020) e já se passaram quase 5 anos de seu lançamento e gostaria de saber de você se ele realmente cumpriu o seu papel no submundo e gostou da produção final sobre o mesmo?
Marcelo Fagundes – Esse disco ficou muito bom ao meu ver, a produção ficou legal algumas coisas da bateria o Fabiano queria que fosse diferente mas no geral ficou muito bom, infelizmente ele ficou um pouco de lado ao mesmo tempo que foi bem divulgado na internet a pandemia ferrou muito com vários lançamentos desse ano e sem os eventos de divulgação acho que atrapalhou bastante para ele ser melhor ouvido pelo público, claro que quem se interessa e corre atrás do material da banda sempre vai apoiar com certeza, mas os shows fizeram muita falta para divulgar melhor o disco.
Realmente, a pandemia fudeu com todas as bandas que lançaram material naquele período tenebroso que o mundo viveu! No Debut CD, Empire Of Dead (2013) e no EP Tyrant Of Evil,(2015) vocês trabalharam com André, vocalista da banda catarinense, Steel Warriors na produção, se não me falha a memória. E nesse novo trabalho com o Thirray Priester na produção, na minha opinião, ele fez um ótimo trabalho. Como você vê o trabalho dele com a Battalion?
Marcelo Fagundes – Verdade, os primeiros trabalhos foram com o André e o Bleeding T’ill Death foi o Thirray quem produziu, ficou muito bom um trabalho bem feito, foi um bom disco com uma boa produção que acabou passando meio batido por causa da pandemia, agora estamos já trabalhando num próximo álbum mas vai ser com outro produtor.
A Battalion tem uma longa parceria com a gravadora Kill Again Records, (DF) e para um futuro lançamento essa parceria continuará ou não? Faço essa pergunta porque vocês colheram bons frutos da parceria Battalion e Kill Again Records. Até conseguiram lançar uma versão em vinil do último trabalho da banda, “Bleeding T’ill Death”. E vocês, como amantes do velho metal, acredito que ficaram muito felizes com essa conquista?
Marcelo Fagundes – Sim, continuamos trabalhando com a Kill Again desde 2013, trabalhando juntos o Rolldão é um cara foda! Lançou nossos CDs e ainda uma versão em vinil do Bleeding… além de mandar nosso material para fora ajudando a divulgar em outros países, esperamos poder lançar o próximo trabalho também em vinil se tudo der certo.
Falando em futuro, como anda os trabalhos para um próximo lançamento já tem algo pronto ou ainda estão no processo de criação de músicas?
Marcelo Fagundes – As músicas já estão prontas, estamos finalizando uns detalhes em uma ou outra música, vai ser um disco na pegada do Bleeding… com “mais ódio no coração” rsrs… quem acompanha nosso trabalho já sabe bem a identidade da banda e continuaremos com a pegada rápida e firme, em breve vamos divulgar um single nas plataformas digitais para todos já irem tendo uma ideia do disco que está por vir.
E vocês podem nos adiantar algo sobre quem será o produtor ? Esse futuro single que sairá nas plataformas digitais por acaso será a música nova “Metal Storm” que vocês estão tocando nos shows? O que você pode nos dizer sobre essa faixa?
Marcelo Fagundes – Em breve vamos estar divulgando certinho sobre esse novo trabalho, será a música Metalstorm como disse já estamos tocando ela nos shows é um som bem a nossa cara ao estilo Battalion, e ela fala sobre o sentimento e a forma de ser para sempre um eterno headbanger, que apesar das dificuldades que todos possam de alguma forma na vida, ainda se mantém no rock e metal firme e forte!
Provavelmente o artista que cuidará da parte de layout e capa será o baterista Fabiano Blattor. Seus traços estão conectados e digamos que os desenhos dele já têm uma estética visual própria do Battalion, não é mesmo?
Marcelo Fagundes – Sim, todas as artes da banda sempre serão do Fabiano ele além de um grande músico tem o talento da pintura, sempre surpreende com um novo desenho ou uma nova idéia e ele já sabe certinho o que desenhar para representar a música que tocamos até algumas artes novas já estão prontas mas no momento certo vamos divulgando elas.
Marcelo, você é um cara que sempre está frequentando shows mesmo a Battalion não estando no cast do evento. Você e o Fabiano sempre estão apoiando o submundo. Não é generalizando, mas tem alguns músicos que só aparecem no underground/evento quando a banda deles toca. Mas enfim, cada um é cada um, não é mesmo? Depois da pandemia, o submundo voltou com a corda toda, né? Aqui em Santa Catarina, todo fim de semana tem um show rolando pelo estado. Como você vê a cena pós-pandemia e dessa nova geração que está frequentando o submundo e dando um ar novo para a cena metálica?
Marcelo Fagundes – Ah eu tento não perder um show que tenha perto de casa, aproveitar que está tendo vários eventos de metal com bandas boas e com um bom som é o que faltava qualidade nos eventos, então depois da pandemia o pessoal veio com mais força nos eventos que voltaram a rolar, mas em muitos lugares me parece que foi aquela febre e logo diminuiu o público voltou ao que acontecia antes da pandemia muito metaleiro e rockeiro nas redes sociais e poucos nos shows, mas uma coisa boa tenho notado, que tem uma galera nova mais jovem renovando a cena e comparecendo nos eventos, isso é muito bom, nossa parte agora é incentivar eles a continuarem a frequentar os eventos e não ficar só com o celular na cara para tirar foto de visu, tem que ir nos shows.
Sim, é importante essa renovação na cena. E se daqui a três ou cinco anos não estiverem na cena, está tudo bem! Até porque posers sempre existiram, não é mesmo? Eu sei que vocês são grandes admiradores do velho e clássico heavy metal 80. Nos dias atuais algumas bandas novas têm chamado sua atenção e poderia nos dizer o que você anda ouvindo do metal contemporâneo?
Marcelo Fagundes – Então tem várias bandas legais tocando por aqui mesmo de todas as vertentes do metal, isso só daqui da região bandas como Orthostat, Culpado, Violent Curse, Oath Of Persistence, Atlantis, algumas de fora também como o Horror Chamber, Abbadon, Goaten,Evil Cult, são algumas das várias bandas que estão destruindo tudo por onde passam com o som que fazem e o mais importante todas com uma personalidade própria sem copiar outras bandas, eu pelo menos curto bastante o trabalho dessas bandas e muitas outras.
O Underground é um movimento forte e fora do esquema das grandes gravadoras que buscam apoiar só bandas e tendências que trazem um retorno financeiro. E dentro do submundo, o verdadeiro Underground, todas as pessoas envolvidas, que fazem o underground girar, acreditam muito em um apoio mútuo, uma união pelo metal e pela cena. Você já participou como músico ajudando outras bandas exemplo Em Ruínas, Hell Abyss e recentemente você também participou do projeto do Fábio Paulinelli (Grey Wolf) na segunda parte do projeto idealizado pelo Paulinelli chamado: The Brothers Still March, na música “Ghost Of War” e como rolou esse convite?
Marcelo Fagundes – OFábio entrou em contato comigo perguntando se eu tinha interesse em participar dessa edição e eu aceitei na hora, Fábio já é amigo de tempo e sempre gostei do trabalho do Grey Wolf e participar de um projeto dele foi uma honra ele é um grande batalhador do metal sempre correndo atrás do melhor para a banda, ele me passou uma música instrumental pronta para mim trabalhar em uma letra minha dai escrevi a Ghost Of War e ficou bem legal e também participei de mais uma faixa com vários outros vocalistas da cena metal do Brasil onde cada um cantou uma frase na música ficou animal, logo deve sair mais um Brothers Of Sword!!!
Aliás, o que me fez adentrar ao mundo do metal quando era garoto, foi exatamente esse espírito de união e irmandade dentro do underground. Nos dias atuais, com advento das redes sociais me parece que essa união não existe mais ou até existe, mas não é tão intensa como nos velhos tempos. O que você acha que mudou dos anos 80, 90 ou até início dos anos 2000 para hoje ? Claro que a internet ajudou a divulgar material ou contatos mais rápidos, né? Porém, poucas pessoas compram material físico e todos escutam metal hoje nas plataformas digitais e as compras em CD caíram muito.
Marcelo Fagundes – Bom para falar dos anos 80 só o Fabiano e o Rogério que são mais velhos já curtiam som, mas falando dos anos 90 até início dos anos 2000 acho que o pessoal ainda era mais sedento pelo metal e pelo rock, a informação na cidade era através de cartazes dos shows que iriam rolar então todo mundo queria ir para a rua para a noite, e o acesso a material era mais difícil, quando alguém tinha algum material mais raro ninguém conseguia tirar as músicas para aprender porque era uma cópia mal gravado em cassete rsrs,mas mesmo com tudo isso era mágico, também tinham aqueles que curtiram som só naquele tempo e sumiram do mapa, igual hoje, mas assim… foram situações daquela época, hoje também tem algumas que daqui há algum tempo o pessoal vai lembrar e falar, são tempos diferentes, apesar de muitas facilidades e acesso melhores ainda a cena passa dificuldade, mas agora é ao contrário rsrs a maioria não vai aos shows em alguns lugares, até preferem ir em show de banda tributo do que autoral, nada contra a quem faz tributo também acho legal, mas é assim que acontece em muitos lugares, e no fim “Only The Strong Survive.”
É o que eu sempre digo: o mundo está mudando o tempo todo e temos que nos adaptar a essas mudanças. Meu amigo, obrigado por ceder seu tempo para nós e desejo vida longa ao Battalion com essa nova formação e que vocês continuem espalhando a tempestade metálica pelo underground. Palavras finais suas. Obrigado e força – sempre!!!
Marcelo Fagundes – Agradeço a você e ao The Old Coffin Spirit Zine pelo apoio mais uma vez aqui, e continuem na luta pelo rock e metal!!!!
Fomos também trocar uma ideia rápida com o novo baixista Rogério Ceconello, sobre sua entrada na banda.
Meu caro Roger, você acabou de passar no teste de baixista da Battalion e gostaria de saber de vossa pessoa, o que você acha dessa experiência e você já esteve envolvido com outras bandas? Porque você escolheu ser um musicista e porque escolheu o baixo?
Rogério Ceconello – Buenas, Waltinho, assim, está sendo sensacional, ainda mais tocando com amigos. Entrar para o Battalion está sendo uma experiência muito boa, agora é trabalhar o próximo álbum e cair na estrada. Quanto a outras bandas até meus 20 anos tocava em uma banda em São Paulo chamada Sophia, no início começamos tocando covers de bandas clássicas, depois começamos a fazer músicas próprias e introduzir nas apresentações, mas aí por questão de ego de alguns integrantes acabou terminando a banda. A questão de ser um musicista veio desde criança, via meus tios tocarem música sertaneja raiz no violão e viola e já era apaixonado por tocar. Óbvio que logo pedi um violão para meu pai e comecei os primeiros acordes tocando rock nacional e muita coisa de hard rock da época. O baixo veio por acaso. Trabalhava no banco real quando decidimos montar uma banda para se divertir e cada um foi falando eu vou tocar isso ou aquilo é eu escolhi o baixo. Meu primeiro salário foi usado na aquisição de um baixo condor que tenho até hoje. Independente de estilo eu tenho a opinião que todos deveriam tocar um instrumento, é terapêutico e muito gratificante. Música é cultura e um povo que investe em cultura dissemina vários outros problemas que temos hoje na sociedade.
Meu caro, também compactuo com a ideia de que nas escolas deveriam ter um programa de músicas para as crianças. Provavelmente teríamos uma geração mais educada e resolvida. Mas os políticos não querem pessoas inteligentes e que tenham acesso a uma boa educação. Claro, políticos progressistas até dão uma luz aqui e outra ali, mas não são nem 10% do que a população deveria ter, não é mesmo? E como foi logo na estreia abrir o show de uma banda tão importante na cena mundial? Como foi abrir para os holandeses do Sinister, em Joinville, Santa Catarina?
Rogério Ceconello – Realmente, a estreia foi de responsabilidade, não que qualquer outro evento não seja, temos a mentalidade e o compromisso de dar o sangue em qualquer evento que formos fazer, contudo abrir para o Sinister ajudou um pouco com a ansiedade, eu estava fora dos palcos com uma banda a mais de 20 anos e a experiência foi do caralho, acredito que quando você tem tesão pelo o que faz sempre vai ter essa sensação, quando você não tiver mais isso talvez não faça mais sentido subir em um palco. Quanto a experiência eu cheguei para somar, o Battalion já tem uma identidade própria e muito boa, é manter agregando no que pode, sem perder a essência da banda. Acredito que não só para nós como todas as bandas.
Rogério, a Battalion é uma banda que exalta o velho e tradicional heavy metal ou speed metal. Com aquela pegada rápida, guitarras pesadas e bateria com bastante pedais duplos. Foi difícil tirar as músicas?
Rogério Ceconello – Então cara, eu fiquei sem tocar baixo por mais de 25 anos, tive um hiato grande na música, voltei a tocar e estudar a uns 6 anos atrás mas estava na guitarra, atrelado a isso tive duas lesões nesse período uma fratura no dedo na qual ele deu uma encurtada e atrapalhou um pouco e ano passado tive uma lesão nos ligamentos do pulso, essa quase me aposentou do mundo musical. Ainda sinto dor tocando, mas é suportável. O fato das músicas do Battalion serem rápidas depende mais do treino sim, mas após entender a música e saber para onde vai é só questão de treino para adquirir a memória motora, isso sempre vai acontecer com qualquer músico até os próprios da banda se mudarmos o repertório.
E gostaria de saber quais bandas de heavy metal você escuta, te influenciaram como músico, ou você aprecia outros estilos dentro do metal, ou mesmo fora do metal?
Rogerio Ceconello: Eu sou muito do heavy metal amo Iron Maiden, Judas Priest, Dio, Black Sabbath, gosto de hard rock também. Aliás comecei ouvindo hard rock. Outras vertentes que gosto são o power Metal mais antigo porque o de hoje muita técnica e velocidade e estão esquecendo do fator música em si, gosto de thrash também mas prefiro o big four alemão. (kkk) Ouvi muita coisa de rock nacional também na adolescência, plebe Rude, legião Urbana, Engenheiros do Hawaii, paralamas do Sucesso, 365, capital Inicial e titãs, não nego minhas origens, tanto que cresci ouvindo moda de viola acompanhando meu pai, inclusive toco violão caipira é uma sonoridade que sou apaixonado. Estou com 47 anos não tenho que provar nada para ninguém e às vezes na cena um pessoal que ouviu tudo isso ignora por vergonha ou para se mostrar o fodão, me chateia ver cara da minha idade peitando a gurizada nova que chega no rolê com uma camiseta do nirvana por exemplo. Ninguém começou ouvindo as músicas que escutam hoje, tudo é uma evolução.
Exatamente cara, eu também cresci ouvindo rock brasileiro 80 e as bandas que você citou, eu adoro! Gosto também muito de pós-punk. Comecei ouvindo esse tipo de rock primeiro e depois, através de amigos, eu descobri o metal lá em 1992 e estamos aí, até hoje. Eu não preciso provar nada para ninguém, também! Sim,teve uma época que queria provar eu sou isso ou aquilo. Mas envelhecer e entender o mundo a sua volta, nos faz ver certas posturas com outro prisma e nos faz muito bem! E como você vê a atual cena catarinense e brasileira atualmente?
Rogério Cecconello – Cara eu vejo muita banda boa, mas sem espaço. No Brasil se criou a cultura de vangloriar cover e não dar vez ao autoral. É tipo o cara paga 50 pilas para ver um cover e não paga 20 para ver um autoral, esses muitas vezes são os que dizem que o metal morreu. Agora vou culpar o músico ou o dono de bar que vive de cover, jamais. Até porque se o cara quer viver disso precisa ir de encontro com o que povo paga. O underground para mim é mais utópico do que realidade, quem está é por amor porque 99% das vezes pagamos para fazer acontecer. Hoje é muito headbanger de rede social e poucos apoiando de verdade.,
Algumas bandas do underground brasileiro têm chamado sua atenção e você indicaria aos nossos leitores?
Rogério Cecconello – Cara, eu gosto muito de Cavaleiro Dragão que voltou recentemente, é um heavy com muita influência de Iron, ultimamente uma banda que gostei muito foram os guris do Enslaver, e na pegada mais power metal Rage in my Eyes, é uma banda gaúcha que faz o que os gringos fazem e aplaudimos de pé colocar aspectos culturais na música, eles usam acordeon em algumas músicas e entregam um baita show. Gostei bastante da banda O Maldito de Curitiba com suas letras políticas.
Boa sorte na sua caminhada com o Battalion! Obrigado pelo tempo cedido a nós do site The Old Coffin Spirit zine. Palavras finais suas. Abraço & Força-Sempre!
Rogério Cecconello – Eu que agradeço a oportunidade e a esse papo super agradável. Heavy metal never dies
ENGLISH VERSION:
The band from Santa Catarina (Brazilian South), Battalion has a new lineup and now the power trio: Marcelo Fagundes, guitarist and vocalist, Fabiano Blattor on drums and the newcomer Rogério Ceconello, bassist are already working on a new release and it will soon be out on digital platforms , a single for the song “MetalStorm”. To find out what’s new, we chatted with Marcelo and he gave us more details and news about the band. The metallic storm is coming.
Greetings, Marcelo Fagundes! Once again, welcome to The Old Coffin Spirit Zine. After guitarist Álvaro left the band, you struggled a lot to get the band back on track. It’s not easy to find musicians and people committed to the underground and who really want to play Heavy Metal and not just want to be a musician in a band and get likes on social media. Signs of the new times! (Hahaha) Several bass players passed through the band and it seemed like they wouldn’t find the right person, but finally it seems like the wait is over. How did you arrive at Rogério and what new features does he bring to Battalion?
Marcelo Fagundes – Thank you for the invitation once again to tell a little more about Battalion’s story, Rogério is the band’s new bassist, he recently joined, already playing in some shows with us with a firmer grip on the bass, he was a friend very close to the band, always supporting, helping a lot even with rehearsal equipment, he has already arrived with a new personality in the band, more serious and more to the point and is doing very well in his position, a dedicated and responsible guy.
Battalion’s last release was the play “Bleeding T’ill Death” (2020) and it has been almost 5 years since its release and I would like to know from you if it really fulfilled its role in the underworld and liked the final production about the same?
Marcelo Fagundes – This album was very good in my opinion, the production was cool, some things about the drums, Fabiano wanted it to be different but overall it was very good, unfortunately it was left a little aside at the same time as it was well publicized on the internet. The pandemic really messed up several of this year’s releases and without the promotional events I think it really hindered it from being better heard by the public, of course whoever is interested and pursues the band’s material will always support it for sure, but the shows were sorely missed to better promote the album.
Really, the pandemic fucked up all the bands that released material during that dark period that the world lived through! On the Debut CD, Empire Of Dead (2013) and on the EP Tyrant Of Evil, (2015) you worked with André, lead singer of the band from Santa Catarina, Steel Warriors on the production, if I remember correctly. And in this new work with Thirray Priester in production, in my opinion, he did a great job. How do you see his work with the Battalion?
Marcelo Fagundes – True, the first works were with André and Bleeding T’ill Death, it was Thirray who produced it, it was very good, a job well done, it was a good album with a good production that ended up being a little lost because of the pandemic , now we are already working on a next album but it will be with another producer.
Battalion has a long partnership with the record label Kill Again Records, (DF) and for a future release will this partnership continue or not? I ask this question because you reaped good results from the partnership between Battalion and Kill Again Records. They even managed to release a vinyl version of the band’s latest work, “Bleeding T’ill Death”. And you, as lovers of old metal, I believe you were very happy with this achievement?
Marcelo Fagundes – Yes, we have continued working with Kill Again since 2013, working together Rolldão is a great guy! He released our CDs and also a vinyl version of Bleeding… in addition to sending our material abroad helping to promote it in other countries, we hope to be able to release the next work also on vinyl if everything goes well.
Speaking of the future, how is the work going on the next release? Is something ready or are you still in the process of creating songs?
Marcelo Fagundes – The songs are already ready, we are finalizing some details on one or another song, it will be an album in the vein of Bleeding… with “more hate in the heart” lol… those who follow our work already know the band’s identity well and we will continue with the fast and firm approach, soon we will release a single on digital platforms so that everyone can get an idea of the album that is to come.
And can you tell us anything about who the producer will be? Will this future single that will be released on digital platforms be the new song “Metal Storm” that you are playing at shows? What can you tell us about this track?
Marcelo Fagundes – Soon we will be announcing this new work, it will be the song Metalstorm, as I said, we are already playing it at shows, it is a sound that suits us in the Battalion style, and it talks about the feeling and the way of being forever an eternal headbanger, who despite the difficulties that everyone faces in some way in life, still remains firm and strong in rock and metal!
The artist who will take care of the layout and cover will probably be the drummer Fabiano Blattor. His features are connected and let’s say that his drawings already have a visual aesthetic typical of Battalion, right?
Marcelo Fagundes – Yes, all the band’s arts will always be Fabiano’s. Besides being a great musician, he has a talent for painting, he always surprises us with a new drawing or a new idea and he already knows exactly what to draw to represent the music we play. Even some new art is already ready, but at the right time we will publish it.
Marcelo, you are a guy who is always attending shows even though Battalion is not in the cast of the event. You and Fabiano are always supporting the underworld. It’s not generalizing, but there are some musicians who only appear in the underground/event when their band plays. But anyway, each one is different, right? After the pandemic, the underworld came back with a vengeance, right? Here in Santa Catarina, every weekend there is a show taking place across the state. How do you see the post-pandemic scene and this new generation that is frequenting the underworld and giving a new air to the metallic scene?
Marcelo Fagundes – Ah, I try not to miss a show that’s close to home, taking advantage of the fact that there are several metal events with good bands and with good sound is what was lacking in quality in the events, so after the pandemic people came with more force in the events that started happening again, but in many places it seems to me that it was that fever and soon it decreased the public went back to what happened before the pandemic, a lot of metalheads and rockers on social media and few at shows, but one good thing I have noticed, which is a new, younger crowd renewing the scene and attending events, this is very good, our part now is to encourage them to continue attending events and not just have their cell phone in their face to take photos of their appearance, they have to go to the shows .
Yes, this renewal in the scene is important. And if in three or five years they’re not on the scene, that’s okay! Because posers have always existed, right? I know you are great admirers of the old and classic 80’s heavy metal. Nowadays some new bands have caught your attention and could you tell us what you are listening to in contemporary metal?
Marcelo Fagundes – So there are a lot of cool bands playing here from all aspects of metal, just from here in the region bands like Orthostat, Culpado, Violent Curse, Oath Of Persistence, Atlantis, some from outside as well like Horror Chamber, Abbadon, Goaten, Evil Cult, are some of the many bands that are destroying everything wherever they go with the sound they make and most importantly, all with their own personality without copying other bands, I at least really enjoy the work of these bands and many others.
Underground is a strong movement outside of the big record labels that seek to support only bands and trends that bring a financial return. And within the underworld, the true Underground, all the people involved, who make the underground go round, really believe in mutual support, a union for metal and the scene. You have already participated as a musician helping other bands, for example Em Ruínas, and recently you also participated in the project of Fábio Paulinelli (Grey Wolf) in the second part of the project created by Paulinelli called: The Brothers Still March, in the song “Ghost Of War” and as Did this invitation happen?
Marcelo Fagundes – Fábio got in touch with me asking if I was interested in participating in this edition and I accepted right away, Fábio has been a friend for a long time and I’ve always liked Gray Wolf’s work and participating in one of his projects was an honor, he’s a great metal fighter always looking for the best for the band, he gave me an instrumental song ready for me to work on my lyrics so I wrote Ghost Of War and it was really cool and I also participated in another track with several other vocalists from the metal scene from Brazil where each person sang a phrase in the song, it was amazing, soon there should be another Brothers Of Sword!!!
In fact, what made me enter the world of metal when I was a boy was exactly this spirit of unity and brotherhood within the underground. Nowadays, with the advent of social networks, it seems to me that this union no longer exists or even exists, but it is not as intense as in the old days. What do you think has changed from the 80s, 90s or even the early 2000s to today? Of course, the internet helped to disseminate material or contacts faster, right? However, few people buy physical material and everyone listens to metal today on digital platforms and CD purchases have dropped a lot.
Marcelo Fagundes – Well, to talk about the 80s, only Fabiano and Rogério, who are older, already liked music, but talking about the 90s until the beginning of the 2000s, I think people were still more thirsty for metal and rock, the information in city was through posters of the shows that were going to take place so everyone wanted to go out at night, and access to material was more difficult, when someone had some rarer material no one could take the songs to learn because it was a bad copy recorded on cassette hehehe, but even with all this it was magical, there were also those who only enjoyed sound at that time and disappeared from the map, just like today, but like that… they were situations from that time, today there are also some that some time ago the People will remember and talk, these are different times, despite many better facilities and access, the scene is still having difficulty, but now it’s the opposite lol, most people don’t go to shows in some places, they even prefer to go to a tribute band show rather than an original one. , nothing against those who pay tribute I also think it’s cool, but that’s how it happens in many places, and in the end “Only The Strong Survive.”
That’s what I always say: the world is changing all the time and we have to adapt to these changes. My friend, thank you for giving up your time to us and I wish Battalion long life with this new lineup and may you continue to spread the metallic storm through the underground. Final words from you. Thank you and strength – always!!!
Marcelo Fagundes – I thank you and The Old Coffin Spirit Zine for your support once again here, and continue the fight for rock and metal!!!!
We also had a quick chat with the new bassist Rogério Ceconello, about his joining the band.
My dear Roger, you have just passed the Battalion bassist test and I would like to know from you, what do you think of this experience and have you been involved with other bands? Why did you choose to be a musician and why did you choose bass?
Rogério Ceconello – Buenas, Waltinho, like this, is sensational, especially playing with friends. Joining Battalion has been a very good experience, now it’s time to work on the next album and hit the road. As for other bands, until I was 20 years old I played in a band in São Paulo called Sophia, at first we started playing covers of classic bands, then we started making our own songs and introducing them into the performances, but then due to the ego of some members, they ended up ending band. The question of being a musician came from when I was a child, I saw my uncles play traditional country music on the guitar and viola and I was already passionate about playing. Obviously, I soon asked my father for a guitar and started the first chords playing national rock and a lot of hard rock stuff at the time. The bass came by chance. I was working at the real bank when we decided to put together a band for fun and everyone said I’m going to play this or that and I chose the bass. My first salary was used to purchase a condor bass that I still have today. Regardless of style, I am of the opinion that everyone should play an instrument, it is therapeutic and very rewarding. Music is culture and people who invest in culture disseminate several other problems we have in society today.
My dear, I also agree with the idea that schools should have a music program for children. We would probably have a more educated and resolved generation. But politicians don’t want intelligent people who have access to a good education. Of course, progressive politicians even shed some light here and there, but it’s not even 10% of what the population should have, is it? And what was it like on your debut to open a show for such an important band on the world stage? What was it like opening for the Dutch band Sinister, in Joinville, Santa Catarina?
Rogério Ceconello – Really, the debut was a responsibility, not that any other event isn’t, we have the mentality and commitment to give our blood in any event we are going to do, however opening for Sinister helped a little with the anxiety, I was off stage with a band for over 20 years and the experience was incredible, I believe that when you are passionate about what you do you will always have that feeling, when you no longer have that feeling maybe it won’t make sense to go on stage anymore. As for the experience I’ve come to add, Battalion already has its own and very good identity, it’s about keeping adding what you can, without losing the essence of the band. I believe that not just for us but for all bands.
Rogério, Battalion is a band that exalts the old and traditional heavy metal or speed metal. With that fast pace, heavy guitars and drums with a lot of double pedals. Was it difficult to get the songs out?
Rogério Ceconello – So man, I didn’t play bass for over 25 years, I had a big hiatus in music, I started playing and studying again about 6 years ago but I was playing guitar, linked to that I had two injuries during that period, a fracture in the finger which he shortened and got in the way a little and last year I had an injury to the ligaments in my wrist, which almost retired me from the musical world. I still feel pain touching it, but it’s bearable. The fact that Battalion’s songs are fast depends more on training, yes, but after understanding the music and knowing where it’s going, it’s just a matter of training to acquire motor memory, this will always happen to any musician, even those in the band, if we change the repertoire.
And I would like to know which heavy metal bands you listen to, have influenced you as a musician, or do you appreciate other styles within metal, or even outside metal?
Rogerio Ceconello: I’m a big fan of heavy metal, I love Iron Maiden, Judas Priest, Dio, Black Sabbath, I like hard rock too. In fact, I started listening to hard rock. Other aspects that I like are the older power metal because today’s music has a lot of technique and speed and they are forgetting the music factor itself, I like thrash too but I prefer the German big four. (kkk) I also heard a lot of national rock as a teenager, plebe Rude, legião Urbana, Engenheiros do Hawaii, paralamas do Sucesso, 365, capital Inicial and titãs, I don’t deny my origins, so much so that I grew up listening to viola music accompanying my father, I even play country guitar, it’s a sound I’m passionate about. I’m 47 years old, I don’t have to prove anything to anyone and sometimes in the scene people who have heard all this ignore it. Out of shame or to show off as a badass, it upsets me to see guys my age flirting with new kids who arrive on tour wearing a Nirvana t-shirt, for example. No one started listening to the music they listen to today, everything is an evolution.
Exactly man, I also grew up listening to Brazilian 80s rock and the bands you mentioned, I love them! I also really like post-punk. I started listening to this type of rock first and then, through friends, I discovered metal back in 1992 and we are still there today. I don’t need to prove anything to anyone, either! Yes, there was a time when I wanted to prove I was this or that. But getting older and understanding the world around us makes us see certain attitudes in a different light and it does us a lot of good! And how do you see the current scene in Santa Catarina and Brazil today? Have some Brazilian underground bands caught your attention and would you recommend them to our readers?
Rogério Cecconello – Man, I really like Cavaleiro Dragão who recently came back, it’s a heavy song with a lot of Iron influence, lately a band that I really liked was the kids from Enslaver, and in the more power metal vein Rage in my Eyes, it’s a band gaúcha who does what foreigners do and we applaud standing up, putting cultural aspects into music, they use accordion in some songs and deliver a great show. I really liked the band O Maldito de Curitiba with their political lyrics.
Good luck on your journey with Battalion! Thank you for your time at The Old Coffin Spirit zine. Final words from you. Hug & Strength-Always!
Rogério Cecconello – I thank you for the opportunity and this super pleasant chat. Heavy metal never dies